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Estudo diz que coronavírus pode causar danos aos testículos e levar à infertilidade: entenda por quê

Segundo o estudo, o coronavírus pode afetar os testículos dos infectados - iStock
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Publicado em 12/05/2020, às 14h51 - Atualizado às 15h28 por Yulia Serra, Editora | Filha de Suzimar e Leopoldo


Segundo o estudo, o coronavírus pode afetar os testículos dos infectados (Foto: iStock)

De acordo com um estudo chinês feito por pesquisadores do Departamento de Urologia do Hospital de Nanjing e da Escola de Enfermagem do Suzhou Vocational Health and Technical College, de Jiangsu, o coronavírus, além de causar os problemas respiratórios também pode afetar os sistemas reprodutivo e urinário masculinos, prejudicando a fertilidade, o desenvolvimento de função renal anormal ou até mesmo, uma lesão e insuficiência renal. 

Tanto a covid-19 como a SARS compartilham do mesmo receptor nos humanos, conhecido como ACE2 (enzima conversora de angiotensina 2), uma enzima bastante presente no corpo humano  nos pulmões, corações, intestinos, e em alta quantidade nos testículos. Ao se ligar com uma célula, os efeitos podem ser enormes. O urologista e especialista em reprodução humana da Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida (SBRA), Renato Fraietta alerta que a ligação direta do novo vírus com os receptores ACE2 podem levar à lesão testicular e tecidual renal dos pacientes infectados. 

Por isso, os homens infectados pela doença, necessitam de cuidados extras. “Atenção especial deve ser dispensada aos pacientes quanto à avaliação e ao acompanhamento de suas funções renal e reprodutiva, evitando o risco de dano testicular que possa comprometer a fertilidade de pacientes sem prole constituída”, justifica. Sendo assim, a pesquisa recomenda o acompanhamento durante a hospitalização e depois da alta, através de análises clínicas. 

O especialista esclarece que como qualquer outra doença viral, como HIV e hepatite B, o coronavírus também pode causar uma inflamação testicular, que pode evoluir para atrofia do membro ou até infertilidade, mas acrescenta que é cedo para tirar conclusões à longo prazo. “De acordo com os estudos, devido ao risco de lesão testicular causada pela Covid-19, é importante avaliar, acompanhar e, se possível, intervir nesses pacientes com desejo de paternidade futura. Sem dúvida, por se tratar de uma doença nova, que envolve muitas perguntas e poucas respostas, mais estudos são necessários para a sustentação dos resultados desta investigação”, pontua. 

Infertilidade masculina

Infertilidade é considerada uma doença e o tratamento para engravidar é a reprodução assistida (Foto: Getty Images)

Quando os casais enfrentam dificuldade para engravidar, é comum o equívoco de apontar um problema na mulher. Mas de acordo com a Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva, esses problemas são divididos igualmente entre homens ou mulheres, sendo cada grupo responsável por 30% e o restante atribuído a uma combinação de fatores masculinos e femininos ou sem causa aparente. “A infertilidade masculina é uma condição na qual o trato reprodutivo masculino e oespermatozoide têm capacidade diminuída de levar à fertilização eventual do óvulo para produzir um embrião”, esclarece Melissa Esposito, endocrinologista reprodutiva certificada pelo conselho do Shady Grove Fertility Center de Washington, DC.

Como ficam os tratamentos de reprodução assistida? 

Um tratamento possível para casais que querem ter filhos e apresentam infertilidade é a reprodução assistida. Mas diante da pandemia do coronavírus, a SBRA e a Red Latinoamericana de Reproducción Asistida (REDLARA) recomendam que adiem os planos e realizem a inseminação ou fertilização quando a situação estiver mais controlada no país. O mesmo vale para mulheres que planejam engravidar por vias naturais, por questão de segurança. Em nota conjunta, ambas as entidades reforçam que esse é um momento de prudência e atenção.

A SBRA recomenda aguardar para fazer o tratamento para engravidar (Foto ThinkStock)

“Os diferentes governos e entidades científicas estão se concentrando no isolamento, no ‘ficar em casa’, na redução drástica da mobilidade no sentido de mitigar os danos. Devemos acatar e estimular essa adesão. Além disso, por ser um procedimento eletivo, na grande maioria das vezes, devemos evitar o risco de expor os paciente e a equipe de assistência”, justifica a presidente da SBRA, Hitomi Nakagawa. A SBRA e REDLARA também destacam a importância dos profissionais de saúde em seguir as medidas extras de prevenção, além de acolher e amparar os pacientes, limitando ao mínimo dano psicológico. 

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