Publicado em 25/03/2021, às 12h15 - Atualizado às 12h23 por Letícia Mutchnik, filha de Sofia e Christiano
Henry Borel 1 mês antes de perder a vida se queixou ao pai, Leniel, que o padrasto, Dr. Jairinho, dava abraços muito fortes nele e que chegavam inclusive a machucá-lo. Em depoimento na 16ª DP, na Barra da Tijuca, o parente disse que diante da queixa do pequeno, procurou o vereador para lhe pedir, de “forma amistosa”, para que ele parasse de abraçar Henry daquele jeito.
O engenheiro ainda disse que foi atendido e em entrevista ao “RJ TV”, da Rede Globo, ele contou que, na ocasião, ficou intrigado com a queixa do filho. Na delegacia, Jairinho falou que, embora tenha achado curioso o pedido do pai, não o interpretou como ofensa e que durante a conversa eles não se trataram com falta de respeito.
O garoto perdeu a vida na madrugada do dia 8 de março e o caso está sendo investigado pela 16ª Delegacia de Polícia do Rio de Janeiro, na Barra da Tijuca. Desde a perda do menino, os policiais estão ouvindo testemunhas para tentar desvendar o caso. Dentre elas, está a equipe médica que atendeu o menino no hospital, que informaram aos policiais que a criança já chegou sem vida na unidade de saúde.
De acordo com o depoimento dela, Henry já chegou sem vida ao hospital e apresentava lesões no corpo. Por esse motivo, foi necessário seguir o protocolo em que exige que seja feito o encaminhamento do corpo para análise dos peritos do IML. No entanto, o padrasto do menino tentou junto a equipe médica e depois com outros funcionários do hospital Barra D’Or fazer uma liberação rápida, sem que o corpo fosse para o IML. Além de mensagens, ele fez diversas ligações para conseguir liberar o corpo.
Apesar das tentativas de Dr. Jairinho, a solicitações foram negadas pela equipe do hospital devido às lesões vistas. Após a necropsia, o laudo apontou que Henry sofreu hemorragia interna e laceração hepática, provocada por ação contundente, além de outras lesões na cabeça e no tórax.
André França, advogado que representa a mãe e o padrasto de Henry, afirmou que essa informação é uma ‘questão especulativa’. “Toda a família, várias pessoas pediram a liberação, inclusive também a Monique, pode aderir aí a Monique também. O próprio pai porque as pessoas querem enterrar os seus, participar de velório, essas coisas todas, então o interesse é acelerar. Tem hora até para funcionar o enterro, que é reduzido. Então certamente por esse motivo, nada diferente disso. Qualquer pessoa vai querer agilizar para que você possa fazer de caixão aberto, para que você possa ter um velório, entendeu? Somente por isso”, disse.
Já Leonardo Barreto, o advogado do pai do menino, disse que Leniel Borel não fez nenhuma solicitação rápida para liberar o corpo ante de ir para o IML. O pai de Henry disse que fez um boletim de ocorrência depois de ter recebido orientação da equipe médica responsável pelo atendimento do menino. Na ocasião, também pediu um laudo do Instituto Médico Legal (IML).
Entenda o caso de Henry
No laudo médico é relatado que a criança já deu entrada no hospital sem vida, sendo a causa uma hemorragia interna e laceração hepática causada por uma ação contundente. A criança apresentava:
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