Publicado em 17/03/2020, às 13h04 - Atualizado em 16/01/2023, às 08h55 por Yulia Serra, Editora | Filha de Suzimar e Leopoldo
Depois da declaração de pandemia em relação ao coronavírus, as recomendações ficaram mais rígidas ao redor do mundo. Embora ainda não seja uma obrigação federal, muitas empresas e escolas já liberaram as pessoas para trabalhar e estudar de casa. A medida de segurança é preventiva para evitar tanto a transmissão quanto contaminação desta doença respiratória. Mas quão longe é preciso ir nesse isolamento domiciliar? De acordo com Dr. João Prats, infectologista da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo, idealmente, é preciso restringir ao máximo a exposição das pessoas nessa situação.
“Eu gosto bastante de um conceito que os norte-americanos estão falando bastante, que é o social distance (distanciamento social). A ideia é você manter contato com as pessoas mais próximas (na sua casa) e sai de casa para fazer as coisas essenciais (como compras)”, exemplifica. Essa recomendação é ainda mais importante para os idosos e pessoas com comorbidades, por fazerem parte do grupo de risco. Nesse sentido, você deve evitar contato com o mundo externo.
Mas calma, não é preciso pânico! Isso é uma ação preventiva, mas fundamental que seja seguida para poder controlar a doençae reduzir o número de casos. Assim, o especialista reforça que vale a pena cancelar compromissos não essenciais, principalmente se envolverem muitas pessoas. “Se está tudo certo com você e é uma consulta de rotina, pensa em deixar mais para o fim do ano”, sugere. Mas se o você está em algum tipo de tratamento ou acompanhamento mais rigoroso, não é bom cancelar.
Ele enfatiza que os hospitais são locais de risco no momento e por isso, afirma: “Certamente é um lugar que terá o vírus, especialmente a sala de espera do pronto-socorro, então é um ótimo espaço para evitar”. As próprias instituições de saúde já estão tomando providências para otimizar o serviço e garantir a segurança dos pacientes, mas cabe a população também fazer a sua parte, seja não procurando o hospital apenas por um resfriado ou lavando bem as mãos e passando álcool gel regularmente.
Na dúvida, é sempre positivo consultar seu médico. O médico finaliza alertando: “Não precisa ficar totalmente dentro de casa 24h por dia, mas, sim, evitar ao máximo possível sair”. Tem alguns compromissos que não podem adiar, e tudo bem precisar sair nesses casos, mas o foco é evitar aglomerações e deixar tudo o que der para depois. Para finalizar, Dr. João Prats diz: “A dica é: não ir para o hospital, porque você está com um simples resfriado, porque você pode estar com um outro vírus e pode estar se expondo ou até estar com o vírus expondo outras pessoas a uma doença mais grave”.
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