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Seu filho não tem que saber o que acontece atrás da porta do seu quarto

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Publicado em 27/12/2016, às 06h17 - Atualizado em 30/01/2020, às 19h29 por Redação Pais&Filhos


Ficar sozinha com seu parceiro. Quando foi a última vez que você realmente conseguiu fazer isso? Se hoje você é mãe de um filho muito pequeno, talvez os momentos a dois estejam realmente de lado. A gente sabe que não tem como ser diferente durante um tempo, mas é preciso pensar na preservação da privacidade com seu companheiro a médio e longo prazo.

Isso não tem muito a ver com sexo, mas também com quaisquer outros momentos de intimidade que não incluam outras pessoas além de vocês dois. Há, no entanto, uma diferenciação a fazer. Com um bebê em casa, o que acontece não é exatamente uma perda de privacidade, já que ele não tem consciência do que está acontecendo e precisa de cuidados o tempo inteiro.

“O máximo que vai acontecer é um choro no meio do ato. Não é perda de privacidade, neste caso, mas de oportunidade e intimidade”, explica Cátia Rodrigues, doutora em psicologia, mãe de Isabela. Quando a criança cresce e desenvolve mais independência, aí sim a privacidade pode ficar comprometida. O que, naturalmente, interfere no relacionamento dos pais.

Se deixar, os filhos querem entrar até no banheiro com você. Dormir na sua cama, então, nem se fala. “Todos os filhos fazem isso. Somos nós, os adultos, que temos que direcionar”, diz a psicóloga. Ou seja, o cuidado da intimidade depende muito mais do adulto do que da criança.

Algumas são um pouco mais insistentes e os pais, quando estão exaustos, acabam cedendo. Aí correm o risco de o filho ir se apropriando do espaço e a vida sexual do casal acabar ou ficar enfraquecida.

Segundo Débora Pádua, especialista em sexualidade, mãe de Theo e Lucca, é normal os pais perderem a privacidade quando os filhos chegam. O que não é normal é achar que isso tem que ser assim sempre. “Cabe aos pais lembrar que eles não são só pais. Isso é o principal”, argumenta.

Cada um no seu lugar

É aconselhável que as crianças tenham seus próprios dormitórios. Uma coisa é deixar os filhos dormirem com você por um período. Mas depois dos três primeiros meses, eles já podem começar a ocupar o próprio quarto. Se a criança já tem costume de adormecer no quarto dos pais, tem que levar para o quarto dela depois. “A cama é do casal e não da família. Tem que haver uma privacidade dentro do próprio quarto”, diz Débora.

Focar nos filhos e acabar esquecendo um do outro é perigoso para a relação. “Chega um momento que os dois se olham e não sabem mais por que estão juntos. Não pode deixar acontecer de estarem unidos só por causa dos filhos”, diz a especialista. Sem privacidade, a relação tende a enfraquecer.  “Existe uma porcentagem grande de casais de cometem esse erro”, completa. Parece óbvio, mas não é: mesmo dentro de casa os pais podem ser um casal.  

Os filhos devem compreender, desde cedo, que os pais necessitam de um momento só deles também. De acordo com a especialista em sexualidade, não necessariamente eles precisam saber o que os pais fazem, é claro, mas entender que os pais também precisam ficar sozinhos. É fundamental!

Namorar também pode ser sinônimo apenas de ficar junto e assistir a um filme no quarto, mesmo quando os filhos estão acordados. Para Débora, os adultos geralmente acham que as crianças precisam ser maiores para entender, mas com dois ou três anos já podem começar as conversas sobre o assunto.

A chave para lidar com isso é colocar limites. Ensinar que quando a porta está fechada, criança não entra. É essencial que o filho entenda que é preciso bater na porta e que talvez ele não esteja autorizado a entrar no quarto naquele momento.

Tenha paciência na hora de passar isso para seu filho. A gente sabe que para os pequenos, essa noção pode ser mais difícil, já que nem sempre eles entendem por que precisam cumprir esta regra ou acabam esquecendo na empolgação de ir ao quarto dos pais.

Nem precisamos dizer que, por precaução, você deve se lembrar de trancar a porta, certo? Afinal, nenhum expectador é desejado nas ocasiões de intimidade. Se eles baterem à porta e tiverem alguma necessidade que deva ser atendida na hora, o que vocês estavam fazendo fica para depois, mas isso também faz parte. Depois você pensa no que dizer, não é mesmo?

*Por Rafaela Carrilho, filha de Joana e Alfredo

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