Pai faz relato após filho recém-nascido ser vítima de racismo: “Sentimento de impotência”
Os comentários vieram das redes sociais e o pai fez um desabafo à Pais&Filhos
Resumo da Notícia
- No dia 19 de agosto Noah veio ao mundo. O pequeno nasceu saudável e mudou a vida de seus pais, que sonhavam com este momento;
- Entretanto, ainda no hospital, o casal foi vítima de racismo nas redes sociais;
- Isso porque, o bebê nasceu com a pele clara.
No dia 19 de agosto Noah veio ao mundo. O pequeno nasceu saudável e mudou a vida de seus pais, que sonhavam com este momento. Entretanto, ainda no hospital, o casal foi vítima de racismo nas redes sociais. Isso porque, o bebê nasceu com a pele clara.
Em um depoimento à Pais&Filhos, o pai, Marcos Davis, desabafou sobre racismo e respeito: “Nosso maior sonho era ter um filho, nos preparamos durante anos para vivermos o que estamos vivendo agora”, começou. Marcos e Débora, sua esposa, descobriram a gravidez de Noah em meio à pandemia da Covid-19.
Ele contou que participou de todo o processo de gestação da esposa. “Fui em cada consulta, estive presente nos enjoos, nos desejos. Participei de todo o procedimento desde a entrada na maternidade até o nascimento do nosso filho”, diz Marcos.
A felicidade era tanta, que o pai decidiu compartilhar o momento nas redes sociais para apresentar o filho para familiares e amigos. Mas o que era para ser prático e muito feliz, se tornou um verdadeiro pesadelo. “Logo depois da publicação, começamos a receber mensagens com teor racista, comentando a cor da pele do bebê, comparando a pele dele com a nossa, desconfiando da índole da minha esposa, deboches e mais um tanto de comentários que nos feriram bastante”, explica o pai.
A princípio, a família não deu importância aos ataques, que vieram inclusive de familiares. Mas com o puerpério e os desafios da maternidade, os comentários abalaram o casal. “Sentimos uma tristeza terrível de cortar o coração. Era nossa idoneidade que estava sendo questionada, era nosso caráter e família que estava em xeque”, fala.
“Foi um sentimento de impotência, de não conseguir defender a minha mulher, meu filho. Nada do que eu falasse ali iria aplacar o sofrimento. Era um bebê sendo analisado e medido pela cor da pele, era uma mulher que acabara de dar à luz e que estava frágil sendo julgada. Foi desumano”, desabafa.
Marcos ainda falou sobre a crueldade do racismo: “É duro demais ter que provar o nosso valor se não nos enquadramos nos padrões da sociedade”. Apesar do episódio, ele continua: “Hoje eu só quero abraçar o meu filho e amar a minha esposa. A melhor coisa que um homem pode fazer é ir para casa e amar a família e é isso que quero fazer todos os dias da minha vida”. Ele conclui o relato afirmando: “Quero ensinar ao meu filho a respeitar os outros”.
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