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Menino de 10 anos tem morte súbita enquanto brincava com os amigos: “Só soubemos o que ele tinha quando recebemos o laudo”

Nicollas Rafael morreu de repente enquanto brincava com amigos - Reprodução
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Publicado em 15/09/2021, às 08h21 - Atualizado às 08h40 por Sandra Lacerda, filha de Sandra e José Leonardo


Um menino de apenas 10 anos de idade morreu após ter um mal súbito enquanto brincava com amigos na cidade de Cubatão, no litoral de São Paulo. Nicollas Rafael foi levado para o hospital já inconsciente. Chegando lá, ele não resistiu e acabou morrendo. A causa da morte só foi descoberta após a autópsia.

No dia 7 de setembro, por volta das 19 horas, Nicollas Rafael estava em casa jogando o videogame que ganhou de aniversário semanas antes do ocorrido. Seus amigos o chamaram para ir até a casa de um deles, onde estavam reunidos, para brincarem juntos. Em entrevista ao portal UOL, a mãe do menino, Bruna Rosane Silva, contou: “Ele estava muito feliz, especialmente feliz naquele dia. Ele comentou comigo. Feliz pelo presente de aniversário, pelos amigos que viviam chamando ele para brincar, pelo cachorrinho que a gente tinha e que adorava ele. Ele era muito querido por todos, o meu Bibiu”, referindo-se ao filho pelo apelido carinhoso.

Perto das 23 horas, a mãe pediu para a filha, Sarah, de 16 anos, ir buscar o irmão na casa do amigo. Nesse momento, ela disse que o telefone tocou. Eram os amigos do garoto, assustados, dizendo que ele não estava passando bem e que estava vomitando muito. O garoto chegou a pedir água para os amigos, ficou fraco e desmaiou.

A avó materna, Aparecida Célia, de 62 anos, junto com Bruna e Sarah correram até a residência e o encontraram inconsciente. A família levou a criança para o Pronto Socorro Infantil de Cubatão. Quando chegou no hospital, pouco antes da meia-noite, Nicollas Rafael estava parcialmente consciente e conseguia reagir com as mãos às perguntas feitas pela mãe e pelos médicos.

Bruna falou: “Eu perguntava se ele tinha comido alguma coisa e ele gesticulava que não. Eu perguntava se conseguia respirar direito e ele fazia sinal de ‘mais ou menos’. Até que pediram para eu sair do quarto. Me informaram que ele teve que ser intubado. Foram horas de pânico. Depois veio a notícia. Ele lutou, mas não aguentou. Eu perdi o chão. Foi o pior momento da minha vida”.

Bruna contou que o filho sempre foi saudável. Os exames de pré-natal nunca apontaram nenhuma anormalidade e Nicollas Rafael sempre fez acompanhamento com pediatras. “Ele sempre foi muito forte, nunca deu sinais de que tinha algo grave. Nunca reclamou do coração disparar, nem de falta de ar. Só fomos saber o que ele tinha quando o legista entregou o laudo”, disse a mãe.

A princípio, os médicos relataram que a morte havia sido motivada por causas naturais. No entanto, após exames, foi constatado que ele teve uma insuficiência cardíaca e um edema agudo pulmonar bilateral, que causa acúmulo de líquido no tecido pulmonar, desencadeado pela miocardiopatia hipertrófica assimétrica. Essa é uma doença rara que acomete de 0,3 a 0,5 crianças a cada 100 mil nascidas.

Miocardiopatia hipertrófica assimétrica

Os especialistas consideram esse tipo de cardiopatia como “silenciosa”, já que os sintomas que indicam sua existência são muito discretos e dificilmente perceptíveis.  Essa doença afeta o bombeamento do sangue e é genética, portanto não existe métodos de prevenção, mas se for constatado algum caso na família, é imprescindível buscar acompanhamento médico.

A Miocardiopatia hipertrófica assimétrica promove uma obstrução na principal via de saída de sangue do coração: o ventrículo esquerdo. Assim, o paciente pode sentir tonturas, dor no peito palpitações, e desmaios, podendo ter alto risco de morte súbita.

Se descoberta a tempo, a doença pode ser tratada com o uso de medicamentos. Em casos graves, pode ser necessária a implantação de marca-passo ou realização de uma miectomia, cirurgia cardíaca para remover o excesso de músculo do coração. Bruna afirmou: “Eu nunca soube de qualquer parente meu ter tido essa doença ou ter morrido do coração”, e completou: “Agora entendo que o Bibiu veio ao mundo para servir de alerta. Um alerta para as mães ficarem atentas a qualquer sinal que venha de seus filhos. Para que os amem como se fossem os únicos no mundo. Eles são o nosso maior tesouro”.


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