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Caso Henry: pai aponta contradição em depoimentos de mãe e Jairinho à polícia

Polícia descarta participação do pai no caso - Reprodução/ G1
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Publicado em 07/04/2021, às 05h39 - Atualizado às 05h47 por Camila Montino, filha de Erinaide e José


O pai de Henry Borel, de 4 anos, foi ouvido novamente pela Polícia Civil da 16ª Delegacia de Polícia do Rio de Janeiro. Leniel Borel, apontou contradição nos depoimentos prestados à polícia pelo padrasto Dr. Jairinho, e a mãe da criança Monique Medeiros, no apartamento onde mora o casal na Barra da Tijuca, zona Oeste do Rio.

Polícia descarta participação do pai no caso (Foto: Reprodução/ G1)

De acordo com informações do UOL, a defesa do pai do garoto afirmou que ao chegar no hospital Barra D’Or —onde Henry deu entrada sem vida—, ouviu de Monique Medeiros que Jairinho já estava ao lado da criança quando chegou ao quarto do casal e encontrou Henry no chão.

A versão do casal apresentada para à polícia, Jairinho e Monique disseram que os dois estavam assistindo televisão e acabaram dormindo. Então, por volta das 3h30 de 8 de março, a mãe disse que que acordou e despertou o namorado —que foi ao banheiro— e se dirigiu para o quarto do casal encontrando o filho caído no chão com pés e mãos gelados e os olhos revirados. Monique ainda afirmou que chamou Jairinho no quarto e então, levaram Henry ao hospital.

A contradição levou Leniel Borel a querer prestar um novo depoimento à polícia para apresentar a versão. De acordo com advogado do pai, Leonardo Barreto, na madrugada de 8 de março, Leniel falou com a polícia apanas paga agilizar o processo de encaminhamento do corpo do menino para o IML [Instituto Médico Legal], por isso, não apresentou versões para uma investigação. A defesa de Jairnho e Monique foi procurada pelo UOL, mas até o momento, não enviaram uma resposta sobre a divergência das versões apontada pelo pai do garoto.

Mãe e padrasto de Henry Borel passam a ser tratados pela polícia como investigados pelo crime

A Polícia Civil do Rio de Janeiro passou a tratar o vereador e médico Dr. Jairinho e a namorada, Monique Medeiros, como investigados pela morte de Henry Borel, de 4 anos, que não resistiu no dia 8 de março, conforme informações dadas à UOL.

Mãe e padrasto de Henry Borel passam a ser tratados pela polícia como investigados pelo crime (Foto: Reprodução/TV Record)

A investigação da morte do menino Henry, que aconteceu no dia 8 de março, pode avançar mais na próxima semana, com o laudo da reprodução simulada realizada na quinta, 1º de abril, no aparamento de Dr. Jairinho e Monique Medeiros. A polícia considera o casal como sendo investigado pela morte da criança.

Na quinta, por mais ou menos quatro horas, os peritos encenaram no apartamento que fica na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro, o que pode ter acontecido na madrugada do dia 08 de março. O laudo deve sair em aproximadamente uma semana e os resultados vão determinar o rumo que o inquérito vai tomar.

O agente Nelson Massini, explicou que um boneco com tamanho e peso semelhantes ao de Henry foram usados durante as simulações para testarem as possíveis causas das lesões que foram apontadas na autópsia. O laudo do médico legista descreve que a criança  sofreu: “Múltiplos hematomas no abdômen e nos membros superiores, infiltração hemorrágica na parte frontal, lateral e posterior da cabeça, grande quantidade de sangue no abdômen, contusão no rim e trauma com contusão pulmonar”.

As simulações de quinta levaram em conta os depoimentos com as versões da mãe e do padrasto e analisaram as hipóteses de quedas acidentais no quarto dele, que são:

  • Um pulo da escrivaninha
  • Uma queda de uma poltrona
  • Um salto da cama para o chão
  • Uma queda da própria altura

Massini contou em entrevista ao G1: “A pericia vai aceitar , quer dizer, incluir a possibilidade de as lesões serem compatíveis com a queda de alguma dessas alturas que estão sendo analisadas , ou não. Nós estamos trabalhando entre um acidente, como causa jurídica um acidente, e uma violência, portanto um homicídio”. E continuou: “O diferencial está na ação do objeto. Um é objeto passivo, a criança caiu sobre o solo. E no homicídio, o objeto provavelmente foi na direção da criança, que poderia ser um contundente qualquer da casa, ou as armas naturais, soco, chute, mordida, e assim por diante, aquilo que a gente classifica como arma natural”

