Família

Polícia tenta recuperar mensagens apagadas dos celulares da mãe e do padrasto de Henry Borel

Caso Henry: polícia tenta recuperar mensagens apagadas dos celulares de Dr. Jairinho e da mãe do menino - Reprodução/ TV Globo
Reprodução/ TV Globo

Publicado em 31/03/2021, às 05h34 - Atualizado às 06h28 por Camila Montino, filha de Erinaide e José


A polícia tenta recuperar mensagens apagadas do celular de Monique Medeiros e Dr. Jairinho, mãe e padrasto de Henry Borel, de 4 anos, que faleceu no último dia 8 de março. Os investigadores irão utilizar um programa para tentar obter as mensagens deletadas.

Caso Henry: polícia tenta recuperar mensagens apagadas dos celulares de Dr. Jairinho e da mãe do menino (Foto: Reprodução/ TV Globo)

Os 11 aparelhos foram apreendidos durante a operação que cumpria quatro mandados de busca e apreensão ocorrida na última sexta-feira, 26, de março. De acordo com o G1, uma análise preliminar nos aparelhos apontou que as mensagens foram apagadas em um dos celulares apreendidos na residência de Jairinho.

André França Barreto, advogado de defesa, disse que não sabe se o casal apagou as conversas. “Se apagaram ou não, não tenho essa informação. (…) Desconheço essa informação. E também não estranharia se apagasse porque é comum apagarem dos celulares, eu apago dos meus”, disse.

Após a apreensão dos celulares, Monique disse que notou que o celular tinha sido sido invadido por um hacker. O advogado disse que, na ocasião, ela tentou fazer um registro na delegacia de crimes de informática, mas não conseguiu. Então, logo depois, Monique foi fazer um registro online na própria delegacia da Barra.

Caso Henry: polícia mostra conversa de Jairinho com a ex algumas horas após o ocorrido

Uma ex-namorada e amante do médico e vereador Jairo Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho, padrasto de Henry, contou aos policiais da  16ª DP (Barra da Tijuca) que, às 11h46 do dia 8 de março (pouco mais de 6 horas depois da morte do garoto), os dois conversaram “como se nada tivesse acontecido”.

Dr. Jairinho falou com ex-namorada logo após o acontecido e não comentou nada (Foto: Reprodução / Vídeo R7)

A estudante de 34 anos contou, como apontado pelo jornal Extra, que o vereador entrou em contato com ela para saber a respeito do resultado de um exame que ela havia feito depois de perceber uma ardência ao urinar. Ela comentou que em nenhum momento Jairinho comentou a respeito do que havia acabado de acontecer com Henry Borel. A mulher acrescentou, ainda, que ficou sabendo que o garoto não havia resistido um tempo depois, por amigos em comum e, posteriormente, pela imprensa.

Segundo o termo de declaração da estudante, Jairinho teria enviado a ela no WhatsApp: “Preciso saber o que deu no antibiograma. Tem que tratar, tem que tratar”, disse, preocupado. Ao responder que não fez o exame, a mulher foi repreendida por ele: “Que loucura é essa?”, enviou ele, como relatado por ela.

Quando foi intimada para impor, no dia 20 de março, a estudante contou que ligou para irmã de Jairinho e que ele mesmo retornou o telefonema mais tarde. Segundo o que ela disse, o vereador a orientou  a “ficar tranquila”, pois apenas teria que relatar como fora o relacionamento dos dois e se ele era agressivo. Ela disse que mesmo nessa ligação antes do depoimento, ele seguiu não comentando nada a respeito da morte do enteado.

A estudante falou um pouco sobre a história dos dois e disse que começou a namorar com Jairinho em 2014,  quando assessorava uma vereadora e pediu afastamento do cargo. Ela contou que ficou com ele por aproximadamente 6 anos, entre idas e vindas, uma vez que, na época, o vereador era casado com a dentista Ana Carolina Ferreira Netto, mãe de dois dos filhos dele. Ela contou que terminou com o vereador em outubro de 2020, depois que descobriu, por meio do Instagram, que ele estava se relacionando com Monique. Os dois voltaram a ter contato em dezembro, voltando a se encontrar e a falar por mensagens e telefone frequentemente.

