Publicado em 24/12/2021, às 03h52 - Atualizado às 06h10 por Yulia Serra, Editora | Filha de Suzimar e Leopoldo
O final do ano se aproxima e é impossível não pensar nele, o Natal. As casas enfeitadas, luzes piscando, presentes espalhados pela árvore, repleta de penduricalhos. Cada família tem a sua forma de passar essa data, mas independentemente de como faça a comemoração, é praticamente senso comum que natal é o momento de reunir a família e estar ao lado de quem a gente ama.
Hora de dar aquele abraço apertado, unir gerações, trocar muitas experiências e risadas. Principalmente depois de tudo o que enfrentamos nos últimos tempos, com a pandemia da Covid-19, o Natal foi comemorado de forma mais intimista, sem grandes festas, para respeitar o isolamento social. Mas uma pesquisa publicada na segunda edição do M&S Family Matters Index em outubro de 2021 descobriu que as famílias pretendem celebrar a data em grande estilo neste ano.
A palavra Natal tem origem do latim “natalis”, que representa o nascimento. Fim de um ciclo e início de outro. Muito mais do que a festa em si, esta data traz essa simbologia. Sendo assim, com todas as incertezas e certezas deste período, o Natal ganha um significado a mais neste ano. É isso que acredita Aline Barbosa, professora, dona do perfil Mãe Crespa no Instagram, mãe solo de Laura, Vicente, Joaquim e Antônia: “Nos últimos anos eu acredito que muitas pessoas começaram a valorizar mais a vida, valorizar mais o que realmente importa: a família!”.
Para ela, a oportunidade de celebrar o renascimento tem um valor ainda maior e, diante de tantas perdas nos últimos meses, renova as esperanças. Tatiane de Sá Manduca, psicóloga clínica e autora do livro Valida-te, mãe de Mateus, entende que esse período, que nos mostrou como nós somos suscetíveis diante da vida e dos acontecimentos, deixou ainda mais evidente a potência das relações humanas e como o amor é frutífero. “O caos emocional frente à impossibilidade de compartilhamento e trocas afetivas, as inúmeras vidas e perdas nos escancarou a finitude da vida, mas com ela a possibilidade de viver o instante. Afinal, aprendemos que a vida é o presente, é o que temos de mais precioso”, afirma.
A psicóloga completa que qualidades muitas vezes vistas como banais, como afeto e amparo, se mostraram imprescindíveis para conviver com o “novo normal”. E essas habilidades nos permitiram nos reinventar diante daquilo que não controlamos: “Aprendemos que a reinvenção dos modos de se relacionar conosco e com os outros também faz parte da resiliência. As diversas rupturas não aconteciam fora, mas, sim, dentro de cada um de nós”.
Esse momento de olhar para si, também foi transformador para Beto Bigatti, publicitário, fundador do blog Pai Mala, pai de Gianluca e Stefano, embaixador e colunista da Pais&Filhos. “O Natal sempre foi um momento de olhar para o próximo, para a família, mas também carregava um peso pelas obrigações sociais que eram convencionadas para a data. Acredito que após tudo o que passamos, o natal deste ano será uma oportunidade de agradecer de forma mais profunda e intensa por aquilo que realmente importa para as famílias”, diz.
Ele, que afirma ter o Natal como a data preferida do ano, concorda com Tatiane ao pontuar que mais do que mudar o valor do Natal, a pandemia mudou a nossa capacidade de valorizar o que de fato é importante. E essa celebração é uma oportunidade para todos estarmos unidos em torno de algo bonito, de um sentimento bom. Porém, diante de tantas mudanças internas e externas, alguns hábitos permanecem… As tradições de Natal. Passa ano, passa geração e elas continuam unindo as famílias e criando novas memórias. Na casa do Beto, montar o pinheiro com os filhos é fundamental e, claro, o caçula sempre fica com a responsabilidade de colocar a estrela no topo da árvore.
Os pratos típicos de Natal também são garantidos na mesa, com direito a ajuda dos filhos para preparar a sobremesa. “Não pode faltar a cartinha para o Papai Noel. Talvez este seja o último Natal que nosso caçula acredita no Papai Noel e eu já estou sofrendo por dentro! É uma fantasia tão linda, e sempre fizemos com que parecesse real”, acrescenta. Uma tradição mais recente é a de doar brinquedos para crianças de famílias em situação de vulnerabilidade: “Assim, mostramos que é ótimo receber presente de Natal, mas é tão bom, ou mais, poder presentear e fazer o bem”.
Para Aline Barbosa, ter todo mundo junto é prioridade: “Desde a minha infância, as minhas lembranças de natal são da família toda reunida, todos felizes ao redor da mesa saboreando a ceia feita pela minha avó durante o dia inteiro. E assim continua sendo até hoje! É a única data do ano que a família inteira consegue se reunir. Se tem algo que eu não abro mão é de passar o Natal com a minha família”. Diferentemente de Beto, a montagem da árvore acontece com cada um colocando um enfeite e fazendo um pedido: “Essa tradição foi passada de geração para geração e todo ano todos ficam ansiosos para saber quem será o escolhido para colocar a estrela no topo do pinheiro”.
Estes momentos em família são muito especiais e contribuem para o fortalecimento dos vínculos. “Nos refazemos a cada troca afetiva, e que neste ano que se finda possamos aprender a recomeçar, e fazermos isso diariamente”, diz Tatiane. A especialista entende que é fundamental viver os laços de amor com o outro e consigo mesmo, sabendo respeitar a alteridade de cada pessoa. “A família é o primeiro núcleo no qual aprendemos a ser com o outro, e olhar para a dinâmica das relações e a tessitura dos laços que se perfazem no curso da vida. Pode ser uma maneira de reconhecermos a importância do acolhimento, do amor, de viver as relações de forma mais significativa, para seguir em frente com todas as vicissitudes aos quais estamos tão vulneráveis”, aponta.
Aline Barbosa comenta: “O Natal tem um significado muito forte pra minha família. É a época em que refletimos sobre tudo que aconteceu durante o ano, onde as mágoas são deixadas de lado para que possamos ter uma noite linda e inesquecível”. Já Beto Bigatti complementa: “Natal é aquele momento em que até quem está brigado na família volta para receber um abraço. É um período para rever o que passou e olhar para frente com mais empatia. Eu acredito com força que ver avós e netos compartilhando esses momentos é superimportante para que nossos filhos entendam os valores da família. Cada uma do seu jeito, mas unidas por um laço meio inexplicável, mas que brota visceralmente nesta data”. Muito mais do que os presentes, o real valor do Natal neste ano está na presença, de quem amamos e de quem nos ama.
As tradições fazem parte do natal. Confira alguns destes costumes e aproveite para inserir na sua família!
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