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Mãe conhece mulher que doou o útero para que ela pudesse engravidar: “Algo nos uniu”

Mãe conhece mulher que doou o útero para ela pudesse engravidar: “Algo nos uniu” - Getty Images
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Publicado em 17/07/2021, às 17h48 - Atualizado às 18h03 por Helena Leite, filha de Luciana e Paulo


Chelsea Jovanovich e Cheryl Urban não se conheciam, mas uma cirurgia experimental e o nascimento de um menino fez com que as duas compartilhassem um vínculo inquebrável. Chelsea tinha apenas 15 anos quando descobriu que não poderia engravidar, por ter nascido com uma doença rara chamada MRKH, que significava que seu útero nunca se desenvolveu totalmente. Ela e o marido, Jake, buscaram formas de terem o próprio filho, mas não tiveram sucesso. Os dois estavam perto de desistir até que Chelsea decidiu se inscrever em um programa de transplante de útero na Penn Medicine, na Filadélfia, EUA.

“Fiquei arrasada e quase quis deixar tudo de lado, porque estava cansada de chorar”, disse Jovanovich, em entrevista ao jornal Today. “Por alguma razão, lembrei-me de que meu médico havia me dado uma cópia da Revista TIME sobre transplantes uterinos”.

Mãe conhece mulher que doou o útero para ela pudesse engravidar: “Algo nos uniu” (Foto: Getty Images)

Os transplantes uterinos ainda são considerados experimentais, cerca de 50 já foram realizados em todo o mundo. O procedimento envolve o transplante do útero de um doador vivo ou falecido em outra mulher, para que ela possa carregar um bebê. Dra. Kathleen O’Neill, cirurgiã da Penn Medicine especializada em endocrinologia reprodutiva e infertilidade, explicou ao jornal Today que essas cirurgias são uma opção em situações em que apenas o útero é afetado. Estima-se que apenas 5% das mulheres em idade reprodutiva se enquadram nessa categoria. “Essas mulheres têm ovários, óvulos, mas não têm útero para gestar a gravidez“, disse ela. “Uma vez que conseguimos dar a elas esse útero, a grande maioria engravida e tem bebês”.

Apesar de se aplicar, Chelsea não acreditou muito na possibilidade e pensava que nunca seria escolhida para o transplante.  No entanto, depois de passar por uma série de testes, a médica dela , que trabalha no programa de transplante da Penn Medicine, pôde dizer a ela que ela havia sido selecionada para um transplante – e que o programa já tinha um doador compatível.

“Fiquei em choque, porque não estava realmente acreditando que íamos fazer isso”, disse. “E então recebemos aquela ligação e foi ‘Isso está realmente acontecendo. Possivelmente terei meu próprio filho. Serei capaz de carregar meu próprio bebê'”, relembrou.

Chelsea e o marido, então,  se mudaram da casa em Montana para a Pensilvânia, para ficar perto do hospital da Filadélfia e, em fevereiro de 2020, ela passou por uma cirurgia de transplante de 12 horas. Seis semanas depois, os médicos implantaram um dos três embriões do casal. A primeira tentativa não funcionou, mas a segunda deu certo e logo veio o resultado positivo. “Passei a vida inteira pensando que não era capaz de carregar um filho”, disse. “Foi como algo saído de um sonho”.

Elas se conheceram após alguma semanas de gestação (Foto: reprodução YouTube)

Além de animados com a gravidez, a família também estava curiosa a respeito da doadora. O programa a manteve anônima e, embora Chelsea soubesse que ela era “muito altruísta e incrível”, ela não sabia mais nada sobre ela até algumas semanas depois.

A doaradora era Cheryl, de 42 anos, mãe de dois filhos, que disse que decidiu se tornar uma doadora depois de ouvir sobre o transplante uterino no noticiário. “Eu estava simplesmente maravilhada que eles pudessem fazer isso”, disse. “Tive duas gestações ótimas. Gostei da gravidez. Gostei da sensação de ter meus próprios filhos. Então, só queria poder dar isso a outra pessoa. E estou muito feliz por ter feito isso”, completou.

Depois de um tempo, as duas puderam se encontrar e tiveram uma conexão instantânea.  “Algo nos uniu”, disse Cheryl. “Até nossas personalidades parecem muito semelhantes”. Esse vínculo só foi fortalecido em maio de 2021, quando Chelsea deu à luz o filho, Telden.

“Nunca, em meus sonhos mais selvagens, pensei que seria capaz de carregar meu próprio filho”, disse. “A ciência é milagrosa”. Em junho, Cheryl conheceu o bebê e, hoje, elas são próximas. “Eu me sinto parte da sua família”, disse . “Eu me senti como se estivesse grávida dele”, finalizou.


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