Família

"Pensei que ele estava seguro", diz mãe de menino que morreu esquecido em van escolar

(Foto: Reprodução/Arquivo pessoal/Bn Brasil)
(Foto: Reprodução/Arquivo pessoal/Bn Brasil)

Publicado em 16/11/2023, às 11h47 por Jennifer Detlinger, Editora de digital | Filha de Lucila e Paulo


A mãe do menino Apollo Gabriel, de 2 anos, que faleceu na última terça-feira, dia 14 de novembro, após ser esquecido dentro de uma van escolar, na Vila Maria, Zona Norte de São Paulo, deu uma entrevista à TV Globo, em que contou detalhes do dia em que o filho perdeu a vida.

"Ele estava tão bem hoje (terça-feira, 14 de novembro). Mas quando eu fui por ele na perua ele chorou. Ele chorou. Não queria ir. E ela [auxiliar do motorista] sempre colocava ele na frente, hoje ela colocou ele no banco de trás e esqueceu do meu filho", disse Kaliane Rodrigues.

A mãe de Apollo Gabriel contou detalhes do dia em que o filho perdeu a vida (Foto: Reprodução/Arquivo pessoal)

“Sempre que eu chegava, meu filho estava lá. Hoje eu cheguei e meu filho não estava e eu nunca mais vou ver ele. Eu nunca mais vou ver meu filho”, disse ela.

A mãe contou que achou estranho a demora para o filho chegar em casa após a aula.“Eu nunca pensei em passar por isso, é muito difícil saber que eu deixei meu filho na perua pensando que ele estava seguro e fui trabalhar. Mas, sabe, pressentimento de mãe. Não foi bom o meu dia e quando deu 16h eu falei ‘mãe, o Apollo chegou?”, disse.

apollo gabriel
A avó de Apollo alegou que o neto foi vítima de irresponsabilidade (Foto: Reprodução/G1)

A avó de Apollo alegou que o neto foi vítima de irresponsabilidadedo motorista e da auxiliar da van. “Deixou a perua no estacionamento, num calor terrível, como hoje, só foi perceber (que o menino ainda estava atrás) na hora de entregar as crianças. Eles não tiveram culpa, mas foi irresponsabilidade. Minha filha quer justiça. Quem cuida de criança tem que ter o máximo de responsabilidade”, afirmou Luzinete Rodrigues dos Santos, em entrevista à TV Globo.

Van escolar nas ruas de São Paulo
Apollo foi esquecido dentro da van em um dia de muito calor (Foto: Reprodução/X)

O menino foi colocado dentro da van cerca de 07h da manhã para ir a creche, porém nunca chegou ao local. O motorista só percebeu que havia alguém dentro do veículo às 15h30 da tarde, mais de 6 horas depois de Apollo ter entrado. 

Ao ser encontrada, a criança foi levada ao Hospital Municipal Vereador José Storopolli, no bairro Parque Novo Mundo, porém Apollo já chegou sem vida ao local. 


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Segundo a Secretaria de Segurança Pública, a suspeita é que Apollo tenha falecido por conta das altas temperaturas que estão sendo registradas no Estado nos últimos dias. Na terça-feira, a temperatura alcançou a máxima de 37,7°C na capital paulista, a segunda maior nos últimos 80 anos, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia.  

Justiça concede liberdade provisória

A Justiça de São Paulo concedeu nesta quarta-feira, 15 de novembro, liberdade provisória para o motorista e a auxiliar da van escolar em que um menino de dois anos foi esquecido e encontrado morto.

O motorista Flávio Robson Benes, e a sua esposa, auxiliar de transporte escolar, Luciana Coelho Graft, foram acusados de homicídio doloso, pela morte do menino Apollo Gabriel Rodrigues, que foi deixado por eles dentro da van por mais de oito horas, na última terça-feira, 14 de novembro.

O casal passou por audiência de custódia onde foi concedido o benefício de liberdade provisória com a obrigação de seguir algumas medidas cautelares: 

  • comparecimento obrigatório a todos os atos processuais para os quais forem intimados
  • comparecimento mensal em Juízo para informar e justificar suas atividades, bem como eventual atualização de endereço;
  • obrigação de manter o endereço atualizado junto à Vara competente (informando imediatamente eventual alteração);
  • proibição de ausentar-se da Comarca de residência por mais de oito dias sem prévia comunicação ao Juízo
    recolhimento domiciliar no período noturno (das 22 horas às 6 horas) e nos dias de folga;
  • proibição de manter contato, por qualquer meio, inclusive virtual, com as testemunhas do processos e com familiares da vítima;
  • suspensão do exercício da atividade profissional de transporte escolar de crianças e adolescentes suspensão da habilitação para dirigir veículo automotor, devendo os indiciados entregarem a Carteira Nacional de Habilitação no prazo de 24 horas, tudo sob pena de revogação do benefício e imediato recolhimento à prisão.

Em nota oficial, a Secretaria também informou que o motorista responsável por levar Apollo até a escola foi descredenciado:

“A Diretoria Regional de Educação (DRE) acompanha o caso e o Núcleo de Apoio e Acompanhamento para a Aprendizagem (NAAPA), composto por psicólogos e psicopedagogos, foi acionado para atender a família. Um Boletim de Ocorrência foi registrado, e a Diretoria Regional de Educação (DRE) está à disposição das autoridades competentes para auxiliar na investigação”, afirmou a secretaria ao Metrópoles.


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