Entenda o caso Henry

Henry Borel, segundo o G1, não resistiu na madrugada da segunda-feira, 8 de março, na Barra de Tijuca, Zona Oeste do Rio. A causa ainda está sendo investigada pela Secretaria de Polícia Civil. No dia, o menino estava na casa da mãe, Monique Medeiros da Costa Almeida, e do padrasto, o vereador Jairo Souza Santos, o Dr. Jairinho (Solidariedade).

Vizinha do casal diz ter ouvido gritos no dia em que tudo aconteceu (Foto: Reprodução/TV Record)

No laudo médico é relatado que a criança já deu entrada no hospital sem vida, sendo a causa uma hemorragia interna e laceração hepática causada por uma ação contundente. A criança apresentava:

  • Múltiplos hematomas no abdômen e nos membros superiores;
  • Infiltração hemorrágica na região frontal do crânio, na região parietal direita e occipital, ou seja, na parte da frente, lateral posterior da cabeça;
  • Edemas no encéfalo;
  • Grande quantidade de sangue no abdômen;
  • Contusão no rim à direita;
  • Trauma com contusão pulmonar;
  • Laceração hepática (no fígado);
  • Hemorragia retroperitoneal.

O pai, no depoimento, contou que recebeu uma ligação de Monique às 4h30 pedindo que ele fosse até o Hospital Barra D’Or, porque o filho não estava respirando. Ela contou a Leniel que fez respiração boca-a-boca em uma tentativa de reanimar a criança.

As médicas que atenderam o menino no hospital também foram ouvidas pela polícia e as três pediatras garantiram que Henry chegou sem vida ao local. A mãe, Monique Medeiros, e o padrasto, vereador Doutor Jairinho, também realizaram os depoimentos e houve divergências entre eles.

Para a equipe médica que tentou socorrer o menino, a mãe dele disse que havia acordado após ouvir um barulho no quarto. Ao chegar no local, ela contou ter visto o menino caído no chão. Nesta primeira versão, que consta no Boletim de Atendimento Médico (BAM), eles encontraram o garoto gelado, pálido e sem poder de resposta. O padrasto chegou a pensar que o menino estava em parada cardiorrespiratória e a família foi para o Hospital Barra Dor, na Zona Oeste do Rio.

Já o padrasto contou alguns pontos diferentes. O primeiro ponto de divergência foi em relação ao barulho citado pelo casal na noite em que tudo aconteceu. Durante o relato feito à polícia, nem a mãe nem o padrasto mencionaram terem ouvido um barulho vindo do quarto da criança. Ela afirmou que acordou por volta das 3h30 com o barulho da TV ligada e foi ver o filho — quando o encontrou desacordado. Já o Doutor Jairinho contou que ele e a esposa estavam assistindo a uma série no quarto de hóspedes para não incomodar o sono do enteado e adormeceram. Quando Monique acordou, foi até o quarto do casal e encontrou Henry já caído, com os “olhos revirados e mãos e pés gelados”. Desde a perda do menino, os policiais estão ouvindo testemunhas para tentar desvendar o caso.

Polícia descarta participação do pai de Henry Borel no caso

A Polícia Civil descartou a participação de Leniel Borel, pai de Henry Borel, de 4 anos, no caso da criança, que faleceu no dia 8 de março. A informação é de uma fonte da BandNews FM ligada à corporação.

(Foto: Reprodução/ G1)

De acordo com as informações, os investigadores têm a convicção de que é quase impossível que a morte tenha sido causada em um acidente doméstico, no quarto do menino, como a mãe, Monique Medeiros, disse durante o depoimento. A professora disse acreditar que o filho possa ter acordado, ficado em pé sobre a cama e se desequilibrado ou até tropeçado no encosto da poltrona.

