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Câncer de mama: estudo inédito prova que ter uma dieta com pouca gordura diminui mortes pela doença

As mulheres que diminuíram gordura no dia a dia e adotaram uma dieta balanceada tiveram 21% menos risco de morte - Getty Images
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Publicado em 14/06/2019, às 15h54 - Atualizado em 30/01/2020, às 19h22 por Jennifer Detlinger, Editora-chefe | Filha de Lucila e Paulo


Um estudo feito com cerca de 50 mil mulheres na pós-menopausa mostrou que manter uma dieta balanceada e com baixo teor de gordura diminui em 21% o risco de morte por câncer de mama.

Realizada em 40 centros dos Estados Unidos, a pesquisa da Women’s Health Initiative foi apresentada durante a Reunião Anual da ASCO (Sociedade Americana de Oncologia Clínica), neste mês em Chicago. Apresentado no evento pelo Rowan T. Chlebowski, o estudo acompanhou 48.835 mulheres entre 50 e 79 anos durante quase 20 anos.

“O estudo mostra que a americana ‘média’ não obesa tem 30-35% das calorias de sua dieta em gordura e comprovou que a redução para 20% de gordura na alimentação pode diminuir a incidência e mortalidade por casos de câncer de mama”, explica Dr. Gilberto Amorim, oncologista da Rede D’Or.

Como foi feito o estudo

Desde 1993 até 2013, foram diagnosticados 3.374 casos de câncer de mama entre as participantes. Entre elas, estavam mulheres com diabetes e pressão alta, fatores que aumentam em três vezes o risco de óbito. O grupo que diminuiu em 20% as porções de gordura e incluiu frutas, verduras, legumes e grãos na alimentação registrou 21% menos mortes por câncer de mama e 15% por outras causas, após o diagnóstico da doença. As mulheres perderam cerca de 3% do peso corporal.

“Os hormônios produzidos pelo tecido gorduroso têm o estrógeno, que é reduzido assim que a mulher entra na menopausa. Quando a menopausa se inicia e, na teoria, esses hormônios deveriam ser reduzidos, o aumento de peso ou a obesidade favorecem o crescimento da produção de estrógeno, que tem relação direta com o câncer de mama”, explica Flávia Fernandes, filha da Vagner e Odilma, nutricionista da Clínica Ravenna e especialista em nutrição enteral e parenteral.

O excesso de gordura é um dos principais fatores modificáveis do câncer. “Existem alguns fatores que são modificáveis, que tem a ver com peso, dieta e tabagismo, e os não modificáveis, que são genéticos. Esse tipo de câncer relacionado com a questão da obesidade também tem a ver com a resistência à insulina. O consumo aumentado de carboidratos refinados, açúcares ou dieta desequilibrada favorece o aumento da resistência à insulina, que também tem a ver com a relação com o câncer”, explica a especialista.

Por isso, é importante aumentar o consumo de frutas, legumes, verduras e alimentos que possuem fibras. “Esses vegetais são alimentos considerados antioxidantes e de baixo índice glicêmico, que são fatores protetores do surgimento do câncer. Numa dieta com baixo teor de gordura, é importante lembrar que estamos falando da saturada. Existem gorduras boas, como o abacate e azeite. O ômega 3 e ômega 9 são alimentos antioxidantes e anti-inflamatórios”, aconselha a nutricionista.

Como manter uma dieta com baixo teor de gordura?

Para manter uma dieta com baixo teor de gordura, a nutricionista recomenda o consumo de alimentos mais in natura como frutas, verduras, legumes, grãos integrais, peixe, castanhas e abacate. “Quando falamos de câncer de mama, podemos relacionar com alimentos com teor aumentado de gordura e açúcar, como os industrializados — bolacha recheada, frituras, salgadinhos, macarrão instantâneo, margarina, sorvete, chocolate”, explica Flávia, que também listou alguns alimentos para você acrescentar no seu dia a dia.

  • Frutas vermelhas (morango, amora, ameixa fresca, framboesa, mirtilo e uva) são antioxidantes
  • Gorduras boas (oleaginosas, abacate, azeite extravirgem)
  • Verduras com tons verdes escuros e legumes

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