Família

Flavia Calina e Lay Cedraz falam sobre “sonho da maternidade” e a exposição dos filhos nas redes sociais

Flavia Calina e Lay Cedraz - Reprodução/ Instagram
Reprodução/ Instagram

Publicado em 27/10/2021, às 08h23 - Atualizado às 08h43 por Hanna Rahal, filha de Lydiana


Estar conectado é não só uma forma de se conectar e fazer descobertas, mas também é trabalho, lazer e até estilo de vida. Essa realidade nos faz refletir até que ponto está tudo bem expor nossos filhos e rotina em família. Conversamos com a influenciadora e educadora infantil Flavia Calina, mãe de Victoria, Henrique e Charlie, e com Lay Cedraz, influenciadora, psicóloga e palestrante, mãe de Rafic, Yure, Enzo, Ianic, Luigi e Melissa, para entender mais sobre como elas lidam com essa realidade nas redes sociais, a importância da rede de apoio em meio à rotina em casa com as crianças, os processos de fertilização in vitro e a descoberta das gestações.

PAIS&FILHOS: Como foi descobrir a gestação?

Flavia Calina: Para mim, descobrir a gestação foi um êxtase, porque foi um processo longo de exames. Quem faz fertilização in vitro sabe que é muita medicação, são muitos ultrassons, exames e idas ao médico até chegar no finalmente. Quando eu descobri era uma mistura de euforia, alegria, e medo também, porque era algo que a gente queria muito. Foi uma alegria para família e para todas as pessoas que conviviam comigo, era uma vitória para eles porque eles viram toda a nossa dor.

Lay Cedraz: Sempre uma emoção inexplicável. Principalmente pelo fato de sempre ter sonhado engravidar e ter atravessado todas as dificuldades.

P&F: Vocês têm uma rede de apoio? Qual o papel de suas famílias no dia a dia das crianças?

Flavia: Tenho uma rede de apoio pequena. Eu moro longe da minha família, que é gigante, mas tenho eles como apoio emocional, isso eu tenho muito. Alguns amigos mais próximos me ajudam, mas no dia a dia é mais eu e meu marido mesmo. Minha família sempre me ajudou na parte psicológica, principalmente minha mãe, minha irmã, e minhas tias que eram pessoas que eu podia conversar, chorar, trocar as alegrias e as dores também.

Lay: Minha mãe que se flexibiliza sempre dentro da sua rotina pessoal e profissional para me dar suporte quando preciso. Quando meus quadrigêmeos e Melissa chegaram, eu morava na Bahia, onde minha família mora, tendo ficado mais fácil para meus pais estarem próximos das crianças, assim como outros familiares – e isso é muito importante.

P&F – Lay, você tem seis filhos e Flavia, você tem três. Como lidar com o ciúme entre eles?

Flavia: Eu sempre preparei muito as crianças para a chegada dos irmãos. Quando eles eram pequenos, eu não senti a presença desse sentimento. Eu sinto que o ciúmes está vindo agora que eles são maiores, e começam a perceber certas diferenças. A gente nunca é perfeito, mas eu tento ter um olhar de empatia com cada um. Não desdenho do ciúmes, porque ele faz parte da nossa vida. Todo mundo tem, então eu não levo isso como uma coisa ruim.

Eu vejo o ciúmes como um alerta, uma bandeira vermelha que se levanta e faz com que eu me questione o motivo dele. Será que eu não estou dando muita atenção? Será que estamos precisando de mais conexão? Sempre busco trazer conversas e proporcionar situações em que eles possam trabalhar em grupo, onde possam cooperar um com outro.

Lay: Entendo que dar nome ao sentimento e fazer entender o que o leva a sentir é o primeiro passo para lidarmos com o ciúme dos filhos. Uma vez reconhecido e identificado esse sentimento, devemos dar um novo sentido a ele, procurando sempre respeitar as emoções das crianças.

Acredito que enquanto pais temos o dever de auxiliar nossos filhos a lidar com as suas emoções de maneira saudável e sem conflitos. Assim, estaremos ajudando as nossas crianças a lidar com o sentimento, ao mesmo tempo que disponibilizamos a atenção para a escuta e demonstramos nosso sentimento por elas.

Flávia Calina com os filhos e o marido
Flavia Calina com os filhos e o marido (Foto: Reprodução/ Instagram)

P&F – Qual a importância dos pais na educação dos filhos?

Lay: Nós pais somos mediadores da relação das nossas crianças com o mundo. Por meio dos pais, a criança adquire a sua base de valores, hábitos, princípios, comportamento e lida com as suas primeiras emoções. É por meio da família que a criança é apresentada ao mundo, estabelecendo os seus primeiros contatos sociais. Quanto mais atentos e participativos forem os pais na educação de seus filhos, mais fortalecidas emocionalmente serão essas crianças.

Flavia: Os pais dão o tom, os pais dão os valores para as crianças, dão as regras, e principalmente o amor incondicional, um lugar onde possam descansar, um lugar onde possam se sentir seguras. Então as crianças se sentem mais confortáveis em aprender tendo os pais como exemplo, é de extrema importância.

