Família

Mãe é ‘salva’ pela filha de 2 anos após sofrer violência doméstica

Mãe fez zum relato sobre relacionamento abusivo - Reprodução/Facebook
Reprodução/Facebook

Publicado em 10/10/2020, às 15h45 - Atualizado em 16/10/2020, às 11h16 por Camila Montino, filha de Erinaide e José


Uma mulher, de 32 anos, moradora de Bertioga, no litoral de São Paulo, que pretende não se identificar, viveu por cinco anos o que chama de ‘inferno na Terra’, com o homem que achou que seria o ‘príncipe de seus sonhos’. “Conheci meu agressor na igreja. Ele estava lá na frente, louvando. A princípio, achei que tivesse encontrado o amor da minha vida”, relembra ela segundo o G1.

O pesadelo só acabou quando a filha, com pouco mais de 2 anos na época, entregou a ela uma faca de cozinha para se defender do marido enquanto era agredida. Neste sábado, 10 de outubro, é comemorado o Dia Nacional de Luta Contra a Violência à Mulher e  o relato da moradora de Bertioga, que foi compartilhada nas redes sociais, tem inspirado centenas de outras mulheres a procurarem ajuda.

Mãe fez zum relato sobre relacionamento abusivo (Foto: Reprodução/Facebook)

Tudo começou em agosto de 2013 e, segundo a mulher, foi ‘muito rápido’. Em dois meses, o homem já havia convencido ela a morar na casa dele, mas com um pedido pouco usual nos tempos atuais: ela deveria deixar de trabalhar para cuidar da casa. “Rapidamente, eu já estava apaixonada, pois, ele fez de tudo para me conquistar”, conta.

Apesar de já garantir o próprio dinheiro trabalhando como fotógrafa, ela aceitou a proposta. Mesmo assim, o homem continuou fazendo pedidos que limitavam a liberdade, como pedir para que ela se afastasse de amigos e deixasse a vaidade de lado. “Ele pediu para eu parar de fotografar, porque ele iria cuidar de mim. Achei isso muito lindo e aceitei. Depois, aos poucos, fui deixando de lado a vaidade, pois queria ficar do jeito que ele gostava. Queria agradar a ele”, conta.

Inicio da violência

Pouco tempo depois, o companheiro se afastou da igreja e começou a beber escondido da mulher. O comportamento se tornou agressivo e era a única coisa que fazia ela perceber que havia algo errado com o marido. Então, durante uma visita à sogra, ela desabafou sobre o comportamento que a incomodava para a mulher, que ficou arrasada e brigou com o filho.

Na noite do mesmo dia, já em casa, o homem foi tirar satisfações com ela, a acusando de fazer a mãe chorar. “Ele estava agressivo, e ali, foi o primeiro tapa na minha cara. Com a raiva, revidei, mas acabei levando mais um. Corri para o banheiro e liguei para o meu pai me buscar”, conta.

Logo após o ocorrido ela foi embora, mas voltou semanas depois, quando descobriu que estava grávidado primeiro filho. “Ele me fez juras de amor e se mostrou arrependido. Dizia que nunca mais ia bater em mim”, relembra.

As agressões do marido continuaram, mesmo com ela esperando um bebê. Após uma gravidezcomplicada e parto mais difícil ainda, ela não conseguia amamentar a filha quando ela nasceu. As enfermeiras davam leite materno no copinho para o bebê. Ela foi humilhada por isso. “Ele ficava inconformado porque eu não conseguia dar o peito para o bebê”, disse.

Filha salvou

Os meses foram passando, e a força da mulher, se apagando. Ainda assim, o casal teve mais um filho. Ela conta que a filha mais velha foi crescendo e, ao vivenciar as brigas e agressões, começou a entender o que estava se passando. “Ela chorava quando começávamos a discutir, porque sabia o que viria depois”.

Ela ainda relembra os momentos das brigas. “E assim foi até a última agressão. Só eu e meus filhos pequenos”, recorda. “Ele estava em cima de mim, me dando vários socos no rosto, eu estava com a cara toda quebrada”.

A filha mais velha, com pouco mais de 2 anos, assistia à confusão, desesperada, tentando intervir para salvar a mãe. Então, em uma atitude inesperada, a criança buscou uma faca de cozinha e deu na mão da mãe, para se defender. “Ali, meu mundo caiu. Pude enxergar o mal que estávamos fazendo para aquela criança, meu bebê. Ela não merecia passar por isso”, diz, emocionada.

Após a confusão daquele dia, o companheiro foi embora para a casa da mãe, sem prestar socorro à vítima. Ela não cedeu à ameaça e foi a uma delegacia registrar boletim de ocorrência. Se mudou de residência com os filhos e pediu o divórcio. “Desta vez, foi para valer. Quem me deu essa coragem, essa força, foi a minha filha. Eu só pensava nela e prometi que ela nunca mais veria nenhum homem batendo na mamãe dela”, finaliza.

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