Família

Isabella Fiorentino sobre a criação dos trigêmeos: “Não tem herança maior do que família unida”

Isabella Fiorentino fala sobre a família - Reprodução / Instagram / @isabellafiorentino
Reprodução / Instagram / @isabellafiorentino

Publicado em 12/05/2021, às 15h18 - Atualizado às 17h39 por Hanna Rahal, filha de Lydiana


Isabella Fiorentino, de 43 anos, é mãe de trigêmeos que nasceram prematuros. Bernardo, Lorenzo e Nicholas, de nove anos, vieram ao mundo com apenas 27 semanas, ficaram 90 dias de UTI, cada irmão recebendo alta em datas diferentes, e transformaram a vida da apresentadora em uma montanha russa de emoções.

Em entrevista exclusiva à Pais & Filhos, Isabella, que é casada com Stefano Hawilla desde 2008, relembrou os momentos de dor e alegria que viveu com os meninos, falou sobre  os desafios de ter as três crianças em casa durante a pandemia e além de tudo,  explicou sua relação com a maternidade e com a família.

PAIS & FILHOS: Você sempre quis ser mãe?

ISABELLA FIORENTINO: Eu sempre quis ter filhos. A minha família é muito numerosa, então eu sempre tive esse desejo. Eu lembro que, quando tinha 12 anos, eu usava almofadas para simular uma gestação – eu brincava imitando tudo certinho – bem atriz. Aliás, se eu não tivesse sido modelo, poderia ter sido atriz. Então sempre foi um grande sonho. E o  mais legal é que eu encontrei o homem certo, o pai certo. Foi tudo maravilhoso.

P&F: Como foi a caminhada para formar sua família do jeito que é hoje?

IF: Eu casei com 30 anos, e a minha ideia era engravidar logo depois. Ainda noiva, eu fui morar em Miami com o meu marido e decidimos tentar engravidar. Mas na mesma época, me ligaram para fazer o teste para apresentar o “Esquadrão da Moda”, do SBT. E após uns meses me ligaram para dizer que eu tinha passado no teste.

Ainda sem ter engravidado, eu pensei: “Eu acabei de começar um projeto novo, então vou esperar um pouquinho”. E eu realmente esperei alguns anos antes de retomar as tentativas, e quando retomei não conseguia engravidar de jeito nenhum. Fiz muitos exames, tomei hormônios até que eu pensei: “Quer saber? Desencana! Se tiver que vir vai vir”. E foi numa dessas que eu descobri minha gravidez. Fiquei super feliz!

P&F: Como foi descobrir a gestação de trigêmeos?

IF: Descobri quando eu fui fazer meu primeiro ultrassom, com seis semanas. E o médico falou: “Olha Isabella, parabéns, você está grávida de gêmeos”. E eu fiquei muito feliz, porque meu sonho era ter gêmeos – eu achava a coisa mais linda. Até que o médico falou que na verdade eram três univitelinos. Todos do mesmo sexo e com a “mesma cara”. Eu tomei um susto, mas fiquei muito feliz igual. Só que eu já sabia que aquela seria uma gravidez de extremo risco.

P&F: Você tem uma rede de apoio? Como sua família te ajudou a lidar com gravidez e a cuidar dos trigêmeos?

IF: Logo no terceiro mês eu entrei em repouso porque já estava tendo contrações Braxton Hicks. Então eu passei do terceiro ao sexto mês – que foi quando eu tive os bebês, deitada. E o mais legal, é que do hospital, eu já fui direto para casa da minha sogra. E lá eu tive uma rede de apoio muito grande. Minhas irmãs, minha sogra e minha mãe estavam todos os dias lá comigo.

Isabella Fiorentino fala sobre a importância da rede de apoio (foto: reprodução/Instagram)

Quando as crianças nasceram, eu já havia mudado para um apartamento de um andar só e lá elas ficavam coladas comigo o dia inteiro. Eu nunca ficava sozinha. Primeiro porque para uma mãe de primeira viagem tudo é um grande drama, e segundo porque foi tudo muito difícil, principalmente por causa da saúde dos meninos.

P&F: Mãe, sogra, irmãs… Essa rede apoio não tem preço, né?

IF: Ah, com certeza. O apoio da minha mãe foi muito essencial para mim. Afinal, mãe tem aquele jeitinho da família. Uma profissional, vai fazer o melhor jeito que existe, mas a sua mãe, pode ser que não faça do melhor jeito, mas vai te ensinar do jeito que você já está acostumada e foi criada. Eu fiquei muito segura de aprender com a minha mãe.

