Publicado em 05/12/2020, às 05h16 - Atualizado às 05h17 por Maria Laura Saraiva, Filha de Laise e Carlos
Na última quinta-feira, 3 de dezembro, aconteceu a primeira audiência do Caso Miguel, ocorrido em 2 de junho deste ano. No dia, apenas a mãe do menino de 5 anos, Mirtes Souza, foi ouvida pelo jurí. Além dela e de Sari Corte Real, oito testemunhas de acusação e oito testemunhas de defesa presenciaram a sessão.
Em depoimento, a mãe de Miguel acusou a antiga chefe. “Querem transformar meu filho num demônio e Sarí, em santa. Meu filho era uma criança saudável, educada, e eles querem transformar meu filho na pior criança do mundo e querem fazer que Sarí pague de doida. Ela é uma mãe de família, mãe de dois filhos, empresária. É muito fácil colocar a culpa numa pessoa que já está debaixo de sete palmos de terra”, disse, de acordo com o G1.
Em uma coletiva de imprensa realizada no Gabinete de Assessoria Jurídica às Organizações Populares, no Centro do Recife, Mirtes falou sobre o racismo da ex-patroa com a criança.
“Meu filho era educado, cheio de saúde, de vida, cheio de sonhos para realizar. Sarí fez o que fez com ele e diz que não fez nada. E o que mais me revolta que era algo que eu vinha negando desde o começo com relação ao racismo, hoje ficou explícito. Sarí não poderia cuidar dele, porque ela era filho da empregada doméstica, era preto. Por isso, ele não teria o direito de ser criança, se ser protegido. Vou lutar para mostrar que ele merecia ser cuidado, como toda criança”, afirmou.
A primeira audiência de instrução do caso Miguel acabou na tarde desta quinta-feira, 3 de novembro, cerca de 8 horas depois de ser iniciada. A audiência aconteceu no Cica (Centro Integrado da Criança e do Adolescente). Ao contrário do que era previsto, Sarí Corte Real não foi interrogada. O TJPE (Tribunal de Justiça de Pernambuco) irá marcar uma nova data para a oitiva da ré. Além dela, falta falar em juízo uma testemunha de defesa.
Nove testemunhas foram convocadas indicadas pelo MPPE (Ministério Público de Pernambuco). Mas somente oito foram ouvidas na 1ª Vara de Crimes contra a Criança e o Adolescente da Capital, localizada dentro do Cica. O MPPE desistiu da nona testemunha, que seria ouvida por meio de videoconferência e a defesa concordou com a retirada.
Como afirmado pela UOL, da defesa, foram arroladas nove. Quatro foram ouvidas em juízo nesta quinta-feira e outras quatro irão depor por carta precatória – segundo o TJPE, isso acontece quando há “testemunhas ou partes processuais que residem em outra comarca, de cidades ou estados diferentes”. A nona, que também é testemunha de acusação, irá depor presencialmente como defesa na mesma data do interrogatório de Sarí.
Depois da audiência, que durou cerca de 8 horas, nem Sarí nem Mirtes Renata, mãe de Miguel, falaram com a imprensa. Mirtes se dirigiu a sede do Gajop (Gabinete de Assessoria Jurídica às Organizações), para dar uma entrevista coletiva aos jornalistas sobre o dia de hoje.
“Estou bem esperançosa de que vai dar tudo certo, bastante confiante. Nesse momento agora é só rezar e pedir a Deus que seja feita a vontade dele”, disse Mirtes antes da audiência para a Jovem Pan.
A mãe disse ainda que está encerrando o ano sem motivo para comemoração como nos anos passados quando estava ao lado do filho. “Não tenho motivo nenhum para comemorar Natal e Ano Novo. Não tenho motivo para estar me confraternizando porque diante de tudo o que eu venho passando não vejo sentido em nada disso mais”, reforçou.
O que tem motivado Mirtes Renata é a data de início do curso de Direito que passou. “Eu só estou aguardando a faculdade definir a data do início das aulas. Vou seguir minha vida e estudar para me formar e ajudar outras pessoas”.
Miguel caiu do 9º andardo edifício Píer Maurício de Nassau, no bairro de Santo Antônio, no Centro do Recife, no dia 2 de junho. A queda aconteceu após a mãe dele deixá-lo com Sarí Corte Real para passear com a cadela da ex-patroa.
O menino quis acompanhar a mãe, então, pouco depois da tragédia, imagens do elevador do prédio mostraram Sarí Real junto de Miguel no elevador do prédio. Depois de convencer Miguel a sair do elevador quatro vezes, a primeira-dama desiste de acompanhar o garoto.
Ela então parece apertar o botão do elevador, deixando que a porta se fechasse com o garoto, sozinho, dentro. De acordo com as investigações da Polícia Civil de Pernambuco, Sarí então voltou ao apartamento, para continuar seu tratamento com uma manicure.
Ao chegar ao nono andar, Miguel abriu a porta corta-fogo do andar e seguiu pelo corredor. Ele pulou o peitoril da janela, colocou os dois pés na caixa de compressores e, já na área técnica, subiu na grade, momento em que uma peça se soltou e o menino caiu.
Na época, Sarí chegou a ser presa preventivamente um dia depois da morte, mas pagou fiança de R$20 mil, para responder ao processo em liberdade.
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