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Criar filhos para o mundo: com muito amor, a gente garante que você tira de letra!

Dá para criar filhos gentis com o mundo com pequenos passos dentro de casa - Getty Images
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Publicado em 01/04/2022, às 13h55 - Atualizado às 14h12 por Luiza Fernandes, filha de Neila e Mauro


Nesta sexta-feira, 1 de abril, a Pais&Filhos organizou mais uma live com uma reflexão para lá de importante. Dessa vez, em uma conversa mediada por Yulia Serra, filha de Suzimar e Leopoldo e editora da Pais&Filhos, juntamente com a presença de Ivi Pizzott, que é bailarina, atriz, influenciadora e mãe de Kali; Dani Bombini, advogada e mãe do Francisco – o Super Chico! e o Vini Campos, que é ator, escritor, jornalista e pai de Milagros, Alfredo e Pablo.

Os convidados abriram o jogo sobre a importância de entender os filhos como humanos. Por isso, Vini falou da experiência com os filhos – que são adotados. “O fato de termos adotados eles grandes fez com que nunca víssemos eles como bebês. Eu já olhava para eles como seres diferentes capazes de lidar com o mundo, porque eles já vinham para a vida com muito mais preparo que eu. nosso esforço, nesse sentido, foi o de mostrar outra realidade para eles. Quando a gente dá para os nossos filhos a ideia de que existem outras realidades prepara eles para outras possibilidades. Quando a gente dá informação, a gente prepara eles para o mundo em que eles estão inseridos”

Na atualidade, o preconceito com o próximo é, infelizmente, muito natural. E como lidar com essa barreira e criar filhos com a cabeça aberta? Ivi, com isso, deu a dica:

“Na verdade, aqui tentamos ao máximo dar exemplo, porque a criação é menos o que você diz e mais o que a criança vê. Damos exemplos de pessoas negras em diferentes lugares, e isso se chama representatividade. isso faz com que ela se fortaleça e entenda que é menor do que ninguém. Porque ela tem que acreditar que pode estar em qualquer lugar”

Dani ainda completou, sobre as experiências da maternidade, “Quando o Chico nasceu, a gente não sabia da síndrome – descobrimos depois que ele nasceu. E quando eu fui tirar os pontos da barriga, o médico me disse ‘Olha que legal, as meninas já vão crescer com diversidade’. E eu contei para as meninas e elas me perguntaram, ‘O que é diversidade?’. Então aos pouquinhos a gente vai explicando, mas eles tem a noção de que não pode ter preconceito – porque na nossa conversa do dia a dia isso é inserido”.

Vini relembrou da própria infância, e disse, “Eu fui uma criança que sofreu muito preconceito e bullying. Eu sofri na infância por gostar daquilo por não gostar do que é de menino. O meu medo com os meus filhos era que eles sofressem preconceito por minha causa. No começo, eu ficava muito noiado quando eles chamavam um amigo, porque eu achava que os pais não iam aceitar”.

Eles ainda compartilharam cenas de orgulho que viveram com os filhos preparados para o mundo. Sobre isso, Dani contou, “A minha mais velha até o nono ano estudou em um colégio de freira. Ela disse que viu em um colégio a foto de um casal gay com um cachorro escrito ‘Família não tradicional’. E eu achei demais! Mas a Clara chegou da escola contando que algumas amigas dela reclamaram da foto. Ela contou que explicou que essa era a ‘realidade do mundo’. E eu pensei, ‘Ufa! Graças a Deus'”.

Vini também compartilhou uma lembrança. “Os meus filhos estudaram em uma escola que tinha um menino com Síndrome de Down. E eu amava esse menino! Nunca mais o vi, mas eu era doido por ele. Tempos depois, uma amiga minha teve filho com down e meu filho, Pablo, conheceu esse menino. Eu expliquei para ele sobre a condição, e ele se deu super bem com o menino, e eu contei que geralmente pais que tem filhos mais tarde tem filhos assim. Aí, meses depois, estávamos em família conversando sobre ter filhos e o Pablo disse que teria filho muito tarde. Eu perguntei porque, e ele disse que era porque queria um filho com Síndrome de Down!”.

Dá para criar filhos gentis com o mundo com pequenos passos dentro de casa
Dá para criar filhos gentis com o mundo com pequenos passos dentro de casa (Foto: Getty Images)

Ivi não lembrou de uma situação, contudo, ressaltou: “Minha filha é uma criança que realmente não faz nenhuma distinção com pessoas de outras etnias, sexualidades e etc. E fico muito feliz, porque ela com certeza aprendeu isso comigo e com o pai dela. Isso me deixa muito orgulhosa, ela sempre elogia muito todo mundo e sempre encontra alguma coisa boa em alguém!”.

“Penso muito na informação”, diz Vini. “É natural que a criança tenha curiosidade de algo que ela não conhece. Se a gente não olha para os desconhecidos como ameaça, e começamos a criar uma rede de ajuda, fica mais fácil. Quando damos informação, mostramos que é normal e permitimos até que a própria criança pergunte para a pessoa, quebramos tabus e nos aproximamos das pessoas”.

E como que instiga a curiosidade e a conversa? Pode ser complicado, mas os convidados não deixaram de falar. “Aqui em casa separamos a hora do jantar para conversar sobre como foi o dia, trocar experiência. Porque com as telas nós perdemos um pouco eles. Não só a minha de quatro anos, mas acho que outras famílias também. Então é no jantar que tentamos ver o que vivemos e aprendemos”, disse Ivi.

“Para nós é o almoço!”, contou Dani. “É nesse momento que conseguimos ficar juntos, e sempre rola uma história. E tem muito caso de bullying. A gente pensa que não, mas eles sabem muito!”.

Vini, sobre isso, contou: “O janta aqui é muito potente! E acho que uma das coisas importantes é o diálogo. Meus filhos são adolescentes, e me contam detalhes íntimos da vida deles, e eu acho maravilhoso! Porque nunca fico sabendo pelos outros, é sempre por eles”.

E completa, “Para crianças pequenas, eu acho que o momento da leitura também é um caminho. A ficção é sempre um bom caminho para trazer questões. Além do momento um a um. Mas a gente tenta encontrar esses momentos de intimidade”.

Como saber que estou criando filhos para o mundo? “Seu filho abraça você, está feliz, com amigos na escola? Se sim, então tá tudo certo!”, contou Vini. Ivi ainda completa, “Seu filho sabe expressar opinião? Porque acho que isso é importante. Não adianta ficarmos podando a criança com 3 anos e esperar que ela se torne um adulto expressivo e cheio de opiniões!”.

Levar filhos para o mundo é receber coisas incríveis de volta, a gente garante! “Tem tanta dificuldade nesse mundo que eu espero, na verdade, que eles tenham força para mudar o que precisa ser mudado. Espero que eles tenham convicção do que acreditam, batam o pé e defendam isso”, diz Ivi. “As pessoas se preocupam muito em deixar o mundo melhor para os filhos. Mas acho que a ideia é deixar os filhos melhores para o mundo. A ideia é fazer a lição de casa e deixar eles para o mundo, porque eles mostram qual que é o caminho”.

Vini finaliza: “Quando procuramos informação na internet, sempre procuramos com relação aos nossos filhos. Mas a transformação é coletiva. Porque se não cuidarmos dos filhos de todos, vai ser muito difícil tornar o mundo um lugar melhor”. Demais, né? Confira a live completa clicando AQUI.


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