Caso Miguel: 1 ano depois da morte do filho, mãe ainda pede justiça: “A ferida não está cicatrizada”
Mirtes Renata viveu a perda de Miguel, aos 5 anos de idade, que caiu do nono andar de um edifício de luxo em Recife. O caso ainda segue em investigação – e sem respostas
Resumo da Notícia
- Mirtes Renata ainda segue pedindo justiça pelo filho Miguel, que morreu no ano passado
- O menino estava sob os de Sarí Corte Real, ex-patroa de Mirtes, enquanto a mãe passeava com os cachorros da família
- Miguel caiu do nono andar de um edifício de luxo em Recife
- O caso segue sendo investigado
Um ano se passou desde a morte de Miguel – um menino de 5 anos que caiu do nono andar de um edifício de luxo em Recife, Pernambuco. O menino estava sob os cuidados da chefe da mãe, Sarí Corte Real, durante o ocorrido, enquanto ela passeava com os cachorros da patroa.
Desde então, o caso segue em solução na 1ª Vara de Crimes Contra Criança e Adolescente na Capital. Sarí está respondendo por liberdade da acusação de abandono de incapaz com resultado de morte, e Mirtes Renata, mãe de Miguel, ainda clama por justiça: “A ferida não está cicatrizada”, comentou em entrevista ao Jornal JC.
O caso chocou o Brasil quando ocorreu em junho do ano passado e, não importa quanto tempo demora, Mirtes não desistirá enquanto a morte do filho não for justificada. “Apesar da demora, não vou me cansar”, declarou. “Não estou só e vou até o fim por justiça”.
Relembre o caso
Miguel Otávio Santana da Silva tinha apenas 5 anos quando caiu do nono andar de um prédio de luxo em Recife. Vídeos registrados pelas câmeras de segurança do condomínio mostram o menino sozinho apertando diversos botões dentro de um elevador, após conversa com a patroa da mãe.
Mirtes Renata, mãe de Miguel, havia levado o filho para o trabalho de diarista na casa da patroa Sarí Corte Real. Mirtes tinha saído para passear com os cachorros da patroa enquanto deixava o filho sob os cuidados de Sarí – e nunca mais o encontrou.
Em entrevista, Mirtes declarou: “Se fosse eu, meu rosto estaria estampado, como já vi vários casos na TV. Meu nome estaria estampado e meu rosto estaria em todas as mídias. Mas o dela não pode estar na mídia, não pode ser divulgado”.
Sarí Corte Real foi indiciada por abandono de incapaz com resultado de morte. Na época, a patroa chegou a ficar presa preventivamente – mas pagou R$ 20 mil de fiança e, agora, responde em liberdade.