Família

Mãe solo conta como passou de sem-teto para dona de uma empresa que movimenta mais de R$ 715.000

Ela chegou a ficar sem dinheiro para comprar comida para os filhos - reprodução The Sun
reprodução The Sun

Publicado em 07/06/2021, às 15h57 por Helena Leite, filha de Luciana e Paulo


Rachel Jones já passou por muitos problemas. A mãe solo de dois filhos sem-teto chegou a não ter dinheiro para pagar os mantimentos básicos para os filhos, mas estava determinada a criar uma vida melhor para a família. “O pior ponto foi quando verifiquei meu saldo bancário e percebi que não tinha dinheiro para comprar pão e meio litro de leite para meus filhos”, disse Rachael, de 32, em entrevista ao portal Fabulous, do jornal The Sun.

Antes de passar por tempos difíceis, Rachael fundou a PANDAs, a principal instituição de caridade perinatal de saúde mental do Reino Unido. Ela inaugurou a fundação aos 21 anos, após sofrer de depressão pós-parto depois do nascimento do filho. A instituição já ajudou mais de 20.000 famílias a lidar com a depressão pré e pós-parto, e Rachael foi premiada com o Good Morning Britain’s Community Health Star.

Mas, após o rompimento do casamento em 2015, Rachael ficou sem um tostão e sem residência permanente. Ela passou meses morando em um hotel com os dois filhos, Andreas, 11, e Alexis, de 7 anos. “Ficamos surfando de sofá em sofá de familiares e amigos. E então o conselho local nos colocou em uma acomodação temporária. Uma das coisas estranhas foi que eu tive que ter uma carta entregue em mãos do conselho de Shropshire para dizer que estava oficialmente registrada como sem-teto porque eles não tinham um endereço para postá-la”, contou ela, na entrevista.

Ela chegou a ficar sem dinheiro para comprar comida para os filhos (Foto: reprodução The Sun)

Durante esses tempos difíceis, ela se afastou do trabalho na instituição de caridade e passou os próximos anos priorizando os filhos e trabalhando como freelancer para o Hospital Infantil de Birmingham e o Centro para Mudança Social. A família mudou-se para uma casa de associação de habitação, o que ajudou a dar-lhes estabilidade.

Depois de perder dois contratos de freelance em um curto período de tempo, Rachael decidiu fundar a Third Sector Experts, uma empresa de consultoria para instituições de caridade, empresas sociais e organizações não governamentais, em setembro de 2020. E, apesar das dificuldades criadas pela pandemia do coronavírus, o negócio agora deve movimentar £ 100.000, mais de R$ 715.000 no primeiro ano.

Desde que a pandemia começou, em março de 2020, mais de 835.000 novas empresas foram registradas no Reino Unido – o que representa um aumento impressionante de 41% em relação a 2019. No entanto, um novo estudo da London School of Economics descobriu que mais de 900.000 empresas estavam particularmente “em risco” de fechar este ano – com as “micro” empresas com menos de 10 funcionários entre as mais vulneráveis, como apontado pelo jornal The Sun.

No final do ano passado, o Barômetro de Impacto do Setor Voluntário da Covid-19 descobriu que uma em cada 10 instituições de caridade do Reino Unido corria o risco de ser fechada em 12 meses. Foi aí que Rachel encontrou o mercado onde poderia crescer. Com mais de 10 anos de experiência no setor de caridade, Rachael percebeu que ela poderia usar a experiência para ajudar organizações sem fins lucrativos a sobreviver à pandemia.

“Nós os levamos desde o início até a estabilidade de longo prazo e fazemos praticamente tudo no meio. Nós garantimos que eles sejam robustos o suficiente para lidar com uma crise – como a pandemia! Muitos de nossos clientes são organizações de pequeno a médio porte e, muitas vezes, dependem fortemente de uma fonte de renda”, explicou ela.

Mãe solo conta como passou de sem-teto para dona de uma empresa que movimenta mais de R$ 715.000 (Foto: reprodução The Sun)

Para fazer a própria empresa, Rachel não precisou de pegar um empréstimo. Muito pelo contrário: ao todo, ela gastou apenas £ 151 (R$ 1080) para conseguir comprar o domínio do site que ela mesma critou. “Eu não tinha um pote de economias ou algo parecido – principalmente porque ainda estou pagando os advogados do meu divórcio. Eu não tinha fundos para pagar por anúncios nas redes sociais, mas entrei para os grupos de relacionamento do Facebook. Eu estava muito ativa online, respondendo às perguntas dos usuários sobre instituições de caridade e empresas sociais e, por sua vez, eles promoveram meu negócio”, contou ela.

“No início, também passei muito tempo oferecendo ligações gratuitas de 30 minutos para ajudar a fornecer aconselhamento e orientação às organizações. Isso abriu oportunidades e permitiu que as pessoas soubessem como os especialistas do terceiro setor podem ajudar”, continuou.

“O primeiro cliente veio das redes sociais em poucas semanas. E eu tive a sorte de ter ganho um bom número de referências boca a boca de pessoas com quem trabalhei anteriormente. Foi incrível quando consegui aquele primeiro cliente e ainda é – temos mais de 40 agora”, celebrou a mãe.

Ela conta que agora pretende continuar construindo a empresa e aumentando-a cada vez mais. Hoje, a mãe que trabalha de home office, conta que está investindo em equipamentos e publicidade online, para melhorar a qualidade e alcance do serviço. Em apenas oito meses, Rachael já contratou dois funcionários, que aconselham clientes sobre práticas de proteção, e ela quer contratar mais dois até setembro para aumentar sua clientela internacional na Europa e na África. “Todos nós somos apanhados em momentos temporários, mas as coisas mudam e os maus momentos passam”, finaliza ela, com uma mensagem de esperança para famílias que estão com dificuldades.


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