Família

“Eu acho, de fato, um privilégio poder ter vindo nessa vida e poder ser pai”, diz Rafael Zulu

Rafael e Aline são pais de Kalu - Reprodução/ Instagram
Reprodução/ Instagram

Publicado em 18/02/2022, às 18h26 - Atualizado em 20/03/2022, às 05h53 por Redação Pais&Filhos


Extremamente próximo da família, o ator, apresentador e empresário comentou sobre as referências paternas e maternas que recebeu ao longo da infância e contou o que espera para o presente e futuro dos filhos, Luiza, de 14 anos, e Kalu, de 4 meses. Durante o bate-papo, Rafael Zulufalou sobre o impacto da pandemia na família e destacou a importância do afeto e respeito na relação entre pais e filhos.

Você foi pai em dois momentos completamente diferentes da sua vida. Primeiro, da Luiza, com 23 anos, como foi para você?

É muito legal poder ter vivido essas duas experiências de forma muito intensa. Eu fui pai da Luiza, no meu ponto de vista, muito jovem. Eu lembro que estava fazendo a minha primeira novela. Eu lembro exatamente onde estava quando a mãe da Luíza, a Maria Clara, que é uma amiga, me ligou e falou: “Eu acho que estou grávida”. Aquele momento, em que a gente comprou literalmente essa ideia de sermos pais, era de fato completamente diferente do de hoje. Primeiro que me considerava um cara muito jovem, no início da minha carreira como ator, estava extremamente desestabilizado emocionalmente e financeiramente para aquilo. Mas eu não trocaria o que eu vivi e senti em hipótese alguma. Ela me trouxe muito aprendizado, muita sabedoria. Eu, enquanto pai, amadureci absurdamente e pude viver isso com a Luiza.

E a paternidade do Kalu, como foi?

O Kalu vem agora, 14 anos depois. Com a minha cabeça melhor e financeiramente melhor. E isso faz com que a gente receba a notícia de outra forma. Quando a Aline veio me dar a notícia nervosa, eu falei: “Calma, está tudo bem. Olha a nossa vida aqui, nós somos casados, moramos juntos, a gente se ama, você é a mulher da minha vida, eu sou o homem da sua vida então esse filho só vai vir para abrilhantar a nossa relação”. Mas foram dois momentos completamente distintos, porém o Rafael de hoje é quem é graças ao que ele viveu há 14 anos e consequentemente ao que acabou de viver há pouco mais de um mês e meio.

O que você mais aprendeu sendo pai da Luiza que você quer fazer diferente ou continuar fazendo com o Kalu?

Um amigo meu me falou uma vez uma frase que fiquei apaixonado. Ele falou pra mim “cara, eu sou um pai tentante. Eu vivo tentando, é um jogo de erros e acertos com o filho”. E eu sou esse pai tentante desde que a Luiza nasceu e sigo sendo esse pai tentante com o Kalu. Eu trago muita coisa do que eu vivi e vivo com a Luiza ao longo desses anos,
assim como ensinamentos dos meus pais que eu tentei de uma forma passar para a Luiza, educação que eu acho que é a base de tudo. “É um desafio educar um homem e uma mulher nos dias de hoje, mas é um desafio bom de ser vivido”.

Vocês têm rede de apoio?

A gente tem a felicidade de ter uma rede de apoio e muito bem cercada não só da nossa família, mas de profissionais que trabalham com a gente. Há 14 anos, eu não tinha nem condições de ter essa rede de apoio, mas eu tinha rede de apoio dos meus pais, que até hoje são a minha rede de apoio. E a mesma coisa com a família da Maria Clara. Então o que eu posso trazer hoje para o Kalu é essa enxurrada de amor e de afeto que eu sempre dei para Luiza e eu quero dar tanto quanto para ele.

Rafael e Aline estão esperando o primeiro filho junto
Rafael e Aline são pais de Kalu (Foto: Reprodução/ Instagram)

Como você enxerga a paternidade hoje?

