Publicado em 08/04/2022, às 06h46 por Redação Pais&Filhos
Um caso que repercutiu em 2017 só foi resolvido neste ano. Luana Afonso do Nascimento, 29, foi condenada a mais de 32 anos de prisão por matar um dos filhos com insulina, e atentar contra a vida de mais dois. O julgamento no Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) começou na manhã de terça-feira e teve um desfecho na quarta-feira. O pai das crianças, Ronildo Eugênio Dias, foi absolvido de todas as acusações e inocentado. As informações são do Correio Braziliense.
A descoberta do crime ocorreu em junho de 2017, depois que o filho mais novo do casal, com apenas dois meses, deu entrada no Hospital Universitário de Brasília (HUB) com suspeita de hiperinsulinismo congênito — uma disfunção no pâncreas, quando o órgão produz muita insulina, depois de uma convulsão. Na unidade, os pais relataram que outros três filhos — incluindo dois que morreram — tinham a doença, o que levantou a suspeita dos médicos.
Os profissionais de saúde conseguiram reverter o quadro do recém-nascido, mas acionaram a Polícia Civil do Distrito Federal para investigar o caso, porque o resultado dos exames demonstrou incoerências com as informações prestadas pelos pais. Em 19 de julho, câmeras do hospital flagraram a mãe injetando insulina no bebê. Nas imagens, Luana segura o filho no colo e parece aplicar a substância. Na época, o Conselho Tutelar foi acionado e os pais não puderam mais ter acesso à criança.
Embora dois filhos de Luana tenham morrido, o processo constatou a morte de uma das crianças pelo uso da insulina, que tem função de reduzir os índice de açúcar no organismo e é administrado no tratamento de casos de diabetes. Como consta na sentença, entre 27 de outubro de 2014 e 11 de novembro de 2015, Luana, “assumindo o risco de matar”, submeteu o filho à “administração exógena”, e sem prescrição médica, ocasionando um hiperinsulinismo factício, o que levou à vítima a diversas internações e ao óbito.
Constatou-se, ainda, que quatro dos seis filhos apresentaram a mesma doença, incluindo uma outra menina, que também morreu. Além do bebê de dois meses salvo pelas equipes médicas, uma menina, que também recebeu as doses, entre 2011 e 2017, foi resgatada. Luana promovia campanhas sociais visando a arrecadação de dinheiro para o tratamento da suposta doença que afetava às crianças. Na imprensa e nas redes sociais, ela pedia doações. Em uma das falas, Luana disse: “Sem esse remédio, minha filha pode morrer a qualquer momento. Estou desesperada.”
O pai das crianças, Ronildo, acusado à época, chegou a ficar preso em uma cela especial da Papuda. No julgamento, os advogados de defesa que o representaram, Aldriano Azevedo, Beatriz Xavier da Costa, Carlos Roberto Alves Borges, Jhoyce Hayne Oliveira e Thiago Rodrigues Braga conseguiram provar a inocência do réu.7
Ronildo acabou perdendo a guarda dos filhos e o convívio com eles. Agora, após a absolvição, os advogados informaram que pretende lutar pela guarda da família. Quanto à Luana, ela foi representada pela Defensoria Pública no julgamento e condenada a 32 anos e oito meses de reclusão, inicialmente, em regime fechado.
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