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Palmada, não! Entenda a importância de educar sem castigos físicos

Amor e carinho devem sempre estar presentes na educação dos filhos - Shutterstock
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Publicado em 05/01/2023, às 06h18 - Atualizado às 08h50 por Cinthia Jardim, filha de Luzinete e Marco


Nasce um pai e uma mãe, e junto, nasce também a culpa. No topo das preocupações da família, vem as dúvidas e incertezas de como será a educação dos filhos, pensando em fazê-la da melhor maneira possível, cada um do seu jeito. Apesar dos mais diversos métodos, mesmo que as vezes seja difícil lidar com a desobediência, os castigos físicos nunca serão a melhor opção.

Amor e carinho devem sempre estar presentes na educação dos filhos (Foto: Shutterstock)

Seja pela falta de reflexão, ou até mesmo da paciência, optar pelas palmadas, tapas, ou beliscões pode parecer mais cômodo, mas adiantamos que os traumas podem ficar para a vida inteira e afetar a longo prazo o desenvolvimentoinfantil. Para esclarecer melhor sobre o assunto, conversamos com a Dra. Francielle Tosatti, Pediatra, da Sociedade Brasileira de Pediatria, especialista em em Emergências Pediátricas pelo Instituto Israelita Albert Einstein e com o Psicólogo e Psicanalista, Dr Ronaldo Coelho, que reforçaram a importância de uma educação sem castigos físicos e deram dicas de ouro para fazer com que o processo seja cheio de amor e carinho.

O que são os castigos físicos?

Muito além das palmadas, os castigosfísicos também são os empurrões, beliscões, sacudidas ou até mesmo tapas como forma de interromper um comportamento de desobediência. Desta maneira, a tendência é que a criança passe a entender a situação como “normal” e comece a reproduzir os fatos no dia a dia.

“A base para uma boa educaçãocomeça com uma relação de qualidade entre pais e filhos, para que os filhos possam ter nesses pais uma referencia e assim, absorvam os limites e ensinamentos que lhes estão sendo passados. E uma relação de qualidade não é construída pelo medo, mas com firmeza e amor!”, explica Francielle

As consequências

Segundo o especialista, os castigos físicos podem trazer diversos traumas ao comportamento da criança, além de prejudicar no desenvolvimento saudável. “O grande problema de bater numa criança com o intuito de educá-la é que assim os pais estão ensinando a seus filhos ao menos três coisas que estão erradas. A primeira é de que a violência educa, e assim seria legítima forma de proceder com as pessoas vida adentro, sobretudo as mais fracas. O segundo é que se pode resolver os problemas por meio da força física, que esse é o meio. Deste modo, o último ensinamento é de que no mundo vale mesmo a lei do mais forte, quem pode mais chora menos. Assim a criança aprende que justiça e razão não são importantes, o que importa é saber se ela é mais forte ou mais fraca que o outro. Esse é um efeito nefasto que traz danos sociais importantes e que vão para muito além do desenvolvimento individual”, comenta Ronaldo.

Além do castigo físico, quando os gritos são utilizados na conduta da família, podem surgir também problemas emocionais causando insegurança e ausência de autonomia. “Uma criança com medo, cresce insegura. E dessa insegurançapode vir um efeito cascata que pode cursar com dificuldade de aprendizado, diminuição da atenção, dificuldade em estabelecer amizades e relacionamentos, baixa autoestima e todas as consequências advindas dela”, completa a pediatra.

Educação é sinônimo de amor e carinho

Apesar de parecer clichê, a gente sabe que a tarefa de educar um filhonão é fácil, mas com amor e paciência a família pode explorar a personalidade e entender melhor a maneira que a criança tenta expressar as próprias emoções. Vale lembrar que nem sempre a desobediência é uma “vilã”, mas sim uma maneira de colocar para fora aquilo que está sentindo.

Ao começar a conversa com o seu filho, é superimportante ser objetivo e se atentar a linguagem: “Qualquer conversa com uma criança deve ser o mais clara possível atentando-se ao vocabulário que ela tem e o quanto ela pode acompanhar o raciocínio em relação ao nível de abstração que ele demanda, trazendo sempre exemplos concretos da vida da própria criança para ela melhor entender”, explica o psicólogo.

Dicas para passar (bem!) por esta fase

Para desenvolver um ambiente saudável, ouvir e tentar entender o que a criança está passando é o primeiro passo. Se ela apresentar dificuldades em expressar o que está sentindo por meio da fala, tente incentivar com atividadescomo, por exemplo, desenhos, mímicas, entre outros.

Em vez de castigar de maneira negativa, outra opção é valorizar as condutas positivas, ensinando que os bons comportamentos valem ouro. Por isso, na hora de maior tensão, tente se afastar e pensar na situação antes de tomar qualquer decisão precipitada, permitindo que o momento de raiva ou insatisfação se transforme em um grande processo de aprendizagem e fortalecimento de vínculos.

“Coloque-se a altura da criança, estabeleça contato olho no olho, abrace. Diga que você entende a sua frustração. E, principalmente, mantenha as expectativas baixas ao fazer isso: um bom comportamento infantil continuará sendo um comportamento infantil – ela ainda precisará da sua orientação e paciência, como qualquer ser em desenvolvimento. Se nessa primeira vez ele não agiu exatamente como você queria, lembre-se: é uma construção”, conclui Francielle Tosatti.


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