Publicado em 24/12/2020, às 08h15 por Cecilia Malavolta, filha de Iêda e Afonso
Rodolpho Rafael completou 30 anos em 19 de dezembro. Pouco antes de fazer aniversário, ele conseguiu localizar sua família biológica três décadas depois de ter sido abandonado na porta da casa do casal que o adotou com apenas um dia de vida, em Esperança, município próximo de João Pessoa. Em entrevista à UOL, ele contou que conseguiu localizar sua mãe através das redes sociais.
Rafael sempre soube que ele havia sido adotado, mas não sabia mais nada a partir disso. Quando foi deixado, ainda recém-nascido, na porta de seus pais adotivos, o menino tinha uma carta ao lado dele. Essa carta sempre foi a esperança para encontrar sua família biológica.
Para evitar conflitos, Rafael pediu consentimento dos pais adotivos para começar a investigar o paradeiro da mãe biológica. “Eles me apoiaram muito. Minha mãe adotiva sempre me disse para nunca julgar minha mãe biológica, porque por trás de tudo isso, uma mulher quando dá o filho está em situação de desespero”, contou ao portal.
Em um dos trechos da carta, Rodolpho é chamado de “presente de Natal”. “Estou invadindo sua casa para lhe pedir que me acolha. Não tenho mãe nem pai, por isso escolhi vocês para serem os meus, pois sei que vocês são carentes de carinho e eu também sou”, dizia a carta.
Foi durante a pandemia que Rodolpho conseguiu tempo para investigar sobre seu passado. “Descobri que na minha cidade existia um grupo de mulheres que colocava crianças nas portas, o que era muito normal na década de 1990”, contou. Jornalista, Rafael conseguiu encontrar um casal cuja babá estava grávida no mesmo ano em que ele nasceu. “Descobri que minha mãe engravidou de um relacionamento abusivo, diversas vezes ele a chutava na barriga para que ela me perdesse”, concluiu.
Ao saber da situação da mãe, a decisão dela fazia muito sentido: ela era uma mulher grávida de um relacionamento ruim, solteira e com um pai muito rígido. Diante da possibilidade de abortar ou dar o bebê quando ele nascesse, Rodolpho foi entregue aos pais adotivos.
Foi com a ajuda de uma tia que ele conseguiu o contato da mãe biológica, com quem conversou por telefone – assim como com o avô. “Ele estava receoso, mas eu disse que o passado ficava para trás e que não guardava rancor”. Edileuza, como se chama a mãe, chorava durante o telefonema e agradecia por ter encontrado o filho após 30 anos separados. Depois dessas três décadas, os dois finalmente vão se conhecer pessoalmente e Rafael irá até São Paulo no final de janeiro para ver a mãe pela primeira vez.
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