Família

Mãe abre coração sobre filha durante quarentena: “Nunca vi ela tão feliz como agora”

Andrea percebeu que a filha está mais feliz e amorosa - Arquivo Pessoal
Arquivo Pessoal

Publicado em 22/04/2020, às 16h23 - Atualizado em 12/04/2023, às 14h18 por Yulia Serra, Editora de conteúdo especializado | Filha de Suzimar e Leopoldo


Andrea percebeu que a filha está mais feliz e amorosa (Foto: Arquivo Pessoal)

Todo mundo já está cansado de saber sobre os efeitos prejudiciais da pandemia do coronavírus para as famílias ao redor do mundo. Mas mesmo diante desse cenário, é possível perceber ganhos e aprendizados em outros aspectos, sendo a relação com o outro um dos principais. Ficar tanto tempo junto ou separado de quem a gente ama, por incrível que pareça, pode produzir efeitos similares, como a valorização da companhia e presença dessas pessoas em nossas vidas

Andrea Caruso, gerente de negócios da Pais&Filhos, passou isso com a filha Adriana, de 8 anos. Por ter a guarda compartilhada, em um primeiro momento, a mãe optou por deixar a menina sob os cuidados do pai. A decisão foi tomada, porque Andrea mora com os pais idosos, que fazem parte do grupo de risco, e pelo espaço que a filha teria para brincar em cada casa. Foram 30 dias longe em que Andrea ligava a noite por vídeo para conversar. “Tiveram semanas que ela passou bem, outras que ela chorou de saudade”, comenta. 

Conversar, conversar e conversar

A psicóloga e palestrante Tatiane de Sá Manduca, mãe de Mateus, afirma que esse é um comportamento esperado devido à situação: “As crianças podem sentir a ‘ausência da presença’ de um dos cuidares por maior tempo, algo que pode causar algumas consequências no comportamento pela ansiedade de separação”. Por isso, destaca a importância do diálogo entre pais e filhos, para esclarecer todas as dúvidas que possam surgir e principalmente oferecer apoio e amor.

“A ansiedade normalmente cessa à medida que as crianças aprendem e compreendem que a pessoa retornará”, pontua a especialista. Nesse contexto, Andrea desabafa: “A pior coisa foi não ter uma data certa para voltar para casa. Ela chorava e eu não tinha como falar: ‘Daqui dois dias você vai voltar’”. Mas depois desse mês longe, e da insistência da filha ela concordou com o retorno. Agora, serão, no mínimo, 30 dias na casa da mãe.   

Mais próximas do que nunca

“Eu estou com ela o tempo inteiro e isso está sendo muito bom. No fim de semana, vimos um filme, fizemos brigadeiro, faxina, brincamos…”, lembra. Andrea diz que é nítida a animação de Adriana pela casa: “Ela dá pulos de alegria, canta e dança o dia inteiro. Nunca vi minha filha tão feliz como agora. Acredito que ela sentiu muito essa distância”. E não foi só a filha que sentiu falta, a mãe não esconde a saudade e diz que a casa ficou triste nesse período. 

Andrea diz que é nítido o amadurecimento da filha (Foto: Arquivo Pessoal)

Por isso aproveitam para demonstrar ainda mais carinho de forma física agora. “Todo dia de manhã, minha filha vem na minha cama por volta das 6 horas e fala: ‘Mãe, eu vim ficar com você, porque eu te amo muito’. Ela passa o dia me dando abraço e beijo”, conta. Andrea também destaca o amadurecimento da filha durante a quarentena: “Está ajudando mais, sendo mais companheira, se envolvendo nas tarefas de casa. Isso vai fazer muito bem tanto para ela quanto para mim”. 

Como lidar com a guarda compartilhada?

Para os pais separados que também estão enfrentando essa situação, Tatiane sugere: “É importante explicar para a criança que tão logo, a rotina voltará a ser estabelecida e que neste momento o contato afetivo deverá ocorrer por outras vias. É compreensível que a criança sinta saudade, triste de vez em quando ou entediada, mas vale encontrar uma maneira, que não seja somente física, mas emocional, de fortalecer a relação e fazer com que se sintam unidos”. 

A linguagem é a solução para lidar com essa fase. Contudo, a especialista faz questão de ressaltar: “Sentir falta ou ficar entediada não é ruim. O nada é povoado de fantasias! É nele que temos espaço para a invenção e criação”. Ela entende a importância de ensinar desde cedo as crianças a enfrentarem esses sentimentos e, para isso, reconhece que primeiro os pais precisam permitir que elas atravessem esse período. “Não podemos tudo, nem devemos tudo”, conclui.


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