Dezessete testemunhas já foram ouvidas pelo delegado que comanda as investigações, incluindo o casal Monique Medeiros, mãe de Henry e o padrasto, o vereador  Jairo Souza Santos Junior, conhecido como Dr. Jairinho. Ambos prestaram depoimento no dia 18 de março como testemunhas, mas agora estão sendo tratados pela polícia como investigados pela morte da criança.

A reprodução simulada realizada na quinta, não contou com a presença deles, as únicas pessoas que estavam no apartamento quando o menino faleceu. A defesa alegou que não tinha hábil e que eles estão abalados emocionalmente, Monique em depressão profunda, estaria em tratamento.

A investigação também procura por mensagens trocadas entre o casal na madrugada e na manhã do dia 08 de março. Ainda não tem uma data para prever a conclusão da perícia dos telefones da mãe e do padrasto do menino Henry, já que a polícia vai precisar usar uma técnica que permite recuperar mensagens que foram apagadas dos dispositivos.

Entenda o caso Henry

Henry Borel, segundo o G1, não resistiu na madrugada da segunda-feira, 8 de março, na Barra de Tijuca, Zona Oeste do Rio. A causa ainda está sendo investigada pela Secretaria de Polícia Civil. No dia, o menino estava na casa da mãe, Monique Medeiros da Costa Almeida, e do padrasto, o vereador Jairo Souza Santos, o Dr. Jairinho (Solidariedade).

Caso Henry Borel (Foto: Reprodução/ G1)

No laudo médico é relatado que a criança já deu entrada no hospital sem vida, sendo a causa uma hemorragia interna e laceração hepática causada por uma ação contundente. A criança apresentava:

  • Múltiplos hematomas no abdômen e nos membros superiores;
  • Infiltração hemorrágica na região frontal do crânio, na região parietal direita e occipital, ou seja, na parte da frente, lateral posterior da cabeça;
  • Edemas no encéfalo;
  • Grande quantidade de sangue no abdômen;
  • Contusão no rim à direita;
  • Trauma com contusão pulmonar;
  • Laceração hepática (no fígado);
  • Hemorragia retroperitoneal.

O pai, no depoimento, contou que recebeu uma ligação de Monique às 4h30 pedindo que ele fosse até o Hospital Barra D’Or, porque o filho não estava respirando. Ela contou a Leniel que fez respiração boca-a-boca em uma tentativa de reanimar a criança.

As médicas que atenderam o menino no hospital também foram ouvidas pela polícia e as três pediatras garantiram que Henry chegou sem vida ao local. A mãe, Monique Medeiros, e o padrasto, vereador Doutor Jairinho, também realizaram os depoimentos e houve divergências entre eles.

Para a equipe médica que tentou socorrer o menino, a mãe dele disse que havia acordado após ouvir um barulho no quarto. Ao chegar no local, ela contou ter visto o menino caído no chão. Nesta primeira versão, que consta no Boletim de Atendimento Médico (BAM), eles encontraram o garoto gelado, pálido e sem poder de resposta. O padrasto chegou a pensar que o menino estava em parada cardiorrespiratória e a família foi para o Hospital Barra Dor, na Zona Oeste do Rio.

Já o padrasto contou alguns pontos diferentes. O primeiro ponto de divergência foi em relação ao barulho citado pelo casal na noite em que tudo aconteceu. Durante o relato feito à polícia, nem a mãe nem o padrasto mencionaram terem ouvido um barulho vindo do quarto da criança. Ela afirmou que acordou por volta das 3h30 com o barulho da TV ligada e foi ver o filho — quando o encontrou desacordado. Já o Doutor Jairinho contou que ele e a esposa estavam assistindo a uma série no quarto de hóspedes para não incomodar o sono do enteado e adormeceram. Quando Monique acordou, foi até o quarto do casal e encontrou Henry já caído, com os “olhos revirados e mãos e pés gelados”. Desde a perda do menino, os policiais estão ouvindo testemunhas para tentar desvendar o caso.


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