Professor pedala mais de 7km por semana para ajudar alunos sem acesso as aulas online
Arthur Cabral é professor de Ciências e resolveu levar as atividades quando descobriu que 20 estudantes não tinham internet em casa
Resumo da Notícia
- Um professor de Recife arrumou um jeito de ajudar os alunos sem acesso a internet e que não podem acompanhar as aulas virtuais durante a quarentena
- Arthur Cabral é professor de Ciências de uma escola estadual
- Arthur pedala 7km por semana para ajudar os estudantes
Um professor da cidade de Camaragibe, em Pernambuco, deu um jeito de ajudar os alunos que não tem internet em casa e não estão conseguindo acompanhar as aulas durante a quarentena. Arthur Cabral, de 29 anos, pedala 7km toda semana para levar as atividades pessoalmente até 20 estudantes! O professor dá aulas de Ciências em uma escola estadual local.
A maratona acontece toda sexta-feria, desde que as aulas presenciais foram suspensas. “A educação tem que chegar em todo mundo. Quando terminei a graduação, sempre achei que eu estava aqui para ajudar meus alunos. Se 20, 10 ou mesmo um não tiver acesso ao ensino, não vou estar ajudando”, contou Arthur em entrevista ao G1.
O professor leciona para seis turmas do ensino funcional e está há 7km de distância do bairro de onde fica a escola e as casas dos alunos. Arthur gasta por 100 reais por semana com material escolar e impressões de atividade – valor que sai do próprio bolso. Ele diz que o dono da gráfica e os amigos tentam ajudar, doando papel e dando descontos.
O biólogo conta que os estudantes se surpreenderam quando viram ele chegando para dar aula nas casas, pela primeira vez. “Quando comecei o trabalho, eles não esperavam por isso, tanto os estudantes quanto os parentes. Ficaram ‘caramba, o professor aqui’. Quando chego na casa deles, sempre dou uma conferida se eles fizeram as atividades anteriores e deixo novas. Vários pais disseram que os filhos se alegraram em poder voltar a estudar, porque muitos deles não têm acesso à internet, ou têm, mas não têm celular compatível ou precisam dividir o aparelho com mais cinco irmãos, por exemplo”, explicou Arthur.
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