Publicado em 16/09/2018, às 07h24 por Nathália Martins, Filha de Sueli e Josias
Guiar as crianças para curtir o mundo digital é um grande desafio, mas também necessário. Assim, poderão viver sempre online. Se quiserem, é claro! Nossa colunista Ivanice Cardoso, mãe de Helena e Beatriz, advogada e pós-graduada em Direito Desportivo, é especializada em Direito de Imagem, consultora de escolas e famílias em temas como o uso ético e seguro de mídias sociais, bullying, cyberbullying e gestão de segurança, e dá dicas para o uso seguro das mídias sociais para pais e filhos.
“Era uma vez uma bebê linda, de 18 meses, que sabia usar melhor o smartphone da mãe do que ela mesma. Encantada por vídeos de uma galinha azul muito charmosa (BFF da mãe naqueles dias), ela poderia passar horas assistindo animação musicada na internet.
A mãe, nessa época, achava que tudo estava indo bem. Até tentar tirar o smartphone da mão da pequena bebê e vê-la se tornar um monstrinho da Tasmânia, sofrendo angustiada e ansiosa o distanciamento do aparelho eletrônico. Essa cena aconteceu, algumas vezes, comigo e com minha filha mais velha, a Helena. Com a Bia, a mais nova, já foi diferente.
Tomar consciência de que a geração delas viverá com tecnologias e que, ao mesmo tempo, não pode ser conduzida à vivência digital desmedida, que cause dependência, quase visceral, de tecnologias, me fez dar um passo para trás e
repensar esse uso. Afinal, é um direito delas, e de todas as crianças, serem criadas com livres escolhas, longe de qualquer forma de opressão ou dependências, inclusive as tecnológicas.
Ajudá-las a saber caminhar pelas ruas digitais e fazer boas escolhas era, e é, o grande desafio. Compreender que esse é mais um dos diversos temas para educá-las, me trouxe a oportunidade de perceber que o meu desafio era também o desafio de muitas mães e pais que buscam informações e esclarecimentos confiáveis, éticos, conscientes e que sejam, igualmente, possíveis. Sim, porque de regras infundadas a criação de filhos já está cheia.
Nossos filhos estão na internet e vivem, também, em ambientes digitais. Fato! Mas a qualidade dessa vivência com essas tecnologias depende de muita, mas muita orientação. Depende de educação digital! Afinal, supor que crianças saibam naturalmente viver em ambientes digitais é tão ingênuo quanto achar que a Terra é quadrada.
Pensando que é preciso discutir incansavelmente os direitos e deveres inseridos nessa interação homem-máquina,
aceitei, com muita honra, o convite para escrever, debater e responder dúvidas nessa coluna inaugurada agora. Não só como advogada e consultora, mas principalmente como mãe de duas cidadãs digitais.
Modo de usar é um espaço para falarmos sobre Educação Digital, comportamento digital seguro, paternidade digital, pensamento computacional, cyberbullying e tantos outros temas ligados à vida em ambientes online. Vamos achar juntos, em conversas francas e realistas, o equilíbrio necessário para que a vivência digital das nossas crianças seja sempre positiva, segura, responsável e produtiva”.
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