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Da expectativa à realidade: a parentalidade envolve vários sentimentos

Selecionamos 16 palavras durante o 11º Seminário Internacional Pais&Filhos que marcaram o evento - Shutterstock
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Publicado em 17/07/2021, às 06h45 por Redação Pais&Filhos


A sua realidade. Cada família, mãe, pai, avós, tios e filhos tem uma. E é você quem sabe os melhores caminhos da criação para o seu filho, entre os erros e os acertos da parentalidade. Foram oito horas ao vivo para discutir, levantar, refletir e nos aprofundarmos no tema do 11º Seminário Internacional Pais&Filhos. Pela terceira vez de forma completamente digital, o evento, realizado no dia 1o de junho, trouxe muito conteúdo relevante e troca de experiências, por meio de palestras com especialistas, duas mesas-redondas, pocket show, sorteios e ativações de marcas parceiras.

Selecionamos 16 palavras durante o 11º Seminário Internacional Pais&Filhos que marcaram o evento (Foto: Shutterstock)

Mesmo distantes fisicamente, nos conectamos com você, nossa audiência, para falarmos sobre essas realidades diversas que existem mundo afora no exercício de criar um filho: um dos mais difíceis da vida, mas que vale muito a pena. Diretamente da Unibes Cultural, em São Paulo, o 11º Seminário Internacional Pais&Filhos foi transmitido no Facebook e YouTube de forma gratuita, com cobertura em tempo real nas redes sociais e site para que você não perdesse nenhum detalhe.

Para ajudar na consolidação de tanto conteúdo falado ao longo do dia, selecionamos ao vivo as 16
palavras que mais marcaram e definiram cada palestra e mesa-redonda: expectativa, equilíbrio, culpa, resiliência, esperança, amor, doação, razão, paciência, acolhimento, pluralidade, vulnerabilidade, coragem, imperfeição, palpites, realidade. Confira o que cada uma delas representa dentro da parentalidade e veja tudo o que rolou no 11º Seminário Pais&Filhos!

Expectativa

Quer palavra que mais defina o momento atual que estamos vivendo do que expectativa? No dicionário, ela é justamente a espera para que algo aconteça, baseando-se em probabilidades. É a espera de que tudo volte “ao normal” em meio à pandemia. A espera de que você seja um pai perfeito com um filho perfeito, mesmo sabendo que isso é humanamente impossível. Para Vera Iaconelli, mãe de Mariana e Gabriela, psicanalista, diretora do Instituto Gerar, e autora do livro “Criar filhos no século XXI”, que participou da primeira mesa-redonda do dia, ‘7 (e muito mais!) pecados capitais’, ser mãe ou pai durante a pandemia significa refletir sobre a mudança deste papel no contexto atual: “Temos que retificar as nossas expectativas, esse é um momento atípico e estamos fazendo o nosso melhor. Se ficarmos usando a régua de antes, vamos impor limites impossíveis”.

Equilíbrio

Na parentalidade, é preciso entender as expectativas que cabem dentro da sua realidade para encontrar um equilíbrio. Lia Bock, mãe de Ernesto, Mathias e das gêmeas Tulipa e Amora, madrasta de uma menina, jornalista e escritora, também fez parte da primeira mesa-redonda do dia e falou sobre a importância do equilíbrio, principalmente para as mães multitarefa. “Eu quero fazer tudo pros meus filhos e trabalhar também, mas isso começa a não se encaixar. Mulher pode tudo, mas não consegue tudo ao mesmo tempo. É esse equilíbrio que estamos buscando nos dias de hoje”. Vera acredita que para atingir o equilíbrio, é preciso de “menos”. Andressa Simonini, editora-executiva da Pais&Filhos e apresentadora do Seminário reforçou a fala: “Menos é mais. Precisamos colocar os pés no chão, no aqui e no agora”.

Culpa

Em meio à busca constante por encontrar esse equilíbrio, vem aquele sentimento já famoso pelas mães (mas que os pais também vêm sentindo cada vez mais): a culpa. Entre os erros e os acertos da parentalidade, ela surge junto com a exaustão mental que chegou com tudo durante a pandemia. Vera diz que não podemos nos pautar nas mulheres de antigamente. “Não dá pra equilibrar todos os pratinhos. Quando digo que a gente se adaptou não é sem a exaustão. Nós continuamos adoecendo mentalmente, é hora de repensarmos o que podemos fazer”, aponta a psicanalista. Beto Bigatti, pai de Gianluca e Stefano, embaixador da Pais&Filhos e responsável por fazer a interação com a audiência ao vivo no Seminário, ainda falou sobre a culpa e a carga mental que os homens também carregam. É preciso falar sobre esse sentimento tão turbulento para levar tudo com mais leveza.

