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“Minha filha de 8 anos assistiu a cobertura da Guerra da Ucrânia na escola e está traumatizada”

A mãe disse que a menina ficou muito preocupada - Getty Images
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Publicado em 26/02/2022, às 09h49 - Atualizado em 03/03/2022, às 08h04 por Luiza Fernandes, filha de Neila e Mauro


Uma mãe recorreu ao Mumsnet para contar, com indignação, que a escola da filha de apenas 8 anos de idade passou para os alunos uma cobertura da guerra entre Rússia e Ucrânia, especialmente os conflitos armados na cidade de Kiev, capital da Ucrânia.

A mulher publicou o relato anônimo, mas não deixou de se chocar com o que rolou e ainda admitiu que a menina está completamente traumatizada. “Minha filha de 8 anos chegou em casa hoje muito chateada e preocupada, como ela viu no Newsround, que é mostrado em sua escola que a Rússia invadiu a Ucrânia”, disse ela.

“Ela me perguntou várias vezes se seríamos ‘apanhados’. Tentei tranquilizá-la de que isso não vai acontecer (o que mais posso dizer) e não se preocupe”, contou. A mãe ainda disse que a menina pediu que a mãe ‘jurasse’ que nem elas nem a família seriam afetadas pelo conflito.

A mãe disse que a menina ficou muito preocupada
A mãe disse que a menina ficou muito preocupada (Foto: Getty Images)

“Eu disse que não podia jurar pela vida dela, mas não se preocupe, isso não vai acontecer”, contou. Mesmo assim, após a situação, a mãe recorreu ao portal britânico de maternidade para questionar se estava exagerando ou se, realmente, aquele assunto era muito “sério” para ser tratado com crianças. A situação dividiu opiniões.

Os usuários reforçaram, contudo, que o ‘Newsround’ é uma plataforma responsável que se preocupa em informar crianças com responsabilidade e de maneira leve – e que, assim, é bom que elas saibam o que de fato está acontecendo.

Newsround é voltado para crianças e ele realmente reporta em termos muito amigáveis ​​para crianças”, escreveu um internauta. “Assim como o jornal infantil First News, pode ser uma fonte muito boa de informações atuais para essa faixa etária”. Outro ainda completou, “A rodada de notícias é especificamente voltada para crianças, para explicar as coisas de uma maneira amigável para crianças”.

Como conversar com crianças sobre o assunto

Você provavelmente não pensou que depois de uma pandemia teria conversas mais difíceis com seu filho por um bom tempo. Pois bem, aqui estamos de novo. Com toda essa situação da guerra que acontece na Europa entre Rússia e Ucrânia, é natural que seu filho escute algo sobre o conflito – seja no rádio do carro indo para escola, na televisão, na internet, ou até mesmo entre amigos e familiares. Um assunto como esses nunca é fácil de ser abordado e, assim como nós, é esperado que as crianças tenham muitas dúvidas sobre o tema.

Se seu filho chegar em casa perguntando sobre a guerra, a primeira dica é não se desesperar para falar sobre o assunto com ele. Para te ajudar com esse papo, conversamos com a Vanessa Abdo, embaixadora da Pais&Filhos, doutora em psicologia e CEO do Mamis na Madrugada, mãe de Laura e Rafael, que mostra caminhos para responder às dúvidas do seu filho. 

Guerra Rússia X Ucrânia: como falar sobre o assunto com seu filho caso ele chegue em casa perguntando
Guerra Rússia X Ucrânia: como falar sobre o assunto com seu filho caso ele chegue em casa perguntando(Foto: Getty Images)

Segundo Vanessa, o primeiro passo é pensar na idade da criança: como tudo, a abordagem do assunto com crianças pequenas é diferente daquele com as mais velhas, que obviamente já podem entender mais do que está acontecendo. “Além da idade, é preciso olhar também para a maturidade com que a criança lida com esse tipo de assunto: morte, tragédia, qualquer coisa triste. Porque essa geração foi expostas a temas como esses de forma muito profunda e dramática, por conta da pandemia. Então é uma geração de crianças que já são assustadas, que foram expostas de maneira muito mais contundente do que a geração dos pais e dos avós”,  ressalta.

Para a psicóloga, outro ponto importante a se avaliar caso o tema surgir é olhar um pouco para si mesmo e entender quais são seus sentimentos frente a tudo que está acontecendo. “A gente precisa saber como a gente está lidando com essas emoções, quem somos nós. Nós somos os desesperados? Os alienados? Como que nós próprios estamos lidando com esse monte de assunto pesado ao nosso entorno? Isso vai influenciar bastante em como as crianças vão lidar”, aponta.


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