Publicado em 20/05/2022, às 16h31 por Redação Pais&Filhos
A meningite é uma doença grave, que dependendo do caso, chega a matar em 24 horas. No entanto, a vacinação em Belo Horizonte tem apresentado cada vez números mais baixos. Em 2021, pouco mais de 68%, aproximadamente 19.569, das crianças de 0 a 1 ano se vacinaram se vacinaram contra a meningite.
Houve uma queda na estatística em relação a 2020, onde foram registrados 87,8% de imunizados, isto é, 26.466 crianças. Porém, para ter um bloqueio de transmissão da doença, seria necessário ter uma taxa de vacinação igual ou superior a 90%, segundo o infectologista Mozar Neto para o jornal O Tempo.
“O meningococo tipo C é uma bactéria que causa um quadro muito grave de meningite, septicemia (infecção da corrente sanguínea), com complicações graves de torpor, coma e morte”, diz ele. “É uma doença de difícil diagnóstico. A evolução às vezes é tão rápida que quando se administra a primeira dose do antibiótico e se tem a confirmação do diagnóstico, já é muito tarde”, disse ele.
Segundo números divulgados pela Secretaria do Estado de Saúde de Minas Gerais, a vacinação de meningite em pessoas na faixa etária de 11 a 14 anos, ficou entre 60% no período de 2017 até 2021.
Neste ano, foram duas mortes em Minas Gerais por conta da contaminação por meningite. Essas pessoas tinham idade entre 40 e 59 anos.
Conforme informações da Secretaria do Estado de Saúde de Minas Gerais, um dos motivos para as taxas de pessoas vacinadas serem baixas, são informações falsas disseminadas sobre vacina.
“O foco direcionado para a vacinação contra a Covid-19, o medo da pandemia e a disseminação de fake news são alguns dos motivos que fizeram com que as pessoas deixassem de levar as crianças para vacinar” alegou em nota a Secretaria.
O infectologista Mozar Neto falou também sobre a importância da vacinação. “É importante frisar a segurança e a importância dessa imunização, tanto do ponto de vista individual quanto coletivo, para bloquear a transmissão dessa bactéria”, afirma ele. “Essa vacina é extremamente eficaz, de extrema segurança, com uma proteção muito grande contra formas invasivas graves de septicemia, meningite, coma e morte”. São 155 centros de saúde em Belo Horizonte que estão aplicando vacinas contra meningite.
Entre o grupo de doenças, destacam-se no Brasil as meningites bacterianas, como a meningocócica, que merece atenção. Trata-se de um processo inflamatório das meninges — membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal. Ela é causada por uma bactéria e tem transmissão direta (de pessoa para pessoa). Segundo o médico e pesquisador Felipe Lorenzato, PhD em Patologia Molecular pela University College London, a meningite meningocócica pode acontecer por troca de secreções respiratórias e da garganta, como tosse, espirro, beijo ou do compartilhamento de utensílios de cozinha.
Por que ela é tão perigosa?
A meningite bacteriana é uma doença de evolução rápida: quando os sintomas aparecem, o quadro já está grave e pode levar a óbito em poucas horas. Ele também pode trazer consequências comoconvulsões, perda auditiva e retardo cognitivo. O tempo entre a exposição e a manifestação dos primeirossintomasda infecção pela bactéria normalmente é de 2 a 10 dias, mais comum entre 3 e 4 dias.
A bactéria adere à boca e ao nariz, penetra a mucosa e vai para as membranas que recobrem o cérebro e a medula espinhal. Então, causa meningite meningocócica, e/ou atinge a corrente sanguínea, causando infecção generalizada. A meningite bacteriana pode causar deficiências sérias, permanentes e inclusive causar morte entre 24 e 48 horas após a manifestação da doença. Por isso, é muito importante que o tratamento seja feito de forma rápida.
Doença silenciosa
Aproximadamente 10% das pessoas, principalmente adolescentes e jovens, podem portar a bactéria na garganta ou nariz sem desenvolver a doença. Algumas pessoas que aparentam não estar doentes, ao tossir, espirrar ou beijar podem transmiti-la. Basta que uma pessoa desenvolva a doença para que exista a possibilidade da ocorrência de um surto.
Quais os sintomas?
Os sinais iniciais da doença, como febre, irritabilidade, dor de cabeça, perda de apetite, náusea e vômito, são iguais a de doenças menos agressivas como o resfriado e outras doenças virais. Só depois que o paciente pode apresentar manchas arroxeadas na pele, rigidez na nuca e sensibilidade à luz. Os bebês em fase de aleitamento materno apresentam um quadro diferenciado. Por isso, deve-se observar: febre, irritabilidade ou agitação, gemido de dor ao mexer em suas pernas, recusa alimentar, vômitos, convulsões e o surgimento de uma protuberância arredondada no topo da cabeça do bebê.
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