Publicado em 21/11/2016, às 13h02 - Atualizado às 13h03 por Adriana Cury, Diretora Geral | Mãe de Alice
No último mês de outubro, uma menina britânica de 14 anos faleceu de um tipo raro e incurável de câncer, mas antes disso, ela ganhou uma autorização na Justiça para passar por um procedimento pra lá de polêmica. Ela ganhou o direito de ficar congelada até encontrarem a cura para sua doença.
A decisão do tribunal foi difícil porque a mãe da menina concordou com a decisão da filha, mas o pai não. O resultado final saiu após a garota ter escrito uma carta explicando porque gostaria de passar pela criogenia.
“Me pediram que explicasse por que eu quero realizar algo tão peculiar. Eu só tenho 14 anos e não quero morrer, mas sei que vou morrer. Acho que ser preservada através da criogenia me dará uma chance de ser curada e despertar – mesmo que leve centenas de anos. Eu não quero ser enterrada. Eu quero viver e viver mais e acho que no futuro nós poderemos ter encontrado a cura para meu câncer e poderão me acordar. Eu quero ter essa chance. Esse é o meu desejo”, escreveu.
Depois morte, a garota foi transferida para a clínica Cryonics Institute, nos Estados Unidos, onde o procedimento é feito. A cofundadora da empresa afirma que pessoas que tiveram parada cardíaca já reviveram. Alguns cientistas, no entanto, acreditam que seja impossível a menina ressuscitar um dia.
A criogenia é um processo que mantem a viabilidade dos tecidos e dos órgãos, de acordo com oncologista clínico Hezio Fernandes Jr, pai de Arthur e Heitor e diretor do Instituto Paulista de Cancerologia (IPC). O especialista também acha que é muito improvável que a garota volte a viver um dia.
Uma máquina é responsável pelo funcionamento dos pulmões e do coração. Uma solução com medicações para as células é colocada para substituir o sangue. Por fim, o corpo é imerso em nitrogênio líquido, que deixa a temperatura corporal a 193 graus negativos.
Tudo parece fazer sentido, mas, de acordo com o oncologista que entrevistamos a pessoa não pode ser ressuscitada mesmo que a cura para a doença seja encontrada. “Não existe nenhuma segurança que a pessoa vai voltar a vida. Não existe nenhuma evidência que isso tenha dado certo algum dia no mundo. Isso é algo atípico e sem nenhuma garantia”, afirma o médico.
Dizem que o procedimento se parece com o congelamento de óvulos, mas não é bem assim. “Com os óvulos, apenas uma célula é congelada. Quando se congela uma pessoa, um trilhão de células, que estão formando órgãos e vísceras, estão sendo congeladas”, esclarece o oncologista.
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