Família

Pai de Henry relembra último pedido do filho antes de encontrar a mãe

Pai conta último pedido de Henry - Reprodução / Vídeo R7
Reprodução / Vídeo R7

Publicado em 09/04/2021, às 06h51 - Atualizado em 10/04/2021, às 12h35 por Camila Montino, filha de Erinaide e José


Leniel Borel, pai de Henry, 4 anos, que perdeu a vida no dia 8 de março, contou qual foi o último pedido do filho antes de chegar na casa da mãe Monique Medeiros. Durante entrevista à TV Globo, ele contou como foi os últimos momentos com o menino.

Pai conta último pedido de Henry (Foto: Reprodução / Vídeo R7)

Segundo o pai, ao chegar no condomínio na Barra da Tijuca, onde o menino morava com a mãe Monique Medeiros, e o padrasto Dr. Jairinho, Henry queria continuar com o pai. “Deixa eu ficar mais um dia com você”, relembra Leniel, o último pedido do filho.

Leniel ainda disse como foram esses últimos momentos com Henry antes do menino voltar para o apartamento com a mãe. “Quando eu fui entregar para ela, a Monique veio, eu falei ‘vai com a mamãe’, e ele: ‘não papai, não quero ir. Me dá mais um dia. Deixa eu ficar mais um dia com você’. Eu falei vai com a mamãe, porque eu tinha que trabalhar no dia seguinte. E ela falou: ‘filho, amanhã tem escolinha, amanhã tem futebol, natação’. E ele disse ‘não, mamãe, eu não gosto'”, disse.

Ele ainda relembra o comportamento do filho ao se aproximar do condomínio onde morava com a mãe e o padrasto. “Quando entreguei meu filho, fui chegando perto, ele foi ficando muito nervoso, quando ele viu que estava chegando perto do Magestic [condomínio], foi ficando mais nervoso ainda, tanto que ele me agarrou e falou: ‘Não quero ir’. Ficou muito nervoso, começou a fazer náusea, tanto que quando chegou tive que abrir e ele vomitou na saída do carro”, lembrou.

O pai do garoto ainda responsabilizou Monique pelo que aconteceu com o filho. “Eu não acreditava que a Monique como mãe poderia estar encobrindo algo nesse sentido, ou que tivesse esse tipo de participação. Porque mãe é mãe. Eu não acreditava que uma mãe poderia estar encobrindo algo de tamanha monstruosidade. Os dias se passaram, ouvimos depoimentos, casos de ex-mulheres de Jairinho. Então, a gente já sabia mais ou menos quem era Jairinho. Mas o papel da Monique na sequência de fatos e na omissão de proteção como mãe. Acho que eu duvidava que ela podia realmente ter encobertado”, conta.

Leniel relembrou o dia em que Henry afirmou que teria sido agredido pelo padrasto e, ao confirmar com a mãe do menino, ela negou e disse que jamais deixaria isso com o filho. “Ela falou, esquece, isso não acontece, inclusive eu mataria se eu descobrisse que o Jairinho faz … que ele machuca o nosso filho (…) ‘Como é que pode uma mulher que fala que mata por causa do filho estar do lado de alguém que matou o dela?’, desabafou. “Demoníaco, assustador”, completou.

Ele ainda disse que Monique sempre foi uma boa mãe para o filho, mas tudo mudou quando ela começou a se relacionar com Dr. Jairinho. “A partir do momento, e hoje eu vejo, quando ela se juntou com o Jairinho, ela foi morar com Jairinho, parece que ela quis apagar o filho da memória. Ou de alguma forma que aquilo estava impedindo ela de viver uma nova vida. Então, assim, não sei o que posso pensar de Monique”, afirmou Leniel.

Por fim, Leniel disse que vai sempre lembrar do filho como uma criança alegre. “Quem é mãe é mãe e a Monique nos últimos dias não foi uma mãe para o meu filho. Eu sempre vou lembrar do Henry como meu primogênito, meu filho maravilhoso. Sempre sorrindo, sempre dando alegria. Chamando papai, papai eu te amo. To com saudade papai. Aquela criança carinhosa, maravilhoso. O Henry vai ta sempre comigo. Eu sempre vou lembrar meu filho como a melhor coisa que aconteceu na minha vida”, disse.

Entenda o caso Henry

Henry Borel faleceu na madrugada da segunda-feira, 8 de março, na Barra de Tijuca, Zona Oeste do Rio. No dia, o menino estava na casa da mãe, Monique Medeiros da Costa Almeida, e do padrasto, o vereador Jairo Souza Santos, o Dr. Jairinho (Solidariedade).

Caso Henry Borel (Foto: Reprodução/ G1)

No laudo médico é relatado que a criança já deu entrada no hospital sem vida, sendo a causa uma hemorragia interna e laceração hepática causada por uma ação contundente. A criança apresentava:

  • Múltiplos hematomas no abdômen e nos membros superiores;
  • Infiltração hemorrágica na região frontal do crânio, na região parietal direita e occipital, ou seja, na parte da frente, lateral posterior da cabeça;
  • Edemas no encéfalo;
  • Grande quantidade de sangue no abdômen;
  • Contusão no rim à direita;
  • Trauma com contusão pulmonar;
  • Laceração hepática (no fígado);
  • Hemorragia retroperitoneal.

O pai, no depoimento, contou que recebeu uma ligação de Monique às 4h30 pedindo que ele fosse até o Hospital Barra D’Or, porque o filho não estava respirando. Ela contou a Leniel que fez respiração boca-a-boca em uma tentativa de reanimar a criança.

As médicas que atenderam o menino no hospital também foram ouvidas pela polícia e as três pediatras garantiram que Henry chegou sem vida ao local. A mãe, Monique Medeiros, e o padrasto, vereador Doutor Jairinho, também realizaram os depoimentos e houve divergências entre eles.

Para a equipe médica que tentou socorrer o menino, a mãe dele disse que havia acordado após ouvir um barulho no quarto. Ao chegar no local, ela contou ter visto o menino caído no chão. Nesta primeira versão, que consta no Boletim de Atendimento Médico (BAM), eles encontraram o garoto gelado, pálido e sem poder de resposta. O padrasto chegou a pensar que o menino estava em parada cardiorrespiratória e a família foi para o Hospital Barra Dor, na Zona Oeste do Rio.

Já o padrasto contou alguns pontos diferentes. O primeiro ponto de divergência foi em relação ao barulho citado pelo casal na noite em que tudo aconteceu. Durante o relato feito à polícia, nem a mãe nem o padrasto mencionaram terem ouvido um barulho vindo do quarto da criança. Ela afirmou que acordou por volta das 3h30 com o barulho da TV ligada e foi ver o filho — quando o encontrou desacordado. Já o Doutor Jairinho contou que ele e a esposa estavam assistindo a uma série no quarto de hóspedes para não incomodar o sono do enteado e adormeceram. Quando Monique acordou, foi até o quarto do casal e encontrou Henry já caído, com os “olhos revirados e mãos e pés gelados”. Desde a perda do menino, os policiais estão ouvindo testemunhas para tentar desvendar o caso.

Desde o dia 8 de março, os policiais ouviram pelo menos 18 testemunhas e reuniram provas técnicas que descartaram a hipótese de acidente. Além de dois laudos periciais no apartamento 203 do bloco 1 do Condomínio Majestic, no Cidade Jardim, na Barra da Tijuca, dados extraídos dos telefones celulares do casal, apreendidos no último dia 26 de março, formaram utilizados nas investigações. Os policiais descobriram ainda que, após o início do caso, o casal apagou conversas dos telefones celulares.


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