Publicado em 28/11/2019, às 14h30 por Isabella Zacharias, Filha de Aldenisa e Carlos
Em novembro, o Ministério da Saúde lançou uma campanha para prevenir a obesidade infantil. A campanha de prevenção tem o objetivo de alertar as famílias sobre a importância de criar hábitos saudáveis. A doença afeta cerca de 3 em cada 10 crianças de 5 a 9 anos. De acordo com os dados, as crianças com excesso de peso representam 15,9%. O estudo também indica que 89% dos adolescentes e das crianças que estão acima do peso têm chances de terem obesidade na fase adulta.
Segundo os dados do Sisvan, Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional, as crianças que consomem alimentos processados representam 49% nas idades de 6 a 23 meses. As bebidas adoçadas alcançam cerca de 68% das crianças de 5 a 10 anos. Nessa idade, também observou-se o grande consumo de salgadinhos de pacote, biscoitos e macarrão instantâneo.
Como evitar a obesidade infantil
O acompanhamento com um pediatra deve ser feito regularmente desde o nascimento do bebê. “Consultas periódicas com o pediatra vão favorecer o diagnóstico precoce do excesso de peso. A percepção familiar é muito contaminada. Até pouco tempo, criança gordinha era criança saudável”, alerta a endocrinologista Rosana Radominski, mãe de Guilherme e Aline.
E o cuidado deve começar antes mesmo do bebê completar 1 ano. “Fatores como o controle de peso da mãe durante e antes da gestação, a amamentação exclusiva até os 6 meses e a introdução precoce do açúcar influenciam muito para que a criança tenha ou não obesidade no futuro”, explica Flávia Fernandes, filha de Vagner e Odilma, nutricionista da Clínica Ravenna e especialista em nutrição clínica.
O que fazer em casa
É importante incluir a criança antes e durante o preparo da refeição para que ela entenda o que está comendo e se interesse pelo alimento. “Dá para levar as crianças para a feira, conhecer uma horta para ter contato com novos alimentos, colocar os filhos para cozinhar junto com os pais”, indica Flávia. Segundo a especialista, isso tudo faz com que a criança melhore sua interação com a comida, além de ter vontade de comer o que preparou. Em casa, também vale explicar que comer bem apenas para ser magro é errado. “A criança precisa entender que comer alimentos nutritivos faz bem para o corpo dela. A pressão extrema para ser magro também não é saudável para os pequenos”, defende a especialista.
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