Defesa do pai de Henry fala sobre carta de Monique Medeiros (Foto: Reprodução / Vídeo R7)
Segundo informações do UOL, o advogado disse que Monique foi conivente com agressões contra o filho pois queria manter uma ‘vida de luxo’. “Ela vendeu o filho dela para a morte para desfrutar de uma vida que nunca teve. Ela vendeu o filho para ter uma vida de luxo”, disse Barros em entrevista ao Programa do Datena.
Aílton ainda relembrou do momento em que a mãe aparece levando o filho para o hospital. “Isso tudo é história da carochinha, para boi dormir, para contar ao Papai Noel. Ela participou da mentira descendo com o filho morto no elevador para levar ao hospital”, disse o advogado de Leniel.
Pouco depois da divulgação da carta de Monique, a defesa de Jairinho classificou a declaração da mãe como uma ‘peça de ficção’. “A carta da Monique é uma peça de ficção, que não encontra apoio algum nos elementos de prova carreados aos autos. Não há realidade no relato dela”, afirmou o advogado Braz Sant’Anna ao jornal O Globo.
Aílton Barros ainda disse que a mãe de Henry manipulou pessoas para encobrir o primeiro relato. “Ela manipulava os dois companheiros, a família dela. A mãe dela, Rosângela, sabia que o garoto era agredido pelo Jairinho e nada fez. A babá sabia também e nada fez. Todos sabiam. Foram manipulados por causa do dinheiro. Essa babá tinha três pessoas da sua família empregadas, todo mundo estava mamando na teta. Ela [Monique] não chorou. Ela troca a dor do filho pelo aplique, ou seja, ela mostra toda a sua vaidade. O pai logicamente chora demais, ele sente tudo isso aí, porque diversos desses comportamentos dessa senhora ele desconhecia”, disse.
Veja abaixo os principais trechos da carta da mãe de Henry:
“Eu estou sofrendo muito. Não há um dia que eu não chore pela morte do meu filho”
“Não mereço estar sendo condenada por um crime que eu não cometi. Nunca acobertei maldade ou crueldade em relação ao Henry”
“Nunca encostei um dedo nele, nunca bati no meu filho, eu fui a melhor mãe que ele poderia ter tido”.
“Eu não sabia, mas estava sendo manipulada durante todo o tempo”
“Meus pais são pessoas boas (…) temo pela vida deles”
“Eu tentava a todo custo me afastar e me desvincular dele (Jairinho), mas fui diversas vezes ameaçada, e minha família também”.
“Jairinho começou me pedindo para apagar muitas fotos do meu Instagram”
“Depois ele começou a pedir que eu parasse de responder mensagens de amigos homens”
“Depois ele começou a pedir que eu bloqueasse esses amigos”
“Ele (Jairinho) me ligava por dia pelo menos umas 20 vezes, colocou localizador no meu telefone e sempre pedia que eu mandasse foto”
“Jairinho começou a ter ciúme de eu ir na academia e até colocou gente para me seguir e tirar foto de mim malhando para saber com qual roupa eu estava indo treinar”
“Daí os ciúmes foram só piorando… e ele começou a ter muito do Leniel [ex-marido de Monique e pai de Henry]”
“Passei a ter crises de ansiedade com tantas cobranças e picos de pressão e ele começou a me receitar ansiolítico e remédio pra dormir (rivotril de 2mg e patz)
“Lembro de ser acordada no meio da madrugada, sendo enforcada enquanto eu dormia na cama ao lado do meu filho”
“Leniel disse que não queria que Jairinho desse abraços no Henry, porque ele tinha reclamado que o tio tinha dado um abraço muito forte e que tinha apertado ele demais”.
“Henry veio correndo até a cozinha uns 15 minutos depois que Jairinho chegou, dizendo que o tio tinha dado uma ‘banda’ nele e uma ‘moca’. Fui até a sala perguntar o que tinha acontecido e Jairinho disse que ele era um ‘bobalhão’, que segurou ele pelos braços brincando e passou a perna, mas que Henry nem caiu, pois ele estava segurando-o, aí Henry disse pra ele que ia contar pra mim e ele deu uma ‘moca’ brincando”.
“Comecei a notar que nas minhas taças de vinho, sempre havia um ‘pozinho’ branco no fundo (…) Um dia fui ao banheiro e quando voltei, peguei ele macerando um comprimido dentro da minha taça”.
“Quando fui sair ele tinha trancado as portas e escondido as chaves pra eu não sair. (…) Ele tomou meu celular da minha bolsa, me segurou bem forte pelos braços e me jogou no sofá, dizendo que eu não ia a lugar nenhum. Eu saí correndo para o quarto pra me trancar e ele veio correndo atrás, me pegou com mais força e me jogou na cama”.
“Ele deu uma joelhada na parede e começou a gritar dizendo que tinha sido eu (…) O médico perguntou a ele como ele tinha se machucado e ele mentiu, dizendo que tinha caído. Após esse dia, eu disse que iria embora, que ele era muito instável”.
“Falei que iria embora de novo, que não aguentava mais tanta humilhação e fui pegar minhas malas. Foi quando ele teve uma crise e começou a chutar minhas malas na sala, tomou minha bolsa e escondeu”.
“Corri para o quarto de hóspedes e me tranquei lá. (…) Ele começou a bater na porta, esmurrar a porta, gritar, xingar, até que ele arrombou a fechadura e conseguiu entrar no quarto e começou a gritar comigo, dizendo que só ia parar se eu tomasse remédio e fosse dormir no nosso quarto”
“Preciso prestar novo depoimento, pois fui orientada a mentir sobre a noite da morte do meu filho. Fui treinada por dias para contar uma versão mentirosa por me convencerem de que eu não teria como pagar por um advogado de defesa e que eu deveria proteger o Jairinho, já que ele se diz inocente”
“Só pude entender o relacionamento que eu estava vivendo quando fui presa e a maior perda e a maior pena que eu poderia ter em minha vida foi a morte o meu filho amado, Henry”.
“(Jairinho) ligou a televisão num canal qualquer, baixinho, ligou o ar condicionado, me deu 2 medicamentos que estava acostumado a me dar (…). Logo eu adormeci, acho que nem chegamos a conversar. De madrugada, ele me acordou, dizendo pra eu ir até o quarto, que ele pegou o Henry do chão, o colocou na cama e que meu filho estava respirando mal”.