Publicado em 23/04/2020, às 15h50 - Atualizado em 12/04/2023, às 14h17 por Yulia Serra, Editora | Filha de Suzimar e Leopoldo
Na última semana, um áudio viralizou no WhatsApp, com a mensagem de que máscaras trazidas da China pelo Ministério da Saúde para equipar os profissionais de saúde e serem distribuídas à população estariam contaminadas pelo coronavírus e não deveriam ser usadas.
A informação correu o Brasil, mas o Dr. Gerson Salvador, infectologista, pai de Laura e Lucas, alerta: “É mais uma das muitas fake news que têm circulado por aí. Isso é um absurdo!”.
O Ministério da Saúde também se posicionou sobre o assunto em nota para o G1: “Os vírus geralmente não sobrevivem muito tempo fora do corpo de outros seres vivos, e tempo de tráfego destes produtos costuma ser de muitos dias”. Vale ressaltar que um estudo divulgado em março realizado por cientistas dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças da Universidade da Califórnia, de Los Angeles e de Princeton, verificou a durabilidade do vírus em alguns materiais e apontou que ele pode ser detectado até 72 horas em superfícies de plástico e até 24 horas em papelão.
A polêmica começou no dia 8 de abril, quando a instituição de saúde anunciou a compra de 240 milhões de máscaras do país asiático para proteger os médicos da linha de frente no combate à pandemia. Na gravação que acusa os equipamentos de infecção, um homem que se diz cantor, compositor e estudante de Medicina faz essas alegações, mas não apresenta nenhuma prova. O Comprova conseguiu entrar em contato com o autor do áudio que continuou não apresentando nenhuma evidência para defender o seu argumento, apenas afirmando que a fonte da notícia era “ele mesmo”.
Assim, Dr. Gerson reforça a necessidade do uso do equipamento. “Certamente, os profissionais de saúde que atendem pacientes com sintomas respiratórios devem usar máscaras, as pessoas que têm sintomas respiratórios também e, nesse momento, além deles, as autoridades sanitárias têm preconizado o uso comunitário de máscaras de pano, visando limitar que as pessoas que têm pouco ou nenhum sintomas possam eventualmente ser transmissoras de coronavírus”, justifica.
Devido a alta procura do produto e como citado acima, o Ministério da Saúde tem recomendado que a população use máscaras de pano, feitas em casa. Essa medida é fundamental, porque 78% das pessoas infectadas pelo coronavírus não apresentam qualquer sintoma da doença, mas mesmo assim podem transmitir. De acordo com o órgão, para cumprir essa missão de proteção, serve qualquer pedaço de tecido, vale desmanchar aquela camisa velha, calça antiga, cueca, cortina, o que for. Para ser eficiente, precisa seguir esses requisitos:
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