Resiliência

Quantas vezes você já escutou essa palavra nos últimos tempos? Essa habilidade vai muito além da moda e passou a ser essencial neste momento em que é preciso lidar com frustrações e dificuldades como nunca. A resiliência é a capacidade de lidar com a realidade que se apresenta com flexibilidade. Lia defende que na parentalidade é importante deixar algumas coisas de lado no dia a dia, que antes era uma atitude impensável e até considerada como um pecado, como deixar de fazer a lição de casa. “Nós temos que tentar ter a melhor vida possível, mas talvez essa vida seja diferente da vida que tínhamos antes”, comentou.

Esperança

Ter filhos é um ato de esperança. É uma maneira de eternizar a nossa existência. Para Marcos Piangers, pai de Anita e Aurora, colunista da Pais&Filhos, jornalista e escritor, que fez a palestra “É o amor”, de alguma forma, existe uma pressão biológica para continuarmos tendo filhos. “São muitos aprendizados que chegam com um filho e muitos pontos positivos entre esses erros e acertos. O que faz mesmo valer a pena é a tentativa. Você descobre uma outra pessoa para amar profundamente pelo resto da sua vida”, defende. Depois, ele falou sobre a vida pós-morte e como é bom acreditar na ideia de um paraíso e sobre a constante luta da humanidade contra a finitude: Nós desafiamos a morte tendo filhos. A vida quer existir, a vida é abundante. O nosso amor vai se perpetuar por eles”.

Amor

O amor é a razão da parentalidade valer a pena e não desistirmos em meio aos desafios. Ao longo da palestra, Piangers levantou algumas perguntas sobre a raiz desse sentimento tão potente entre pais e filhos: “Por que amamos nossos filhos? Você ama seu filho ou a você mesmo?”. Para ele é comum confundir o amor pelos filhos com o amor por nós mesmos. “Adoramos as coisas enquanto elas nos dão coisas. Muitas vezes confundimos o egoísmo com amor, você ama seu filho ou você se ama?”, aponta Piangers sobre um lado egoístico do afeto. Para ele, o amor em sua essência é aquele desprendido e sem expectativas: “Não tem nada mais bonito do que o amor verdadeiro e genuíno, um amor desprendido, um amor de verdade, um amor que não é egoísta”.

Doação

Ser pai ou mãe é doar. Doar amor, carinho, paciência, exemplo, educação e tantas outras coisas! Piangers relembrou uma pergunta que fez à própria mãe: “Como faço para retribuir todo o seu amor?”. A resposta mostrou que na parentalidade o verdadeiro amor é aquele que doa sem esperar nada em troca. Doar e criar o filho para o mundo. “Queremos que nossos filhos sigam o caminho deles sem olhar para trás, nossos filhos são a flecha e nós somos o arco – nessa dor, solidão, ingratidão. Amar também é deixar ir”, conclui Piangers. Por mais que isso doa.

Razão

Essa é a faculdade do ser humano que permite conhecer, julgar e agir de acordo com determinados princípios. Mas na parentalidade, os filhos vêm para quebrar a razão e trazer muito aprendizado. “Você planeja, sonha, cria os filhos e eles vêm para fazer exatamente o oposto. Eles vêm para mostrar que você não tem razão e ponto final”, diz Marcileni Melo, mãe de Alessandra, Carolina e Miá Mello – com quem esteve no Seminário para o bate-papo “Pagando a Língua”. Criar um filho é descobrir que a prática é bem diferente da teoria. E está tudo bem com isso!

Acolhimento

Acolher é dar liberdade aos filhos, mas com responsabilidade. Miá Mello, mãe de Nina e Antônio, atriz, humorista e apresentadora, contou que só se conecta de verdade com a filha quando expõe suas próprias fraquezas: “Eu dei muito trabalho para minha mãe, questionava e não queria ir pra escola. E agora, eu tenho que convencer minha filha de ir pra escola. Ela só me escuta de verdade quando me conecto com ela com minhas fraquezas. Como mãe tento me colocar em um lugar de perfeição, mas isso não conecta a gente. Quando eu falo do que eu passei, eu consigo me conectar com ela”. Ela também falou da importância de ser acolhida como mãe no momento em que fala sobre seus erros. “Sempre que preciso de ajuda, eu ligo para minha mãe para pedir conselhos. Ela consegue dividir a experiência dela e acolher ao mesmo tempo”, comentou.

