Publicado em 18/07/2022, às 16h12 - Atualizado em 19/07/2022, às 07h25 por Cecilia Malavolta, filha de Iêda e Afonso
Na última sexta-feira, 15 de julho, rolou o segundo episódio do POD&Tudo. Transmitido ao vivo no YouTube da Pais&Filhos, nossa nova convidada foi a atriz e humorista Miá Mello. Mãe de Nina e Antônio, em cartaz com a peça “Mãe Fora da Caixa” e dona de um timing perfeito, nossa conversa com ela não poderia ter sido mais divertida – afinal, foram mais de 2 horas falando sobre tudo.
Neste novo episódio, Andressa Simonini, editora-executiva da Pais&Filhos e apresentadora do POD&Tudo contou mais uma vez com a participação de Beatriz Possebon, editora de arte, para tocar a conversa (divertidíssima) com Miá Mello durante o segundo episódio. Com momentos sérios, mas muitos outros que fizeram a equipe da redação sentir dor na barriga de tanto rir, a atriz e mãe de dois abriu o coração sobre maternidade, trabalho e casamento.
Logo de cara, Miá contou que ser mãe é realmente um desafio em tempo integral – principalmente quando você se torna mãe de uma menina de 13 anos, vivendo plenamente a pré-adolescência. “Com a Nina eu tomei uma rasteira. Na minha cabeça estava tudo resolvido. Foi, fui, fluiu, deu certo. Essa mudança de 10 para 11 anos foi uma coisa muito transformadora, muito intensa. Eu percebi que eu não sabia nada”, começou.
“Eu fui levar a Nina na ginecologista e ela [a médica] me disse uma coisa muito interessante: a pré-adolescência se equipara ao puerpério na revolução hormonal”. Não é para tanto que pais e mães de pré-adolescentes precisam também se acolher quando as coisas começam a mudar – são muitas coisas acontecendo ao mesmo tempo, principalmente para o filho. “O que me resgatou desse momento trevas que vivi com essas transformações da pré-adolescência, com toda certeza, foi ter a humildade de que eu não sabia nada e assumir que eu sou uma mãe de primeira viagem de adolescente”, disse. “Eu não sei nada, estou fazendo tudo errado – no sentido de que eu fazia muitos convites para ela que eram para uma criança. Eu precisei entender essa morte, porque essa passagem não deixa de ser uma morte”.
Mesmo grávida, Miá Mello não parou de trabalhar – em cartaz até o final das duas gestações, a atriz contou que o figurino de “Mãe fora da caixa” ajudou a manter o bebê crescendo dentro dela em segredo. “Na gravidez da Nina, eu fiz até os 8 meses. Meu obstetra foi na peça para falar ‘legal, agora chega!'”. Quando Antônio estava prestes a chegar, com 7 meses de gestação, Miá saiu de cena e voltou para os palcos dois meses após o nascimento do filho caçula – em uma turnê, segundo ela mesma, insana.
“A gente fazia um dia em cada cidade. Eu não me arrependo de nada, mas isso é o que chega mais perto de um arrependimento. Eu não tive forças para fazer, mas fiz. Foi uma coisa que foi muito além do que eu podia ter feito, eu fiquei muito destruída. Eu me machuquei para fazer aquilo. Eu tive que fazer introdução alimentar em hotel. Eu descia na cozinha do hotel com o meu filho no colo para mostrar que realmente não podia colocar azeite ou sal no legume. Foi muito duro”, contou.
Para dar conta do recado, Miá recebeu ajuda da mãe, principal rede de apoio enquanto ela estava viajando em turnê ao lado do filho recém-nascido. Para que as coisas dessem certo, ela e Marcileni tinham um plano todo estruturado. “Eu falava para ela: ‘você vai ficar no quarto sozinha e vai dormir. Eu vou ficar à noite com ele’. Tudo isso para alguém estar vivo no dia seguinte. Era a época que eu dormia com ele no peito, na cama, deixava ele mamando a noite inteira. Um caos”.
