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Conversar com seu filho melhora o desenvolvimento cerebral dele

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Publicado em 10/05/2018, às 14h44 - Atualizado em 30/01/2020, às 19h19 por Gabrielle Molento, Filha de Claudia e Pedro


Se você quer estimular o desenvolvimento cerebral do seu filho e não sabe o que fazer, fique tranquilo, essa matéria é especial para você. É possível impactar de maneira positiva os pequenos desde o momento em que estão dentro da barriga.

De acordo com a pesquisa da professora Meredith Rowe, da Escola de Educação da Universidade de Harvard, ter “boas conversas”, ou seja, conversas de qualidade, desde os primeiros meses de vida é essencial para o desenvolvimento do cérebro das crianças e impactante no futuro dos mesmos.

Meredith e seu time gravaram, por dois dias, as interações que 36 crianças, entre quatro e seis anos, tinham com seus pais e com seus cuidadores. A qualidade desses diálogos foi medida de acordo com o número de “idas e vindas” da conversa: o número de vezes em que a criança perguntava e o adulto respondia — e vice-versa.

As mesmas crianças passaram por exames de ressonância magnética. O resultado? A área do cérebro responsável pelo processamento da linguagem era mais ativa naquelas que tinham experimentado diálogos mais significativos.

Luciana Brites, psicopedagoga, uma das fundadoras do Instituto NeuroSaber (PR) e mãe de Helô, Gustavo e Maurício explicou que a aprendizagem da criança, na verdade, acontece a partir do quarto mês de gestação, quando começa o desenvolvimento do aparelho auditivo da criança.

A psicopedagoga contou para a Pais&Filhos sobre a pesquisa de alguns americanos que tem uma grande relação com os bebês ainda dentro da barriga. “Eles fizeram uma experiência com mães a partir do quarto mês de gestação, colocando fones de ouvido na barriga delas com uma determinada música durante sete dias. Quando esses bebês saiam, o que acontecia que era muito interessante… Eles tocavam a mesma música e a criança tinha uma movimentação diferente do que de quando colocavam outras músicas”, diz Luciana.

Quem dirá então quando se trata do pai e da mãe conversando com eles! Livia Marques, coach, psicóloga organizacional e clínica com foco em terapia cognitiva comportamental e mãe da Maria e do Miguel concorda com essa prática de falar com o bebê ainda durante a gestação.

“É legal falar com o bebê desde que ele está na barriga porque ele escuta a voz da mãe, do pai e começa a entender a tonalidade. Isso acalma o bebê, ajuda ele a entender que você está preocupado com ele e pode ter uma interação com ele”, expressa Livia.

Às vezes não conversamos com a criança porque achamos que ela não está entendendo, mas a linguagem parte primeiro das habilidades de compreensão. “Primeiro a criança vai compreendendo, compreendendo, compreendendo. Pode ver que primeiro ela aprende bastante e depois ela solta a fala”, explica Luciana.

A linguagem é a forma que o sujeito tem de fazer mediação com o meio e ela não está apenas relacionada à fala. Temos também a linguagem não verbal, que são os gestos. Ambas essas formas de comunicação se completam, aperfeiçoam a capacidade de comunicação de cada um e ajudam a desenvolver muitas habilidades nas crianças.

“É necessário, também, trabalhar essa linguagem não verbal porque às vezes a gente fala assim ‘ai, eu tô brava com você’ e a mãe está brava olhando o celular e o corpo dela não está falando o que a fala dela esta falando. Então eu posso potencializar ainda mais o desenvolvimento do meu filho quando linguagem verbal e não verbal passam a mesma mensagem”, explicou a psicopedagoga.

Não devemos esquecer que devemos ter diálogos significativos com os pequenos. “É muito importante a qualidade do que é conversado porque a linguagem é o que vai possibilitar a gente apresentar o mundo para essas crianças. Tem que ser uma linguagem que dê mais perguntas do que respostas, que seja intencional muitas vezes, que você pergunte para o seu filho ‘porque você fez isso?’, ‘mas o que você acha disso?’. Tem que ser uma linguagem que não dê as coisas prontas e acabadas”, conclui Luciana.

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Palavras-chave
Dicaspais e filhos

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