Lay: Projetos como o Papo Do Dia de Tang por exemplo, cuja proposta é ajudar pais e mães a lidarem com temas importantes e sensíveis sobre parentalidade, promovendo encontros mensais entre influenciadores e especialistas nas redes sociais, são oportunidades muito bacanas de ajudar os pais e criadores de crianças.

P&F – Como vocês decidiram falar sobre maternidade nas redes sociais?

Flavia: Comecei a falar sobre maternidade há mais oito anos e foi algo muito natural. Eu tinha minha comunidade. Me sentia segura, acolhida e o pessoal acompanhou todo o meu processo de infertilidade e de vontade de ser mãe. Então quando tudo aconteceu, era mais um passo para compartilhar “olha, eu consegui engravidar”. E era algo que eu já fazia, era o meu trabalho e só mudei de lugar: saí do mundo real e fui para a internet.

Lay: Minha rede social começou apenas com intuito de compartilhar minha rotina com as crianças, para que familiares e amigos que moravam distantes, pudessem curtir mais de pertinho o desenvolvimento delas.

Reconheço que é curioso o funcionamento e a rotina de uma casa com tantas crianças e esse é o motivo que levou ao crescimento orgânico da minha rede social. Além disso, acredito também que a forma natural, leve e real que vivo a maternidade, aumentou o interesse das pessoas por acompanhar a nossa rotina.

P&F – Nas redes sociais estamos sujeitos a receber críticas. Como vocês lidam com elas? E quando esses ataques atingem as crianças, como lidar com essa exposição?

Flavia: É muito difícil receber crítica de qualquer pessoa. Tem críticas que você vê que a pessoa nem leu o que você escreveu e só tá ali para falar alguma coisa, colocar para fora alguma frustração, isso eu tenho maturidade para discernir, aí tem algumas críticas que eu acho que são bem-vindas, sabe?

E, com relação às crianças, olha, sinceramente, eu quase não vejo, mas, talvez seja porque eu tenho o filtro de palavras, que é uma forma de proteger minhas crianças. Tudo que é ruim, eu coloco nos filtros para que esses comentários não apareçam. Se tem alguma coisa ofendendo alguma das minhas crianças em específico, eu apago e bloqueio porque não há o que discutir.

Lay: Confesso que nunca vivenciei nenhum ataque às crianças. Sempre tenho cuidado com o que compartilho e respeito a opinião das pessoas quando se expressam em minhas publicações. A partir do momento que temos uma rede social aberta, onde disponibilizamos a interação de outras pessoas, precisamos respeitar que por trás de um comentário existe uma história, valores, crenças, comportamentos, princípios diferentes dos meus, sendo assim, cada comentário diz respeito ao universo daquela pessoa e não ao meu.

P&F – Até que ponto você acha saudável mostrar a rotina das crianças nas redes sociais?

Flavia: Essa é uma pergunta que me faço todos os dias, se realmente estou fazendo certo, se o que estou fazendo para as crianças é algo bom. Eu tenho um filtro gigantesco do que posto, então não coloco eles em situação constrangedora. Eu nunca quero criticar ninguém ou apontar o dedo. Eu quero contribuir pra gente pensar juntos, para criar uma geração saudável, feliz, que contribua com a casa, com a comunidade, que sejam saudáveis mesmo para sua própria vida e para a vida dos outros.

Lay: O que compartilho é uma amostra muito pequena de tudo o que vivo. Existe vida para além da rede social e tenho cuidado em sempre compartilhar momentos e situações que podem ajudar de alguma forma outras pessoas, seja encarando a maternidade com leveza, partilhando a vida como ela é, apresentando dificuldades na rotina que vivencio ou mesmo trazendo dicas de coisas que faço e que podem ser úteis para outras pessoas.

Lay Cedraz com os filhos
Lay Cedraz com os filhos (Foto: Reprodução/ Instagram)

P&F – Família é tudo pra você?

Flavia: Sem dúvidas, a família é minha base. Eu sempre sonhei em formar minha própria família e hoje me sinto realizada por poder viver momentos tão especiais. Além disso, a família é fundamental para o desenvolvimento das crianças e acredito que seja importante que nós pais, estejamos sempre em busca de informações para construir um futuro melhor para eles. Projetos como o Papo do Dia de Tang também me ajudam a tocar outras famílias com o meu trabalho, levando informações relevantes e discutindo assuntos importantes para os pequenos.

Lay: A família é a base de tudo nas nossas vidas. Somos o resultado de tudo o que aprendemos, herdamos e observamos. Minha família é combustível diário, onde encontro forças para administrar as adversidades, me recarrego de amor e sorrisos, onde aprendo a ser melhor e me dedico de forma incondicional para ensinar e proporcionar o que melhor está ao meu alcance.

Flavia Calina e da Lay Cedraz participaram de uma Live do projeto Papo do Dia  no Instagram de Tang (@tang.brasil). Assista aqui.


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