Dia da Internet Segura: 4 dicas para manter a segurança online e cuidar da saúde mental do seu filho
Como forma de conscientizar sobre o tema, é importante ficar de olho no ambiente virtual afim de promover o uso seguro, ético e responsável da rede
Resumo da Notícia
- Saiba como você pode ajudar o seu filho
- Entenda por que o bem-estar digital é tão importante
- Em 2019, cerca de 24,3 milhões de crianças e adolescentes de 9 a 17 anos acessavam a internet no Brasil
Você sabia que nesta terça-feira, 9 de fevereiro, é o Dia da Internet Segura? A data, comemorada desde 2009, veio com o intuito de falar sobre a importância do cuidado na internet, principalmente com as crianças e adolescentes.
Com uma maior facilidade ao ambiente virtual dos jogos, entretenimento, vídeos e redes sociais, é essencial que os pais estejam de olho nas ferramentas, afim de promover o uso seguro, ético e responsável da rede. Segundo uma pesquisa realizada pela TIC Kids Online Brasil em 2019, cerca de 24,3 milhões de crianças e adolescentes de 9 a 17 anos acessavam a internet no Brasil, sendo 86% do total das pessoas nesta faixa etária.
Dentro de casa, o diálogo para uma internet mais segura deve acontecer sempre. Para o diretor do Marista Escola Social Ir Acácio, em Londrina (PR), vale reforçar desde cedo: “Os meios digitais são muito utilizados para a expressão das atividades, sentimentos e novidades. Em uma conversa, os pais e responsáveis podem aproveitar para reforçar a importância da segurança, dos temas e conteúdos acessados”.
Para contribuir com o processo, a família pode seguir alguns passos simples. Veja dicas de ouro para manter a segurança online.
De olho nos conteúdos
Como forma de incentivar conteúdos seguros e adequados para cada idade, tente separar um tempo para olhar os jogos, canais ou vídeos que seu filho consome. Dessa maneira, você também pode criar vínculos, incentivar conversas e aprender ainda mais sobre os gostos dele.
Incentive a autonomia
A linha entre proteger e proibir o acesso à internet para as crianças pode ser muito tênue, por isso vale ficar de olho. No entanto, incentivar o uso consciente dos dispositivos auxilia no desenvolvimento da autonomia e responsabilidade online.
Interação online
Nas conversas em casa, você também pode recomendar pontos importantes como, por exemplo, ajudar seu filho a entender o que ele pode ou não compartilhar nas mídias sociais. Nos grupos de bate-papo, como o WhatsApp, vale ficar de olho com quem as crianças conversam, além de explicar quais informações ela deve manter em sigilo.
E se mesmo assim algo der errado?
Caso a criança perceba algum contato com alguém que faz perguntas invasivas e se sinta desconfortável com isso, mostre que ela sempre pode confiar em você e contar o que acontece. Peça para que, nestes casos, seu filho lhe avise imediatamente e interrompa o contato. Se necessário, você pode comunicar a delegacia de crimes virtuais e explicar o que aconteceu.
Pode falar
Apesar de todas as funcionalidades que a internet traz, ela também pode interferir de alguma forma na saúde mental das crianças e adolescentes. De acordo com uma pesquisa realizada pela UNICEF em setembro de 2020, na faixa etária entre 15 e 19 anos, 72% dos respondentes sentiu necessidade de pedir ajuda em relação ao bem-estar físico e mental durante a quarentena. Já outros 41%, não pediu nenhum tipo de ajuda ou recorreu a alguém. 46% disse que estava mais pessimista do que antes da pandemia, e 80% disse haver tido sentimentos negativos nos últimos dias, como depressão, ansiedade e preocupação.
Para auxiliar a saúde mental e bem-estar para adolescentes e jovens de 13 a 24 anos, a UNICEF desenvolveu o canal Pode Falar, criado em parceria com diversas organizações da sociedade civil e empresas com expertise na área. De forma online e gratuita, o chatbot pode ser acessado em podefalar.org.br. “Com o longo período de distanciamento social, crianças e adolescentes aumentaram o seu tempo de exposição a telas, ampliando também a preocupação com a sua saúde física e emocional”, afirma Henrietta H. Fore, diretora executiva do UNICEF, em pronunciamento global sobre o Dia da Internet Segura”.
Na pandemia, o ambiente virtual teve uma importância fundamental e não pode ser esquecida. “Conforme a pandemia entra em seu segundo ano, a internet e a tecnologia continuarão a desempenhar um papel fundamental na vida de meninas e meninos. O Pode Falar surge como um espaço em que adolescentes e jovens podem informar sua demanda, de forma anônima, passar por uma triagem automatizada e ter uma resposta imediata, a depender da complexidade de sua questão, com indicação de materiais de apoio, informações e serviços,” conclui Gabriela Mora, Oficial do Programa de Cidadania dos Adolescentes do UNICEF no Brasil.
Guia de Pais
Para deixar o ambiente das redes sociais ainda mais seguro, o Instagram em apoio com a SaferNet, uma ONG que defende a promove os direitos humanos na Internet, lançou uma nova versão do Guia de Pais. Publicado pela primeira vez em 2018, possui o intuito de ajudar, principalmente, pais de adolescentes e conhecer as ferramentas da rede e tornar a experiência ainda mais positiva.
Na atualização, os principais recursos destacados são voltados para o gerenciamento de comentários, tempo gasto no aplicativo, ferramentas de Direct e também stories. Para acessar ao guia completo, basta entrar em https://www.safernet.org.br/site/themes/sn/sid2017/resources/guiapaisig.pdf.