Publicado em 11/07/2022, às 09h25 por Redação Pais&Filhos
Roberto e Erika são um casal de transsexuais – ele sempre quis ser pai e ela sempre quis ser mãe. Indo além de tal vontade, ambos buscavam construir uma família e, assim, montaram o sonho juntos. Pode parecer algo banal, mas a realidade de construção de um círculo parece muito mais distante às pessoas trans, ou seja, aquelas que não se identificam com o gênero dado no nascimento.
Erika Fernandes, de 28 anos, sabe bem como é tal vivência. Mulher transsexual, natural de Aracaju (SE), escutou com frequência que “construir uma família” ou até mesmo encontrar o amor de sua vida seria impossível para ela. Inclusive, chegou a ouvir conselhos, os quais eram dados com boas intenções, de que não deveria fazer a transição de gênero, momento em que mudanças corporais começam a aparecer após a reposição de hormônios (neste caso, estrogênio e progesterona). “Diziam que eu teria uma vida solitária, sem um relacionamento, sem alguém para me amar. Diziam que a vida de trans é rua, prostituição e drogas, tudo de pior”, lembra a empreendedora.
Roberto, de 32 anos, conheceu a mãe de seu filho em 2019 através das redes sociais; o casal é bem ativo nessas plataformas, onde ambos mostram suas respectivas rotina. No Instagram, Roberto tem 51 mil seguidores e Erika, quase 57 mil.
A decisão de engravidar não foi fácil, principalmente para Roberto. Segundo o pai, a ideia de um homem engravidar era estranha, mas com ajuda indireta de Erika, passou a olhar a possibilidade de gerar um bebê de outra forma e foi acostumando-se com a ideia de montar uma família. “Essa vontade dela de ser mãe despertou muito esse meu querer. Quando comecei a conhecê-la mais profundamente, vi o ser humano que a Erika é e a mãe que poderia se tornar. Isso despertou ainda mais minha vontade de ter um filho com ela”, contou o empresário.
“Será que meu útero ainda estará apto aos 35 anos?”, “Se não tentar agora, será que vou conseguir depois?”, “Será que vale a pena arriscar?”, “Será que não é melhor fazer isso logo?”, Roberto se questionava o tempo todo. Para realizar o processo da gestação, ambos decidiram realizar terapia hormonal, o que acabava mexendo com o físico e o emocional do casal que até chegou a se separar por um momento devido aos picos de humor.
Sempre quis ser pai. Era um sonho. Mas até 3 anos atrás, nunca pensei que seria o gerador desse filho. Na minha cabeça, iria ser pai, só que de outras formas: com adoção ou pela inseminação artificial da minha companheira. Essa ideia de eu poder gerar um bebê foi nova. – Roberto Bete
Após um alarme falso no dia 6 de maio deste ano, momento em que o casal correu para a maternidade, Noah nasceu só quatro dias depois. Beto começou a sentir as contrações durante a madrugada e, após 12 horas, deu à luz por parto normal, aquele em que o procedimento ocorre por via vaginal.
Assista à história do casal com mais detalhes no documentário Pai Grávido, produzido pela MOV, produtora de vídeo da UOL:
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