Segundo os responsáveis pela investigação, a queda da cama não provocaria lesões em todo o corpo, mas na parte que eventualmente tivesse tido contato com o chão. No laudo médico é relatado que a criança já deu entrada no hospital sem vida, sendo a causa uma hemorragia interna e laceração hepática causada por uma ação contundente.

Um dos motivos para descartarem o envolvimento do pai no caso, são as imagens de câmeras de segurança, que mostram Henry bem após após o fim de semana, no dia 7 de março. Os policiais ainda descartam que a lesão no fígado – uma das causas da morte – tenha sido provocada antes do menino voltar para a casa da mãe e do padrasto, já que se já tivesse sido provocada antes, o menino iria apresentar dor nas imagens em que ele aparece abraçado com a mãe, ao subir para o apartamento.

Imagens inéditas dos últimos momentos de Henry Borel com vida

O programa ‘Fantástico’, da TV Globo, mostrou imagens dos últimos momentos de vida de Henry Borel, de 4 anos. Na gravação, o menino aparece entrando no condomínio no colo da mãe, Monique Medeiros, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro.

Na sequência, Monique, Henry e Dr. Jairinho  aparecem dentro do elevador. As últimas cenas do menino com vida foram registradas por volta das 19h30 do dia 7 de março. O apartamento do casal foi interditado por 30 dias até que a polícia realize novas perícias.

Além das últimas imagens, o programa também mostrou um áudio inédito de uma ex-namorada do Dr. Jairinho, que procurou o pai do menino, Lebiel Borel pouco tempo após o caso, para contar que ela e a filha teriam sido agredidas pelo médico.

A ex-namorada, que teve a identidade preservada, já prestou depoimento à polícia sobre as agressões e, por conta das acusações, uma nova investigação foi aberta contra Jairinho. No áudio encaminhado para o pai de Henry Borel, a ex-namorada diz não ter feito nada antes por medo.

“Hoje já se passaram quase… quase não, oito anos de tudo que aconteceu comigo. E eu nunca fiz nada, nem nunca procurei nada por medo. A verdade é essa. E esse medo, eu vou ser bem sincera, eu tenho até hoje. Hoje, nessa data de hoje, eu tenho medo de alguma coisa acontecer, por ele saber as coisas que eu sei, em relação a mim, que aconteceram comigo e com ele”, conta.

André França Barreto, advogado de defesa de Jairinho e de Monique Medeiros, mãe de Henry, nega qualquer tipo de ‘conduta violenta’. “Jamais, jamais aconteceram (agressões). Esses episódios teriam acontecido há mais de uma década atrás e sem qualquer testemunha. O que a gente está tentando desmonstrar é, subjetivamente: o Jairinho não tem qualquer conduta violenta de agressão”, afirma.

De acordo com a mulher, a filha, que na época tinha 4 anos, foi  agredida quando os dois ainda tinham um relacionamento, cerca de oito anos atrás. A ex-namorada ainda disse que a filha ficava nervosa, chorava e vomitava ao ver Jairinho. O que  é parecido com o depoimento do pai de Henry, que afirmou que o filho também vomitava e chorava ao voltar para casa da mãe, com quem morava desde o início do ano com Jairinho.

Ainda no áudio enviado, a ex-namorada ainda fala sobre culpa. “Mas, assim, o que mais eu posso te falar é questão de você não desistir, sabe? De não se culpar, não se martirizar porque eu passo por isso todos os dias da minha vida, todos os dias, e por mais que a minha filha olhe no meu olho, como ela já olhou e disse pra mim: ‘Você não teve culpa’, eu sei, não adianta, é muito ruim”.

O advogado ainda ressalta que a investigação não tem nenhuma probabilidade de culpa contra o padrasto e mãe de Henry. “De tudo o que tem sido apurado até agora, tudo que a gente teve acesso, família ou conhecidos, da natação, do futebol, a gente categoricamente afirma que existem elementos concretos a demonstrar que o Jairinho e a Monique não têm qualquer condição, probabilidade, possibilidade de terem feito dolosamente ou ainda que culposamente qualquer ato de agressão ao Henry”, disse.


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