Paciência

Ter filhos é acabar perdendo o controle e a paciência em meio aos erros e os acertos do dia a dia. Marcileni falou sobre as dificuldades de ser mãe, mas confessou que, no fundo, vale muito a pena. “Filho é a melhor coisa do mundo. Se soubesse que era tão bom teria mais dois ou três”, contou. Mas Marcileni confessou que às vezes perde a paciência com os filhos até hoje, menos com as netas! E mesmo nos momentos mais difíceis, sempre tentou ser uma mãe compreensiva e acredita na possibilidade do diálogo na hora da educação. “Meus pais sempre tiveram uma educação muito moderna, de vanguarda, de liberdade. Isso é uma coisa que eu sempre vi muito neles e que quero seguir com meus filhos também”, contou Miá.

Pluralidade

A nossa trajetória e forma de enxergar o mundo é só uma. Mas existem várias outras maneiras de ser pai e mãe. Humberto Baltar, pai de Apolo, educador e idealizador do coletivo Pais Pretos Presentes, que fez a palestra “Confia e Vai” no Seminário, acredita que é importante abrir os olhos para o outro e cada realidade que existe. “É fundamental entendermos primeiramente que realidade é essa que a gente está. Falta pra nós essa percepção de que a nossa realidade, nossa forma de ver o mundo, é só mais uma entre várias. E não a única. É preciso perceber que existem várias outras maneiras de paternar, do que é ser homem, o que é ser pai, o que é estar em uma família. Acho que minha vida começou quando eu percebi isso. A minha vida tinha um roteiro que não era meu, que foi feito”, contou.

Vulnerabilidade

Não existe pai ou mãe perfeitos. Principalmente para os homens, é necessário expor os sentimentos, incertezas, angústias e a realidade nua e crua para aprender a confiar cada vez mais em você mesmo. Ao perceber isso, Humberto contou que deixou tudo que esperavam dele de lado para criar a própria história e entender que homem pode ter sentimento sim, apesar das pressões de uma sociedade machista. “Um dos medos que eu tinha era de não conseguir ser um pai carinhoso, zeloso, amoroso, porque eu não tive isso. Meu pai também recebeu essa caixinha do mundo de que o homem não chora, não mostra fraquezas”. Ao abraçar as incertezas, ele passou a buscar outras realidades e conversas com outros pais. “Percebo que com cada conversa, cada entrega, cada questionamento, há novas possibilidades de amar meu filho e ser amado por ele”, contou.

Coragem

“É preciso coragem pra colocar pra fora o fato que estamos perdidos nessa realidade e mostrar que precisamos de ajuda”, definiu Humberto, que diz que também é importante ter humildade para entender que o machismo é uma prisão para os homens. “É preciso contato, é preciso estar junto. Se você não está junto como seu bebê vai sentir seu cheiro, seu calor, ouvir seu tom de voz? Precisamos tirar essa armadura do pai invencível, provedor, seguro e abraçar as incertezas que todos nós temos, principalmente nessa situação de pandemia. A gente precisa abraçar nossa humanidade. É um processo de autoacolhimento também. É preciso confiar em você, na sua paternidade”.

Imperfeição

Reconhecer que você erra porque é humano. Isso é entender que a imperfeição anda de mãos dadas com a parentalidade. “Eu erro todos os dias. Uma das coisas que mais temos que conversar é naturalizar essa questão de que a gente vai errar, diariamente. Quanto mais assumimos esses erros, melhor nos relacionamos com nossos filhos”, contou Thiago Queiroz, pai de Dante, Gael, Maya e Cora, educador parental, criador do Paizinho, Vírgula, colunista e embaixador da Pais&Filhos, que fez parte da última mesa-redonda do dia “1001 Realidades”. Na grande parte das vezes, os pais erram tentando acertar. “É importante reconhecer que esses erros vêm sempre na tentativa do acerto. Várias coisas que falava que nunca ia fazer, acabo fazendo. Ainda mais na pandemia”, confessou Daniela Becker, mãe de Giovanna e Gerente de Marketing da categoria Infantil na Natura Mamãe e Bebê.