P&F: Como você se sentiu quando eles tiveram alta?

IF: Eles nasceram com 27 semanas, e passaram 90 dias na UTI. Fui tirando um de cada vez. Foi um intervalo de uma semana entre cada um. Quando eu peguei os três no colo, já fora do hospital, eu senti uma sensação de estar fechando uma porta para nunca mais abrir. Eu coloquei todas as dificuldades que tive no passado e decidi que eu não queria mais lembrar de tudo o que eu passei e pensei: “Agora é hora de curtir! Vida nova”. E foi aí que começou minha vidinha fora do hospital.

P&F: Você poderia falar um pouco sobre o Lorenzo, como a prematuridade influenciou na condição dele e como vocês lidam com ela?

IF: O Lorenzo teve hemorragia cerebral, ou seja, um AVC. E é muito comum em bebês prematuros – e por isso, ele tem um atraso no desenvolvimento motor, principalmente. Só que ele realiza muitas atividades para estimular esse desenvolvimento – claro que, respeitando o espaço dele. Mas as terapias são imprescindíveis. O máximo que eu consigo estimular o Lorenzo, mesmo fora de terapia, eu faço.

P&F: Rola ciúmes entre os meninos?

IF: Sim, rola ciúmes principalmente do Lorenzo, que demanda uma atenção especial. Mas eu busco ao máximo me policiar para que isso não aconteça. Porque, apesar de o Lorenzo ter uma condição especial, os irmãos deles também precisam de atenção e diálogo para entender. E eu distribuo isso da melhor forma possível.

P&F: Você está imersa no universo da moda. Como foi a relação com seu corpo no pós-parto? Você se sentiu pressionada esteticamente de alguma maneira?

IF: Eu sempre fui muito cobrada. Qualquer modelo é muito cobrada. Na gravidez, eu engordei 30 kg. Mas sinceramente, eu não estava nem aí. Eu estava muito mais preocupada em amamentar meus filhos, em comer bem e em dar um leite de qualidade do quem pensar muito no corpo. E no fim, eu emagreci de uma forma muito natural.

Isabella Fiorentino fala sobre a relação com o corpo aós o parto (Foto: reprodução/Instagram @isabellafiorentino)

P&F: Atualmente, como é a relação dos meninos com a moda?

IF: Olha, o Bernardo gosta mais de escolher as roupas, de fazer compras comigo. O Nicholas já é um cara completamente desencanado – ele é bem cool – o que é legal também. E o Lorenzo também não liga muito – às vezes ele pede roupas de futebol e só. Quem curte mesmo é o Bernardo.

P&F: E na quarentena, como está a rotina com aulas online e a vida profissional?

IF:  Foi bem difícil. Além de mãe eu fui professora, fiz o trabalho da terapeuta, da fonoaudiologia e voltei com o “Esquadrão da Moda” no meio da pandemia. Meu marido me ajudou muito. E agora que as aulas online voltaram, eles ficaram um pouco mais independentes, e deu uma aliviada. Eles ainda sentem muita falta da escola. Mas só de eu estar presente em casa, mesmo trabalhando bastante, já é grande coisa para as crianças. E durante a pandemia eu consegui esse equilíbrio. Eu não queria falhar como mãe, eu não queria falhar no meu trabalho, mas é inevitável.

P&F: Por que você optou por não expor seus filhos nas redes sociais?

IF: Eu na verdade, não dou a mínima para os palpites na internet. Mas a decisão de não expor os meninos veio do meu marido. Quando eles eram pequenos, eu até mostrava. Mas eu comecei a reparar que alguns filhos de minhas amigas eram parados no shopping e tinham a vida exposta. Eu não achei legal, e meu marido também lembrou da questão da segurança. Por que afinal, a gente não sabe quem está do outro lado da tela. Então, a gente decidiu não mostrá-los.

P&F: Família é tudo pra você?

IF: Não tem herança maior do que uma família unida, sem rupturas. É a ideia de você largar tudo para um evento familiar, ir na festa de um sobrinho, visitar os avós, os tios. Porque na hora que o bicho pega, são eles que vão estar lá. Então, eu acho que não há nada mais importante do que você poder contar com a sua família. E isso precisa ser passado para as nossas crianças – assim como valorizar o eu te amo.


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