Coronavírus: cães e gatos podem ser infectados ou transmitir a doença?
Após 25 casos da doença confirmados no Brasil pelo Ministério da Saúde, fomos atrás de uma especialista para tirar todas as dúvidas sobre o assunto depois do tema viralizar nas redes sociais
Resumo da Notícia
- 25 casos de coronavírus já foram confirmadas no Brasil
- Em Hong Kong um cão foi colocado em quarentena após teste positivo para o Covid-19
- É possível que outro subtipo de coronavírus infecte os animais domésticos
- Rosângela Ribeiro esclarece dúvidas e dá dicas a respeito de como se proteger
25 casos de coronavírus já foram confirmados no Brasil. A doença vem se espalhando pelo mundo, entre as pessoas e os animais. Animais? Pois é, recentemente um cão em Hong Kong foi colocado em quarentena após apresentar teste positivo para o Covid-19. Após essa primeira confirmação, diversos donos de pets ficaram preocupados com a possibilidade de seu cão ou gato contrair a doença. Mas, afinal, os animais domésticos podem ou não se contaminarem com o coronavírus?
Apesar do teste positivo, a Proteção Animal Mundial (organização não-governamental que trabalha em prol do bem-estar animal) afirma que não há evidências científicas de que animais domésticos, como cães e gatos, possam contrair e transmitir a doença.
“Não há provas que o cachorro esteja infectado pelo coronavírus. Como a sua tutora tem a doença, é muito provável que o que foi encontrado na saliva do animal seja resultado de seu contato próximo com ela e não uma infecção completa, com replicação e transmissão do vírus” , informa a gerente de programas veterinários na Proteção Animal Mundial, Rosângela Ribeiro.
Apesar da falta de provas em relação ao Covid-19, é possível que outro subtipo de coronavírus infecte os animais domésticos: “Sabemos que cães podem ser infectados por um outro subtipo do coronavírus, não o Covid-19, além do que, a transmissão para humanos e outras espécies é incomum”, explica a veterinária.
Para exemplificar o que está acontecendo atualmente com o coronavírus, Rosângela relembra um outro surto de vírus que causou pânico: a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS). “Assim como no caso da SARS, em 2003, havia também o medo de que os animais pudessem espalhar a doença. Contudo, no final da epidemia, apenas oito gatos e um cão apresentaram resultado positivo para o vírus, mas, nunca foi encontrado nenhum animal que transmitisse a doença aos seres humanos”, pontua.
A veterinária enfatiza a necessidade de cuidar dos animais em qualquer situação e não entrar em pânico, uma vez que não há nenhuma evidência que vincule os animais de estimação com a infecção e transmissão do vírus. “Disseminar esse tipo de notícia infundada pode gerar um pânico desnecessário em relação aos animais de estimação, colocando em risco as populações de cães e gatos nos países com o surto da doença”, finaliza.
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