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Jéssica Alves volta ao Brasil para cirurgia de transplante de útero: entenda mais sobre a operação

Jéssica Alves vai passar por cirurgia de transplante de útero: entenda mais sobre a operação - reprodução Instagram
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Publicado em 22/08/2021, às 05h27 - Atualizado às 05h29 por Helena Leite, filha de Luciana e Paulo


A influenciadora brasileira Jéssica Alves vai passar por um transplante de útero e se tornará a primeira mulher trans a realizar o procedimento no mundo. Conforme informado pelo portal Daily Mail, ela já está no Brasil e com a cirurgia marcada. Antes do procedimento, no entanto, ela vai precisar passar por uma série de exames para se certificar que tudo acontecerá com a maior segurança possível.

Jéssica Alves vai passar por cirurgia de transplante de útero: entenda mais sobre a operação (Foto: reprodução Instagram)

Jéssica optou por manter a identidade do médico que fará a cirurgia anônima e ressaltou que só vai passar pela operação se estiver se sentindo segura. Ainda em entrevista ao Daily Mail, ela contou que planejava engravidar de forma natural, com relação sexual, mas que isso não seria possível, porque o útero transplantado não estaria conectado às trompas de Falópio, responsáveis pelo transporte do óvulo, do ovário até a cavidade uterina.

De acordo com informações dadas à UOL, o transplante vai custar 30 mil libras esterlinas, cerca de 221 mil reais. “Eu fiz muitos exames na Turquia para ver se podia fazer a cirurgia, mas mudei de ideia e vou ao Brasil onde minha família está”, contou ela, explicando o motivo de ter escolhido passar pelo transplante aqui.

Entenda mais sobre o transplante de útero

O transplante de útero surge como uma opção para o sonho da maternidade que é impedido pela ausência do órgão, ou até mesmo quando ele não é saudável e impossibilita a gravidez. Apesar de ser um procedimento bastante novo e complexo, a cirurgia ainda é considerada experimental no Brasil, mas pode ser uma alternativa em breve para as famílias.

Em setembro de 2016, no Brasil, pelo Hospital das Clínicas da FMUSP, uma equipe com 14 médicos se preparou para anunciar um momento histórico: o primeiro transplante de útero entre uma mulher que já havia falecido e outra que conseguiu, posteriormente, engravidar devido ao tratamento.

Entenda mais sobre o transplante de útero (Foto: Getty Images)

Diagnosticada com Síndrome de Mayer‐Rokitansky‐Kuster‐Hauser (MRKH), uma doença que pode afetar uma a cada 4500 mulheres, a paciente de 32 anos recebeu o órgão de uma doadora de 45, que havia sofrido uma hemorragia entre o crânio e o cérebro. Durante a vida, a doadora já havia passado por três partos.

Após quase seis horas de cirurgia, o procedimento foi considerado um sucesso e o primeiro bebê veio ao mundo no dia 15 de dezembro de 2017. Em entrevista exclusiva com o Dr. Dani Ejzenberg, responsável por coordenar a equipe de 14 médicos, membro fundador da Sociedade Internacional de Transplante Uterino, pai de Davi e Michel, e com o imunologista Dr. Ricardo Manoel de Oliveira, fundador e diretor clinico responsável na RDO Diagnósticos Médicos, tiramos as principais dúvidas sobre transplante de útero e como o processo funciona no Brasil. Entenda como acontece a gravidez após o transplante e se existem riscos depois do procedimento para a saúde da mulher.

  • Como o transplante de útero é feito?

Segundo Dani, o primeiro passo é fazer uma avaliação da receptora para checar o estado de saúde. “Depois, fazemos um ou mais ciclos de fertilização in vitro para garantir que ela terá bons embriões e a partir daí, ela passa a aguardar um útero compatível. Após garantirmos que ela não terá reação ao órgão transplantado, iniciamos as transferências de embriões em busca da gestação. O processo envolve uma equipe multidisciplinar que, no caso do Hospital das Clinicas, envolveu o Centro de Reprodução Humana, a Disciplina de Transplante Hepático e a Disciplinas de Obstetrícia e Ginecologia”.

  • Quais os riscos para quem recebe o útero?

Como em qualquer outra cirurgia, existem riscos como reações a anestesia, infecções e sangramentos. Mas, após o procedimento de transplante de útero, pode ocorrer a trombose ou ainda rejeição ao órgão. “Até o momento não há reporte de nenhuma complicação mais grave entre os centros que participam da Sociedade Internacional de Transplante Uterino apesar da necessidade de remoção de alguns órgãos”, diz Dani Ejzenberg. Para ver mais informações sobre o transplante uterino, CLIQUE AQUI.


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