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Saiba como manter a família protegida das doenças de inverno

Algumas medidas podem ajudar a prevenir as doenças respiratórias - iStock
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Publicado em 29/06/2021, às 08h45 - Atualizado em 26/06/2023, às 09h03 por Yulia Serra, Editora | Filha de Suzimar e Leopoldo


A saúde deve ser tratada como prioridade sempre. O último ano, com o surgimento da pandemia, deixou isso ainda mais claro. E com a queda de temperaturas, comum nessa época do ano, esse cuidado precisa de uma atenção redobrada, isso porque as doenças respiratórias costumam ser mais frequentes durante o inverno. Resfriado, gripe, sinusite e otite são alguns exemplos.

Algumas medidas podem ajudar a prevenir as doenças respiratórias (Foto: iStock)

Segundo o Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), essas doenças estão entre as principais causas de internação no Brasil e afetam mais de 1 milhão de pessoas, todo ano. A Dra. Paula C. Borelli Barros, pediatra, com título de especialista em pediatria pela Sociedade Brasileira de Pediatria, speaker da Boiron, mãe de Isabella, aponta: “As pessoas que mais sofrem com estas doenças são as crianças e idosos, por terem o sistema imune fragilizado“.

Esse aumento dos casos ocorre, principalmente, por ficarmos em ambientes fechados devido ao frio somado à multiplicação dos vírus nesse período, por isso, a especialista reforça: “É importante tentar manter o máximo de ventilação possível e sempre manter o ambiente e roupas de camas limpos e bem secos”. Muitas vezes subestimadas, as doenças de inverno merecem todo o cuidado, pois além dos sintomas já conhecidos de febre, coriza, cansaço, dores no corpo também podem ser agravadas se não forem bem tratadas.

Cuidado em dia

Vale sempre destacar que a melhor forma de lidar com elas é por meio da prevenção. E nesse contexto, Kelem Chagas, Médica Alergista e Imunologista; gerente médica da Sano Pasteur, mãe das gêmeas Clara e Luisa, lembra que a principal delas é a vacinação. “A imunização por meio da vacinação, além de proteger a população contra a doença e evitar que ela circule, também é essencial na diminuição da procura por atendimento médico, o que nesse momento é crítico devido ao cenário de sobrecarga dos sistemas de saúde”, pontua.

Contudo, no Brasil e no mundo, é registrado uma queda na cobertura vacinal, que foi agravada no último ano por conta da pandemia. Esse cenário precisa mudar. Mantenha a caderneta de vacinação em dia, sempre, tanto dos adultos quanto das crianças. A médica também fala sobre a necessidade de seguir a etiqueta da tosse, ou seja, medidas que auxiliam na prevenção de doenças respiratórias, como higiene das mãos e proteção ao espirrar, tossir ou falar.

Rodolfo Schleier, farmacêutico do departamento médico-científico da Weleda, pai de Nicole, destaca que alguns hábitos simples adotados em casa (e fora dela) podem fazer toda a diferença para proteger a família destes vírus. “Manter o organismo hidratado, ter uma alimentação balanceada, rica em hortaliças e frutas frescas – quanto mais colorido o prato, melhor! Uma dica é apostar nas frutas cítricas (limão, laranja, tangerina), ricas em vitamina C; frutas vermelhas (morango, uva, amora, acerola, framboesa), ricas em flavonoides com ação antioxidante, além de vitaminas; grãos e castanhas, ricos em ferro e zinco, muito importantes para a imunidade. Evitar frequentar ambientes com aglomeração de pessoas (em caso de necessidade, manter circulação de ar, vidros abertos, etc.); manter atividade física regular (se possível, em família, pois ajuda a criar momentos de conexão); umedecer as narinas com soro fisiológico várias vezes ao dia (mantém as mucosas hidratadas e ajuda a eliminar possíveis invasores como vírus); manter o corpo aquecido, especialmente garganta (um conselho é preparar chás caseiros, adicionando especiarias como cravo, canela, gengibre)”, explica.

Um por todos, todos por um

Ele enfatiza a necessidade de um costume até então desconhecido para os brasileiros: “Temos que ressaltar a importância do uso da máscara. Esse já era um hábito comum em outros países, especialmente na Ásia. É um pequeno esforço da nossa parte que salva muitas vidas”. Todos os cuidados citados acima, automaticamente, também ajudam na prevenção do coronavírus, já que se trata de uma doença respiratória em que as formas de transmissão e contágio são bastante similares. Lembre-se, quanto menos o vírus circula, melhor.

Com cada um fazendo a sua parte e tomando os cuidados pessoais necessários, conseguimos aumentar a proteção em rede. A Dra. Maura Neves, otorrinolaringologista e doutora em Ciências da Saúde pelo Departamento de Otorrinolaringologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e médica consultora da Libbs, filha de Manoel e Maria Lucia, garante que os cuidados com a saúde precisam permanecer mesmo durante as outras estações, uma vez que ao longo de todo o ano as doenças respiratórias podem aparecer em razão do choque térmico, baixa temporária da temperatura decorrente de uma frente fria, tomar chuva após um dia quente, baixa imunidade por conta do estresse e má alimentação, ar condicionado, viagens, contato com pessoas infectadas, entre várias outras razões.

“A prevenção reduz a mortalidade, gastos com tratamentos, etc. Além e acima de tudo, nos permite uma qualidade de vida melhor”, acrescenta. Não se esqueça, caso suspeite que você ou seu filho contraíram alguma doença respiratória, procure um médico de confiança para que ele oriente os próximos passos.