Com uma filha pequena e recém-separada, a primeira coisa que Miá pensou após entrar de cabeça no mundo da maternidade de mulheres que não são casadas foi: “Nunca mais vou transar na minha vida. Passei dois meses achando que eu não ia mais me relacionar com ninguém”. Junto com vários trabalhos, um novo namorado não era a primeira coisa que passava pela cabeça dela – até ela cruzar o caminho com Lucas, atual marido dela, em uma festa.
Os dois já haviam trabalhado na mesma empresa, ainda que não tivessem muito contato. Mas as boas línguas sempre levavam para Miá comentários positivos sobre ele. “Sabe aquele tipo de menino que é prodígio, que todo mundo gosta, inteligente? Eu sempre pensava também que, além de tudo, era bonitinho”. Foi um dia após encontrar Lucas que caiu a ficha de Miá que ela poderia fazer o que quisesse – inclusive ficar com um cara mais novo, como era o caso.
“A partir disso a gente ficou trocando mensagens”. Logo depois disso, ela precisou fazer uma viagem longa por causa do trabalho. “Eu ia ficar 45 dias viajando pela América Latina. Eu pensei: agora eu vou pegar geral, não vai ter limite. Eu fiquei com ele e fui fazer essas viagens, isso 11 anos atrás”. Quando menos esperava, em vez de sair com várias pessoas, ela torcia pelo horário de voltar para o hotel e conseguir conversar com Lucas.
Enquanto falava do marido, Miá rasgou elogios. Os dois, juntos, são pais de Antônio – e quanto a chegada dele na vida de Nina, a atriz conta que as coisas não poderiam ter sido mais tranquilas. “Eles fizeram naturalmente esse caminho juntos. Eu não queria apresentar os dois, então eu colocava despertador mais cedo para ele ir embora e não encontrar com ele. Foi o Lucas que insistiu para esse movimento acontecer. Quando eu de fato apresentei os dois, não teve nenhuma confusão de papéis. O que eu mais admiro na relação deles até hoje é que é muito natural, nunca foi exagerado. Ela tinha 3 anos quando isso aconteceu, eles brincavam muito juntos”.
Foi durante o quadro “Nome do Dia” que Miá contou o motivo de se chamar Marília (sim! Miá não é o nome, mas o apelido) e a história emocionante por trás disso. “Eu nasci de 7 meses. Minha mãe teve a primeira filha e a segunda, que eram gêmeos. Mas, quando nasceu, era a minha irmã e um mioma. E não dava mais para ela ter filhos. 4 anos depois ela engravidou”. A novidade foi motivo de desespero para Marcileni, porque a recomendação médica era de que ela não continuasse a gravidez. Mas, se nem era para engravidar, ela bateu o pé e decidiu levar a gestação adiante.
“Quando deu 7 meses, o parto foi induzido. Eu nasci muito mal e fiquei internada quase 1 mês. A frase que me define quando eu nasci, que meu avô falou, foi que eu precisaria ter ‘muito it, porque era feinha para danar'”. Foi nesse contexto extremamente vulnerável, em que Miá e Marcileni ficaram separadas por todo esse período, que ela recebeu um conselho da própria médica: “É melhor batizar. Se não, vai morrer sem nome“.
Com a grosseria dita, o pai de Miá foi sozinho fazer a certidão de nascimento da filha. “A minha mãe queria Maíra, e meu pai na hora meio que esqueceu o nome. Ele deveria estar nervoso e na hora disse Marília. Quando ele voltou, o nome não foi uma questão”. Quando finalmente pôde voltar para casa, Marília recém-nascida foi recebida por uma das irmãs. “E quando ela me viu, ela disse: ‘A Miá chegou’. E ficou. Eu sou a Miá desde o meu primeiro mês de vida”.
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