Por mais que eu esteja sendo pai novamente, eu acho, de fato, um privilégio poder ter vindo nessa vida e poder ser pai. Eu fui pai de uma menina e agora sou pai de um menino. É incrível ser pai de uma mulher e Deus quis agora que eu fosse pai de um homem, e isso é uma responsabilidade muito grande, de educá-lo, fazer esse menino crescer com princípios, olhando para a mulher de forma respeitosa. Hoje, eu estou tendo mais tempo para o Kalu, estou menos acelerado, isso tem me ajudado bastante. Agora eu estou conseguindo sentir essa coisa de criar intimidade com o filho desde o início.

De que forma você deseja fazer essa educação com o seu filho?

Eu penso sempre sobre isso, porque a gente vive num mundo ainda muito machista. Eu sei que o Kalu nasceu nesse mundo, então tudo o que eu puder falar para ele: “Meu filho, olha aqui, não é por esse caminho, é por esse. Ninguém está falando de sexo mais frágil, mas de respeito com a mulher, coisa que a geração do papai ainda era muito retrógrada, então você já veio num mundo muito melhor. Mas olha para esse ser assim como olha para o ser masculino, com respeito, amor, afeto e carinho”.  É um desafio educar um homem e uma mulher nos dias de hoje, mas é um desafio bom de ser vivido.

Você e a Luiza têm uma relação de parceria e já comentaram sobre isso. Como foi construir essa relação?

Luiza é um ser humano muito especial. Eu dei sorte dela ser essa pessoa do bem. A nossa relação foi sendo construída totalmente na base da confiança, da fidelidade, da parceria, da amizade, da verdade e do respeito. Eu tenho meu pai e meu irmão como referência de homens e referência paterna e tento todos os dias ser essa essa pessoa. Eu hoje olho para o meu pai e falo “caramba, como eu tenho orgulho de ser filho do meu pai”, e eu tenho esse dever de casa de um dia querer que minha filha e meu filho falem isso na roda dos amigos.

Vocês trilham algo para o futuro do Kalu?

Não, ele vai ser o que ele quiser. Na verdade, eu acho que os pais precisam só incentivar os filhos e pegar essa vontade deles e cada vez mais endossar, e tentar encontrar mecanismos para que eles sejam felizes com o que desejam. Acho que isso é uma característica dos pais mais jovens, de entender que os filhos precisam seguir o que eles desejam. “Eu acho, de fato, um privilégio poder ter vindo nessa vida e poder ser pai”.

Como você vem se preparando para educar seus filhos referente às questões raciais?

Eu já venho preparando inevitavelmente, para isso. Sendo meu filho não tem como ele não ouvir comentários racistas e bateremos muito papo sobre isso para prepará-lo para esse mundo cruel. E o Brasil aponta muito o dedo para a pessoa dependendo da cor de pele. A gente vive num país que vela o racismo. A cada 23 minutos morre um jovem negro no nosso país e o meu filho vai ser um jovem negro, então ele precisa saber em que mundo ele está, o que o pai dele viveu, mas acima de tudo eu ainda acredito sinceramente que ele vai ser fruto de um mundo melhor do que o meu.

O que a pandemia roubou de você?

Liberdade. A pandemia roubou a nossa liberdade, que talvez nós já tivéssemos deixado de dar o devido valor. No início da pandemia, eu fiquei pelo menos uns cinco meses sem ver meus pais com medo de ser a pessoa a transmitir uma doença e meus pais por conta disso morrerem. Além de nós, pais, tiveram nossos filhos também. A gente precisou e precisa ter muita sabedoria para entender até os traumas desse momento, que eu acho que está só começando. A gente vai passar por essa pandemia, mas ela vai deixar e tem deixado muitos traumas. Mas a gente
é brasileiro e vai passar por isso e vamos esperar, porque não desiste absolutamente nunca de nada.

Para você, família é tudo?

Nossa, é muito tudo! Eu sou apaixonado pela minha família. Na verdade, eu sou um cara que eu vou fazendo as coisas por causa da minha família, pra levar felicidade para eles. Eu sou fruto de um ninho de muito amor e afeto, então eu não tenho como não ser apaixonado por minha família.


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