Fique ligado

Alguns sintomas das infecções mais comuns durante o inverno são bem parecidos, por isso, é importante saber reconhecer o que difere uma doença da outra

RESFRIADO

  • O QUE É: infecção viral nas vias respiratórias superiores.
  • CAUSA: há mais de 200 tipos de vírus. Eles penetram no corpo pela boca, olhos, nariz. O contágio acontece pelo ar ou contato físico.
  • SINTOMAS: coriza, espirros, tosse, dor de garganta, dor no corpo e febre baixa.
  • QUANDO IR AO MÉDICO: falta de ar, abatimento e febre alta e persistente.

GRIPE

  • O QUE É: infecção contagiosa do sistema respiratório causada pelo vírus Influenza.
  • CAUSA: no ar ou pelo contato direto com pessoas gripadas.
  • SINTOMAS: febre alta, dores, cansaço, tosse seca, espirro, coriza.
  • QUANDO IR AO MÉDICO: se a criança estiver com dor forte na cabeça, no corpo e dificuldade de respirar.

PNEUMONIA

  • O QUE É: infecção dos pulmões.
  • CAUSA: infecções bacterianas ou virais, resfriado mal curado, exposição a fumo e ar condicionado.
  • SINTOMAS: febre alta, dor no tórax, abatimento, falta de apetite, tosse, chiado no peito e dificuldade de respirar.
  • QUANDO IR AO MÉDICO: se a criança estiver com febre alta, abatida e com secreção amarela ou esverdeada e dificuldade de respirar.

ASMA

  • O QUE É: doença inflamatória das vias aéreas inferiores (brônquios).
  • CAUSA: existem diferentes causas para a asma, que podem ser alergias provocadas por perfumes e aromas, pelos de animais, ácaros, poeira ou alguns alimentos como leite ou ovos.
  • SINTOMAS: sensação de aperto no peito, dificuldades para respirar e tosse com chiado. Pode causar também irritabilidade, recusa de alimentos, respiração forçada e movimentação intensa das narinas.
  • QUANDO IR AO MÉDICO: se a criança tiver dificuldade para respirar e até falar. Se apresentar coloração azulada em torno da boca.

OTITE

  • O QUE É: infecção de ouvido que pode ser externa, localizada na orelha, ou média, ligada à porção interna do ouvido.
  • CAUSA: na maioria das vezes, a inflamação é causada por vírus, bactérias ou fungos. Costuma ocorrer durante ou após gripes, resfriados ou infecções na garganta ou respiratórias.
  • SINTOMAS: na otite média ocorre redução da audição, perda de apetite, eliminação de secreção pela orelha e febre. Crianças menores às vezes têm vômito e diarreia. Na otite externa, dor forte e abafamento do som.
  • QUANDO IR AO MÉDICO: se a criança manifestar irritabilidade e sair secreção do ouvido.

SINUSITE

  • O QUE É: inflamação da membrana que reveste a cavidade nasal e os seios da face.
  • CAUSA: por alergia, infecção ou como consequência de infecções das vias aéreas superiores que não foram tratadas corretamente.
  • SINTOMAS: dores de cabeça, pressão na parte superior da cabeça e seios da face, nariz entupido, coriza, tosse.
  • QUANDO IR AO MÉDICO: se a criança tiver febre, fraqueza, dores de cabeça, nos seios da face e região superior, mal-estar e piora da tosse com secreção esverdeada.

BRONQUIOLITE

  • O QUE É: infecção dos brônquios, ramificações que levam ar aos pulmões. A doença acomete principalmente bebês e crianças de até 2 anos.
  • CAUSA: a principal causa é o vírus sincicial respiratório.
  • SINTOMAS: obstrução da saída do ar e esforço para respirar. Febre, chiado no peito e tosse.
  • QUANDO IR AO MÉDICO: sempre, principalmente se a criança estiver com febre, aparência abatida, respiração rápida com esforço, peito chiando e extremidades azuladas.

RINITE

  • O QUE É: doença inflamatória crônica das mucosas do nariz. Nos casos agudos, sua duração é de até três semanas, e, nos casos crônicos, se prolonga por mais de 21 dias.
  • CAUSA: contato com poeira, ácaros e fungos, ar condicionado, mudanças bruscas de temperatura.
  • SINTOMAS: secreção nasal, tosse, espirros, olhos vermelhos, coceira nos olhos e no nariz. Se não for tratada de forma correta, pode expor a criança a outras doenças das vias respiratórias, como sinusite e crises de asma.
  • QUANDO IR AO MÉDICO: se a criança ficar agitada, com dificuldade para respirar, tiver inchaço nos lábios ou olhos. E piora da tosse.

AMIGDALITE

  • O QUE É: inflamação nas amígdalas, que pode ser ocasionada tanto por vírus quanto por bactérias.
  • CAUSA: os casos virais ocorrem como consequência de gripes e resfriados e desaparecem com a melhora do organismo. Já os causados por bactérias necessitam de cuidados com antibióticos.
  • SINTOMAS: dor de garganta, dificuldade para engolir, febre acima de 38o, dor de cabeça e mal-estar, mau hálito, ausência de apetite, amígdalas inchadas e vermelhas e pode haver ocorrência de pus.
  • QUANDO IR AO MÉDICO: se houver placa de pus na garganta, febre alta e falta de apetite.

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