Estudo mostra que coronavírus pode trazer problemas neurológicos e médicos ficam em alerta
Feito em março de 2020 pela China, a pesquisa mostrou que os pacientes apresentaram novos sintomas da doença e dentre elas, sete neurológicas
Resumo da Notícia
- Um estudo de março de 2020, mostrou novos sintomas da doença
- A pesquisa deixou os médicos em alerta
- No mesmo estudo, mostrou-se ainda mais comum a perda de olfato e paladar
- Sete manifestações neurológicas foram identificadas
Um estudo divulgado pela China, em março de 2020, mostrou que pessoas contaminadas pelo coronavírus podem ter problemas neurológicos como sintomas da doença. Realizado entre 16 de janeiro e 19 de fevereiro, a investigação foi feita em 214 pacientes, graves ou não, em três hospitais de Wuhan, cidade onde o vírus começou.
Dentre todos os pacientes, 76 apresentarem alguma manifestação neurológica. Dentre eles, pode-se notar a tontura, em 16,8% dos contaminados, e dor de cabeça, citado por 28 deles, 13%1. Na sequência, apareceram ainda confusões mentais, AVC ou isquemia cerebral, convulsão, perda da coordenação muscular e sonolência.
De acordo com Saulo Nardy Nader, neurologista do Hospital Israelita Albert Einsten, em entrevista à Folha de São Paulo, a conclusão serviu como um alerta. “Pessoas com quadro gripal e que apresentarem pela primeira vez algum tipo de tontura forte e persistente, principalmente vertigem, podem estar infectadas pelo coronavírus“.
A pesquisa mostrou ainda uma queixa que tem se tornado cada vez mais comum nos consultórios: a perda de olfato e paladar. Saulo alerta que 5% dos que falaram sobre algum problema neurológico, mencionou também este tipo de alteração. Sobre a entrada do vírus no corpo, ele ainda explicou que pode chegar até o sistema nervoso de duas maneiras.
“A primeira hipótese é pelo sangue e a segunda diretamente pelo nariz, pegando carona com o nervo olfativo. A pessoa teria contato com o vírus pela narina e, através do nervo que leva informação do nariz para o cérebro, conseguiria causar a infecção. A falta de ar, por exemplo, ocorre por agressão neurológica do vírus na região do cérebro responsável por controlar os centros da respiração”, conclui.
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