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Mãe que recebeu comentário abusivo sobre seus seios em comanda de bar faz desabafo: “Fim dos tempos”

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Publicado em 23/01/2021, às 13h17 - Atualizado em 24/01/2021, às 06h14 por Jennifer Detlinger, Editora de digital | Filha de Lucila e Paulo


Patrícia Melo, de 42 anos, passou por um grande constrangimento na Cervejaria Bohemia, em Petrópolis, no Rio de Janeiro. Ao pedir a comanda com os pedidos para fazer o pagamento, ela ficou surpresa ao ver que estava sendo identificada pelos atendentes como a “moça do peitão”. O caso aconteceu no último dia 10 de janeiro e repercutiu nas redes sociais, após a mulher relatar o caso.

“Fui fazer um passeio com meu marido e amigos em Petrópolis e sofri um constrangimento na hora de pagar a conta. Um verdadeiro absurdo como mãe, consumidora e um assédio para mim como cliente”, disse Patrícia, em uma de suas redes. Ela só percebeu o assédio na hora de pagar a conta. “Na hora eu fiquei tão sem ação que o primeiro momento foi de me esconder ou calar. Acabei de sair de uma depressão pois perdi meu filho. Aí, sai de casa para ser hostilizada”, relatou, em entrevista a Universa.

Segundo Patrícia, o gerente do estabelecimento foi questionado sobre o fato e respondeu que é comum os clientes serem descritos por funcionários por suas características físicas, mas não de uma forma abusiva. “Estamos vivendo no fim dos tempos, onde estamos tendo que pagar para sofrer. Minha indignação é por mim e por tantas mulheres que sofrem diariamente tais abusos”, desabafou.

(Foto: Reprodução)

Patrícia prestou queixa na Delegacia do Consumidor e entrou com uma ação por danos morais. A empresa Ambev é responsável pelo restaurante e afirmou lamentar o ocorrido. Ela diz que tomará as medidas cabíveis contra os funcionários envolvidos. A Ambev acrescentou ainda que o comportamento dos funcionários envolvidos não reflete os valores da empresa e que reforçará o treinamento com toda a equipe para que casos do tipo não voltem a acontecer.

“Me senti envergonhada”

“Quando peguei o papel, fiquei lendo, relendo, me tremia toda, me senti envergonhada. Tinha pessoas na mesa, duas íntimas e outras não. Fui exposta para todos verem. A primeira sensação foi uma vontade de me esconder. Quando a gente sofre uma agressão, de qualquer tipo, perde a ação. Me deu vontade de chorar e depois veio na minha cabeça que eu deveria fazer alguma coisa. Eu já tinha sido exposta ao ridículo, virado chacota. Mas, se me calasse, aquilo ia fazer eu me sentir muito mal”, disse Patrícia, em entrevista para a Universa.

(Foto: Reprodução)

Ao chamar o gerente do estabelecimento, ele pediu desculpa e afirmou ser comum identificar os clientes por características físicas. “Ele só ficou sem graça porque a gente reclamou. Eu sou loira, meu braço é fechado de tatuagem, poderiam usar qualquer característica minha. Por que os meus seios chamaram a atenção? O que mais me incomodou foi o cunho sexual do estereótipo. Eu não dei essa liberdade, independentemente da roupa que estivesse usando.”

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“Quando você é agredida, fica com vergonha e não quer expor porque, às vezes, a vítima passa a ser a errada. Ou parece que você está querendo aparecer. Isso faz a gente se sentir mal. Tem gente que disse que é mimimi, outros falaram que foi por causa do meu decote. Querem que entube isso e fique quieta. Então a gente não sabe se vai ter apoio ou não”, conta.

Ela contou que 85% das mensagens que têm recebido são de mulheres se identificando com o que ela viveu. “Muitas me agradecem por ter tido coragem de falar, dizem que muitas mulheres passam por isso, que estão ao meu lado, que com ações como a minha veem que temos voz. E também contam situações de machismo muito íntimas que já viveram. Estou tentando seguir a vida após perder um filho”.

Patricia decidiu ir ao restaurante naquele domingo para espairecer depois de trabalhar dezembro todo, praticamente sem folga. Também foi mais um passo contra a depressão que a acometeu durante o ano de 2020, após perder um filho em um trágico acidente. Em 26 de dezembro de 2019, o filho mais velho de Patricia, de 26 anos, teve o pescoço cortado por uma linha de pipa com cerol enquanto andava de moto em uma via pública do Rio de Janeiro. “Foi a maior tragédia da minha vida. Fiquei muito mal. Depois tive que juntar esses pedaços. Meu marido caiu também. Foi quando percebi que precisava tomar as rédeas da minha família, que não podia perdê-la, meu filho não ia querer que isso acontecesse.” Ela também é mãe de um rapaz de 20 anos. “Aí, nesse momento em que estou tentando seguir em frente, eu saio de casa para ficar melhor e acontece isso. As mulheres precisam ser tratadas com mais respeito.”


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