Publicado em 06/04/2020, às 16h23 - Atualizado em 12/04/2023, às 14h13 por Yulia Serra, Editora de conteúdo especializado | Filha de Suzimar e Leopoldo
O isolamento social é fundamental. Isso é indiscutível, mas em épocas de quarentena e pandemia do coronavírus, essa medida pode trazer outros sentimentos à tona. Ter contato com as pessoas faz parte da experiência humana e nos agrega muito tanto pessoal quanto socialmente e, por si só ficar sozinho em casa é desafiador. Mas quando esse período bate com o tempo logo após dar à luz, pode parecer ainda mais solitário.
Antes de tudo é preciso esclarecer um ponto. Depressão pós-parto não é sinônimo de Baby Blues. Este último acontece até duas semanas depois do nascimento e é caracterizado pelo sentimento de tristeza, preocupação e incapacidade. É algo biologicamente explicado, uma vez que se deve a descarga hormonal que a mulher enfrenta para se adaptar ao novo ritmo. Trata-se de algo passageiro. Já a depressão pós-parto é um período longo e intenso, em que a mãe se sente desmotivada, profundamente triste e, às vezes sem conseguir criar afinidade com o filho.
“Se você e seus familiares observam o tempo passando e os sentimentos ainda muito intensos, é bom consultar um profissional, como sua obstetra, psicólogo ou psiquiatra”, recomenda Viviane Marques, psicóloga, educadora parental e fundadora do Psicologia com Empatia, filha de Ana Lucia e Paulo.
Tatiane de Sá Manduca, psicóloga e palestrante, mãe de Mateus enfatiza: “De maneira geral, todos nós estamos expostos a essa pandemia da ansiedade. O que pode ocorrer é que muitas mães que tinham como rede de apoio seus familiares, devido ao isolamento, estão ficando sem essa ajuda e precisando protagonizar de uma maneira muito singular e sozinha”. Isso não quer dizer que você pode sair culpando a quarentena pelo baby blues ou depressão pós-parto, mas é fato que esses sentimentos negativos podem ser agravados por essa realidade.
De qualquer forma, independentemente do coronavírus, já é esperado e recomendado que as mães tenham um certo isolamento social por questões emocionais e segurança do recém-nascido, o que pode causar uma quebra de expectativa é não receber as visitas na maternidade, mas Viviane completa: “Quanto mais consciente você estiver sobre isso, menor será sua expectativa e consequentemente frustração”. Por enquanto, o contato deve ser exclusivamente através de vídeo. A educadora parental cita alguns pontos para minimizar o impacto emocional nessa época:
“Saiba que o início é um período muito difícil e não se julgue nem se culpe. Está tudo bem não manter as coisas no ritmo que estavam antes da chegada do bebê. É normal você não sentir alegria imediatamente porque muita coisa mudou dentro e fora de você”, esclarece Viviane. “Buscar a psicoterapia online e contar com a telemedicina é extremamente importante, mantenha-se conectada com as pessoas que pode contar (mesmo que virtualmente), mas não se desvie da angústia. Compreenda que esses acontecimentos que não temos nenhum controle são passageiros e, na medida do possível, tente acalmar seu coração para viver este momento com maior inteireza no vínculo diário com seu bebê”, finaliza Tatiane.
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