Covid-19: Ministério assina acordo com Pfizer para compra de 70 milhões da vacina
O Governo Federal informou a assinatura de um memorando de entendimento com a farmacêutica na última quinta-feira
Resumo da Notícia
- O Governo Federal informou a assinatura de um memorando de entendimento com a farmacêutica Pfizer
- O acordo deve garantir cerca de 70 milhões de doses da vacina contra o coronavírus até 2021
- O secretário-executivo do Ministério da Saúde disse que existe a possibilidade do uso emergencial do imunizante no país
O Governo Federal informou a assinatura de um memorando de entendimento com a farmacêutica Pfizer na última quinta-feira, 10 de dezembro. O acordo deve garantir cerca de 70 milhões de doses da vacina contra o coronavírus , desenvolvida em parceria com a empresa biotecnológica alemã BioNTech, até 2021.
O secretário-executivo do Ministério da Saúde, Elcio Franco, chamou a atenção durante a coletiva à imprensa que existe a possibilidade do uso emergencial do imunizante no país – o que tornaria possível a aplicação da vacina ainda em 2020.
O secretário também deixou claro que até o momento o governo não tinha realizado a compra de nenhuma vacina. O acordo entre a Fiocruz e a AstraZeneca, laboratório responsável pela fabricação da medicação desenvolvida em Oxford, era de caráter tecnológico, esclareceu Franco.
“Importante deixar claro que o acordo firmado com a AstraZeneca foi um contrato de encomenda tecnológica baseado na legislação brasileira, não é uma compra de vacina,” explicou o secretário-executivo.
Pfizer conclui fase 3 de testes com 95% de eficácia
No dia 18 de novembro, a Pfizer anunciou conclusão da fase 3 de testes da vacina candidata contra o novo coronavírus com 95% de eficácia. A farmacêutica americana afirmou, em anúncio, que o imunizante é seguro e não gerou efeitos colaterais sérios. Ela está sendo testada no Brasil e os dados ainda não foram anunciados em revistas científicas. Durante o estudo da vacina foram analisados 170 casos confirmados da Covid-19 e os testes envolveram pessoas com mais de 65 anos e, a partir desta faixa etária, a vacina se mostrou mais de 94% eficaz.
Ou seja, segundo o G1, se uma vacina tem 95% de eficácia, isso significa dizer que a pessoa tem 95% menos chance de pegar a doença se for vacinada do que se não for. Das 170 pessoas analisadas, 8 tomaram a vacina experimental e 162 receberam o placebo (uma substância inativa). O imunizante, aplicado em duas doses, só é eficaz a partir de 28 dias.
A farmacêutica destacou que todos os dados de segurança exigidos pela agência americana de saúde, a Food and Drug Administration (FDA), para a Autorização de Uso de Emergencial foram alcançados. Dessa maneira, a Pfizer avisou que pretende entrar com o pedido de uso emergencial da sua vacina ‘em poucos dias’ sem dizer uma data especifica.