Petrópolis: mãe que levou 9 anos para engravidar descobre no velório da filha que corpo foi trocado
Corpo de Helena foi trocado em velório após engano de um parente. Ela foi vítima de um deslizamento de terra causado por fortes chuvas em Petrópolis, Região Serrana do Rio
Resumo da Notícia
- IML libera corpo errado de criança para o velório
- Família reconhece o engano após abrir o caixão
- Os nomes eram semelhantes, no entanto não eram a mesma pessoa
Nesta última sexta-feira, 18 de fevereiro, o Instituto Médico-Legal (IML) de Petrópolis liberou o corpo errado de uma criança, de 1 ano e 11 meses, e a família só reconheceu no momento em que o caixão foi aberto.
O corpo era para ser de Helena, de 1 ano e 11 meses. No entanto, a criança que chegou no velório era outra menina com o mesmo nome. De acordo com a Polícia Civil, o erro aconteceu devido a um engano da primo da criança no reconhecimento do corpo.
“Infelizmente, outra família reconheceu a nossa Helena. Os nomes eram semelhantes, mas a família reconheceu errado. É onde está tendo essa confusão. Reconheceram como deles e a nossa Helena sumiu. A gente ainda não sabe”, afirmou Guilherme Felicíssimo, padrinho da criança.
Ele também contou que a família estava no IML desde quinta-feira, 16 de fevereiro, para reconhecer o corpo da menina. “A mãe veio aqui ontem e reconheceu: ‘OK, é a minha filha’. Na hora de mandar, mandaram o corpo errado. Descobriram na hora que chegou lá, a mãe chegou lá e falou: ‘não é a minha filha’. Ela reconheceu aqui, mas mandaram o corpo errado. Ela chegou lá e na hora de velar não era a filha dela”, acrescentou Guilherme.
“É um sofrimento danado, a gente está nessa batalha desde quarta-feira, desde quando a gente, infelizmente, achou os corpos sem vida. Mas a gente achou. A gente sabia que era um processo, mas não que seria esse transtorno todo”, continuou ele.
Dor da perda
Helena, de apenas 1 ano e 11 meses, foi uma das vítimas das chuvas de Petrópolis, que destruíram boa parte da cidade na última terça-feira, 13 de fevereiro. Em entrevista ao G1, a mãe dela, Giselli Carvalho, falou sobre a perda e contou que demorou 9 meses para conseguir engravidar.
“Às vezes acho que é um pesadelo, que vou acordar e ela vai estar aqui. Demorei nove anos para engravidar, quis fazer as coisas certinhas para ter condições, e só aproveitei a minha filha um ano”, contou ela. A mãe foi de Cascatinha, onde trabalha, até o Morro da Oficina, onde morava com a família e contou que seu único foco era chegar bem em casa. No meio do caminho, ela conseguiu falar com um vizinho que contou sobre o desabamento.
A casa onde morava com a família veio abaixo. No local, além de Helena, estava a mãe de Giselli, Tânia Leite Carvalho, de 55 anos, que tomava conta da neta, e a sobrinha Maria Eduarda Carminate Carvalho, de 17 anos. Os corpos das três foram encontrados juntos em um sofá da casa.
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