Palpites

Que atire a primeira pedra quem nunca recebeu um palpite na maternidade. É aquela famosa opinião que ninguém pede. Quando o erro é acolhido com empatia, o coração fica mais tranquilo, mas também tem as vezes em que os erros são recebidos com julgamento. Aline Barbosa, mãe solo de Laura, Vicente, Joaquim e Antônia, professora e criadora de conteúdo no perfil @maecrespa, contou sobre uma situação que viveu na pandemia, quando um dos filhos dela não conseguiu aprender a ler na idade considerada certa e foi muito julgada: “Todo mundo está exausto, acho que ninguém mais tem paciência. Mas tento me manter controlada o máximo que posso”. Daniela Becker também falou sobre os palpites que recebe: “No começo eu me importava mais. Agora sei que cada um tem sua verdade e tento ficar mais tranquila com a minha”.

Realidade

Independentemente da configuração familiar, cada um tem sua realidade, anseios e pressões. É também o caso de Fafá Conta, filha de Luiz e Solange, atriz e contadora de histórias do canal que leva seu nome. Mesmo em seu papel de filha, ela reconhece a importância de abraçar cada erro e acerto dentro das realidades que existem por aí. “Sempre busco por histórias que não sejam só interessantes para as crianças, mas também para os adultos aprenderem com elas”, contou. São os erros, que vão se transformando em aprendizados, que se tornam acertos – e vice-versa. E nesta longa jornada de construir uma família, você vai aprendendo, aos poucos, a encontrar a sua realidade e forma de ser feliz.

Com o pé direito

Para começar bem o dia, Adriana Cury, filha de Goiânia e Maurício e Diretora Geral da Pais&Filhos, deu as boas-vindas e validou ainda mais a importância de um dia como esse evento: trazer esperança para as famílias brasileiras. “Cada um tem uma realidade e este é um momento de acolhimento”.

Sorteios

3 conjuntos Mamãe e Bebê, 1 conjunto Papai e Bebê, 1 kitão Mamãe e Bebê, da Natura Mamãe e Bebê; 3 kits de produtos da Ninho; 1 kit de produtos da Reforgan; 2 vouchers de produtos da Kendall; 1 cabana pet, 2 cabanas infantil, 1 cabana de teto, 1 cordão de luz, 1 casulo balanço, da Cabanas Bacanas; 1 livro “Pai Mala”, do Beto Bigatti; 1 chaleira elétrica, 1 multiprocessador, 1 mixer vertical, 1 cafeteira e 1 espumador de leite, da Black+Decker; 1 Air Fryer e 1 carrinho Fisher-Price, da Multilaser; 2 kit de bodies da Pavan Kids; 1 kit de produtos da Maybelline, 1 conjunto da Seed Semijoias; 1 livro “O Poder do Eu Te Amo” do Marcos Piangers; 1 livro “Abrace Seu Filho” do Thiago Queiroz; 2 kits de produtos da Marisol; 3 kits de produtos da Beyoung; 1 carrinho Trolley Me, da Chicco; 1 cadeirinha infantil para bicicleta, da KALF; 2 bonecas LOL da Candide; 1 kit de decoração de unha da Sunny Brinquedos; 1 cadeira de refeição pocket da Bebeliê; 1 extrator de leite da Philips Avent; 1 voucher do Hotel Transamérica São Paulo; 1 Kitchen Revolution Midea da Polishop; 1 voucher do Grand Hyatt; 1 tapete interativo da Muskinha; 1 ano de assinatura da Pais&Filhos.

No comando

É a nossa rainha das lives, mesmo! Andressa Simonini, editora-executiva da Pais&Filhos, filha de Branca Helena e Igor, agradeceu a confiança por estar representando a Pais&Filhos, além de apontar que o mais importante é estarmos juntos, mesmo com a distância física. “O que a gente mais precisa neste momento é estarmos juntos”.

Pocket show

Ela arrasou! Negra Li, mãe de Sofia e Noah, colocou todo mundo pra dançar com o pocket show no Seminário. A cantora, compositora, atriz e colunista da Pais&Filhos começou com “Comando”, sua música mais nova, que tem até desafio de dança nas redes sociais!

Ativações

A Natura Mamãe e Bebê mostrou 5 vídeos da série Histórias Tocantes, que reforçaram a importância do vínculo entre pais e filhos. Ninho apresentou as novidades da plataforma Ninhos do Brasil em um vídeo superdivertido, e falou sobre o poder do amor de mãe em outro. Kendall marcou presença falando sobre as meias de compressão, enquanto Reforgan trouxe um vídeo cheio de energia!


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