Publicado em 21/04/2020, às 10h50 - Atualizado em 12/04/2023, às 14h18 por Yulia Serra, Editora de conteúdo especializado | Filha de Suzimar e Leopoldo
Desde que o coronavírus foi considerado uma pandemia, deixou de ser preocupação de um país ou outro e passou a ser uma questão global. É claro perceber os efeitos da doença ao redor do mundo. Por isso, conversamos com o Dr. Flávio Iizuka, urologista e pesquisador formado pela USP, pai de Lucas e Caroline, que está nos Estados Unidos nesse momento para compartilhar quais são as percepções sobre os cuidados de saúde lá e no Brasil.
“Nenhum país do mundo está preparado para encarar a doença se não conseguir se achatar a curva. A única forma de fazer isso é impor um isolamento horizontal”. Ele entende a quarentena como algo fundamental e pede que todos os que podem permanecer em casa cumpram o isolamento. Nos casos em que as pessoas precisem sair, ele reforça a necessidade de usar máscara, com ou sem sintomas da doença, uma vez que mais da metade das pessoas infectadas podem transmitir o vírus, e os cuidados de higiene já conhecidos.
Na opinião dele, a grande diferença entre os Estados Unidos e o Brasil está no direcionamento frente à crise: “No Brasil falta uma maior coordenação e harmonia nas decisões. Há um descompasso grande de medidas, e elas se esbarram em bloqueios. Já nos EUA vemos uma harmonia de todos lutando contra o vírus”. Por isso, as ações estão mais alinhadas por lá.
“A cada semana que você evita estar infectado é uma semana a mais que a medicina tem inúmeros testes novos e avança em ritmos largos em busca de uma cura e de tratamentos para pessoas gravemente doentes”, justifica. E esses cuidados são fundamentais, uma vez que as UTIs dos hospitais de São Paulo, por exemplo já se encontram com capacidade acima do normal. Para o especialista, é fundamental ter um sistema de saúde eficiente diante de uma pandemia, e isso, nas palavras dele, significa: “dar conta da demanda sem colocar o profissional da linha de frente diante do lema: ‘qual paciente escolher?’”.
“Ter um sistema de saúde eficiente requer pronto-socorro, triagem eficiente para se separe os pacientes vulneráveis e graves, principalmente aqueles que estejam com insuficiência respiratória, risco de vida e precisam ser prontamente atendidos e internados e que aqueles mais graves sejam imediatamente colocados em uma unidade de terapia intensiva (UTI) com condição adequada de tratamento, ou seja, com disponibilidade de respiradores mecânicos”, explica.
Isso requer tratamento de alto custo, mão de obra especializada, material de proteção individual (EPI) e muita infraestrutura. Nesse ponto, elogia uma das medidas do Brasil ao criar hospitais temporários dentro de estádios de futebol e parques públicos. “O que falta fazer são mais testes em massa, algo que os Estados Unidos já estão fazendo, inclusive por drive-thru. Não conseguimos gerenciar um plano de contingência a nível nacional se não há monitoramento, nem parâmetros para saber como está avançando uma doença em determinada região de um determinado país”, pontua.
De acordo com ele, a abordagem médica frente à doença e tratamentos têm sido bem similares entre os dois países. Estão sendo feitos estudos, mas até o momento não há nenhum tratamento autorizado e nem curativo dos pacientes. “A diferença é que os Estados Unidos estão algumas semanas a frente no número de mortes, com mais de 30 mil, enquanto o Brasil tem duas mil”, acrescenta.
“Não existe dúvida de que em algum momento a doença será controlada, para isso basta que 50% ou 60% da população esteja doente. O grande problema é que até chegar nessa proporção vai ter uma quantidade de pessoas graves precisando do sistema de saúde”, garante. Assim, a questão principal é como chegar nesse patamar sem sacrificar uma parcela significativa de população vulnerável. O médico vê as perspectivas de tratamento de forma otimista, uma vez que o mundo todo está mobilizado pela causa: “Talvez, nunca na história da humanidade tantos cientistas e pessoas estiveram lutando juntos pelo mesmo problema”.
Dr. Flávio Iizuka destaca a importância de cuidar da saúde mental nesse momento de quarentena, sugerindo ter uma rotina adequada, dormir bem, praticar atividade física e até buscar ajuda médica se necessário: “Não deixe em segundo plano”. Por fim, afirma que ainda não se sabe quando a pandemia terá fim, mas comparando com outras situações similares, como a gripe espanhola, e seguindo todas as recomendações dos órgãos de saúde, a expectativa é que dure mais três meses a um ano.
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