Publicado em 12/07/2021, às 16h01 por Cinthia Jardim, filha de Luzinete e Marco
Em 2020, mais de 105 mil denúncias de violência contra a mulher foram registradas nas plataformas como o Ligue 180 e o Disque 100. Entre os casos, 72% são identificados como sofrimento físico, sexual e psicológico. Já os outros 28% são referentes à violação de direitos civis e políticos.
No domingo, 11 de julho, Pamella Holanda teve muita coragem ao expor as agressões do ex-marido, o DJ Ivis. Com uma série de vídeos publicados nas redes sociais, a arquiteta e influenciadora digital, mãe de Mel, mostrou as violências dentro da própria casa. Nas gravações, é possível ver ainda a filha do casal, de apenas nove meses, sempre por perto.
Para Vanessa Abdo, doutora em psicologia e CEO do Mamis na Madrugada, mãe de Laura e Rafael, a violência doméstica pode trazer diversos prejuízos para o desenvolvimento da criança. “É um fenômeno complexo e multifacetado. Quando uma criança vê uma ou várias cenas de agressão, isso aumenta a chance dela se tornar agressiva ou gerar uma apatia de que se ele fizer alguma coisa, mesmo que certa, vai sofrer algum tipo de punição”, explica.
Sim, pode. Mesmo que muito pequenos, os bebês começam desde cedo a ter diversas percepções. A partir da violência doméstica, apesar de não entenderem com clareza o que está acontecendo, eles podem ficar irritados, chorosos, com o sono agitado, apresentar atrasos no aprendizado e também no desenvolvimento, como problemas no desfralde.
Já nas crianças mais velhas, o reflexo pode vir a partir de dificuldades na alfabetização, por exemplo. “Um ambiente violento gera crianças que, necessariamente, apresentam sintomas relacionados a esse tipo de violência, ou agressividade. Isso pode acabar resultando em atrasos cognitivos e emocionais”, comenta a especialista.
A gente sabe que não existe família perfeita – e tudo bem! Mas as discussões na frente dos filhos necessitam de limites. Segundo a psicóloga, as divergências precisem ser adequadas e saudáveis, pois também podem ser um cenário de aprendizado para as crianças. “Mais importante do que zerar as brigas na frente das crianças é gerenciar esses conflitos de forma saudável e adequada, até mesmo para que elas tenham o modelo de como resolver conflitos com colegas, amigos ou irmãos”.
Os pais são espelhos para os filhos e criança segue exemplo. Por isso, mais importante do que dizer “não brigue”, é necessário, de fato, não brigar. “É fundamental ter um nível do coerência entre o que se fala e o que se pratica. Quando o modelo de resolução daquela família é por meio de falas e atitudes violentas, as crianças aprendem a lidar e repetir essa padrão”.
Mais importante do que zerar as brigas na frente das crianças é gerenciar esses conflitos de forma saudável e adequada, até mesmo para que elas tenham o modelo de como resolver conflitos com colegas, amigos ou irmãos
Para Vanessa Abdo, é muito importante que a criança entenda o que aconteceu, mas sempre respeitando a idade dela. “Vamos colocando um tijolinho naquela faixa compatível de conhecimento. No fundo ela sabe, estava lá, então precisa entender que aquele comportamento não é adequado e saudável”.
Durante as discussões, por exemplo, a psicóloga comenta que o pedido de desculpas precisa acontecer na frente dos filhos. “É importante ter esse cuidado de forma geral, para que as crianças sejam parte da solução desse problema. Elas precisam entender o que viram para saber se a situação faz parte da realidade, ou da fantasia”. Vale lembrar ainda que a ajuda psicológica é muito importante em situações como essa.
“Sempre que uma criança for exposta a fatores de risco, ela também precisa passar por um processo de cura, de aceitação, de um ambiente mais saudável, de músicas e programas que não incitem a violência. Um ambiente violento no geral, acaba alimentando esse repertório e fazendo com que elas não consigam reproduzir outra coisa. Então, é legal ter músicas que tragam climas mais amenos, de paz, e também incentivar o relacionamento com pessoas que não sejam violentas”.
Geralmente, a violência doméstica acontece dentro de um ciclo onde há o aumento da tensão entre o casal, partindo para ataques violentos. “O agressor se arrepende e entra em uma fase que chamamos de ‘lua de mel’, que é quando ele reconquista, fala que não vai mais fazer e depois começa de novo. Se não cortamos esse ciclo, eventualmente até fazendo uma ruptura com o parceiro, ele não acaba e as agressões vão ficando cada vez maiores”, alerta a psicóloga.
No caso do DJ Ivis e de Pamella Holanda, Vanessa Abdo explica que é pouco provável que a violência doméstica tenha começado por agressões físicas. “Inicia com palavras, pequenos conflitos, até ir aumentando a proporção da violência”.
Se você está passando por essa situação ou presenciou uma violência contra a mulher, não hesite em pedir ajuda. Por mais difícil que seja, esse é um passo importante para recomeçar e quebrar esse ciclo de dor e insegurança.
Existem muitos jeitos de denunciar. O Governo Federal oferece uma linha de atendimento 24h para quem precisa de ajuda ou quer informações. É só ligar para o número 180. A chamada é gratuita e pode ser feita tanto de celulares como de telefones fixos. O atendimento é feito todos os dias, inclusive em fins de semana e feriados.
Você também pode fazer a denúncia em qualquer delegacia. Lá você vai ser atendida por profissionais preparados para te orientar e ajudar. Se na sua cidade houver uma Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (DEAM) ou um Centro de Referência de Atendimento à Mulher (CRM), converse com eles e peça acolhimento.
É importante lembrar que a denúncia não precisa partir sempre da vítima. Qualquer um pode (e deve) denunciar. Desde 2012, a Lei Maria da Penha pode ser aplicada, mesmo que a vítima não tenha feito uma queixa. As denúncias podem ser feitas de forma anônima.
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