Família

Homem transgênero famoso por engravidar conta como está a família 13 anos depois do primeiro filho

Hoje ele tem 4 filhos - reprodução Instagram
reprodução Instagram

Publicado em 15/07/2021, às 15h18 por Helena Leite, filha de Luciana e Paulo


Já se passaram treze anos desde que Thomas Beatie se sentou para a primeira entrevista na TV e disse a Oprah – e ao mundo – como ele poderia estar grávida, mesmo sendo um homem. Hoje em dia, o conceito de homem transgênero é um pouco mais comum, embora ainda discutamos muito pouco sobre o assunto. Em entrevista ao Today, Thomas falou um pouco sobre as mudanças que aconteceram com ele e a família desde aquela época até agora e também comentou como ele acredita que a comunidade trans se beneficiou da atenção da mídia sobre a gravidez.

“Quando minha história foi publicada, não havia uma única pessoa aos olhos do público como um homem trans – a maioria das pessoas nunca tinha ouvido falar disso”, disse Beatie, que hoje tem 47 anos. “Eu acho que expor a importância de fertilidade para pessoas trans foi uma grande revelação”.

Em 2008, depois de escrever um ensaio para o The Advocate sobre a gravidez – um artigo que escreveu, disse ele, porque procurava desesperadamente o conselho de qualquer pessoa que estivesse em um lugar parecido com o dele e com medo de que a filha fosse levada pelas autoridades – A história de Beatie se espalhou pelo mundo. Fotos de Beatie abraçando a barriga grávida logo viralizara. Os pedidos de entrevistas para a TV e revistas correram. Ele escreveu um livro sobre sua experiência intitulado “Labor of Love” (Parto de Amor, em tradução livre), que se tornou o assunto de vários especiais de TV e até estrelou um reality show francês.

Depois de ter o primeiro filho, Susan, em 2008, Beatie deu à luz mais dois filhos com a então esposa, Nancy Beatie. O casal se separou em 2012 e, em 2016, Beatie se casou com a segunda esposa, Amber Beatie. Os dois tiveram um bebê juntos em 2018, a quem Amber deu à luz.

Hoje ele tem 4 filhos (Foto: reprodução Instagram)

Hoje, a família vive uma vida relativamente tranquila e ele ocasionalmente é chamado para entrevistas ou palestras. Os filhos mais velhos estão agora com 11, 12 e 13 anos e dividem o tempo entre a casa dele e a casa da mãe, a cerca de 16 quilômetros de distância. Quando estão todos em casa, eles nadam juntos na piscina, jogam damas ou testam novas receitas.

Mesmo assim, Beatie nunca foi capaz de se livrar totalmente do apelido que ganhou em 2008, na época espalhado nas capas dos jornais: “o homem grávido”. Por um tempo, ele pensou que tinha feito exatamente isso no centro financeiro onde trabalha. “Achei que havia voltado para a sociedade, que poderia simplesmente andar pelo corredor e ser anônimo”, disse ele. Mas logo, a notícia se espalhou sobre seu passado público. Não que ele se importe, exatamente.

“Não vejo nada de errado em ser um homem grávido”, disse Beatie. “Eu estava tão orgulhoso de ser pai e ainda estou orgulhoso de ser pai. Estou tão orgulhoso de ter sido aquele que trouxe meus filhos ao mundo. É como um distintivo”, contou, orgulhoso.

Hoje, Beatie vê com bons olhos a forma como o mundo mudou desde que a história dele veio a público, já que, quando engravidou pela primeira vez, vivia em um mundo onde a maioria das pessoas não entendia a identidade de gênero ou o que significava ser transgênero, muito menos a maneira certa de falar sobre alguém que o era. Na época, ele foi alvo de piadas e chegou a ter o nome trocado em alguns jornais, que usavam o nome que ele ganhou quando nasceu, não o qual ele se identifica atualmente.

“Foi muito difícil quando minha história foi publicada”, disse Beatie. “As pessoas diziam coisas na TV e na mídia que, se estivessem perto de dizer hoje, seriam imediatamente demitidas. Só estou em choque com o quão selvagem era o Velho Oeste naquela época”, relembrou.

Hoje, ele acredita que o mundo mudou, mas ainda existem pessoas que não o entendem ou respeitam “Eu acho que muitas pessoas ainda são rotuladas, pensando que se você quer ser transgênero, você tem que se livrar completamente de todos os seus órgãos (reprodutivos)”, disse Beatie. “Para ser uma verdadeira pessoa transgênero, você apenas tem que seguir em frente – e que você não deveria querer ter filhos. Precisa haver discussões sobre fertilidade, preservação. Sendo transgênero, você não deveria perder o direito de ter uma família. Você tem o direito de ser feliz, ter uma família e ser respeitado”, finaliza.


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