Publicado em 06/09/2022, às 05h34 - Atualizado em 14/10/2022, às 09h04 por Redação Pais&Filhos
A paixão costuma durar entre 18 e 30 meses, de acordo com estudos científicos. Um levantamento realizado por uma universidade inglesa indica que a felicidade conjugal atinge o auge por volta dos três anos de relacionamento. Ou seja, já é natural cair na rotina, mas e depois dos filhos? Como se manter conectado com o parceiro?
Quando estamos apaixonados o coração dispara, a pupila dilata e fica até difícil se concentrar nas atividades do dia a dia. Mas depois da conquista, é natural que esses “sintomas” diminuam e é aí que nós fazemos tudo possível para organizar a rotina no trabalho com a família e manter o relacionamento saudável.
Ainda assim, muitas pessoas afirmam que apesar de todos os esforços, o casal perde a conexão quando se tornam uma família, ou seja, após o nascimento dos filhos. Mas para Tatiane de Sá Manduca, psicóloga clínica e autora do livro “Valida-te”, mãe de Mateus, à Pais&Filhos, não é bem assim que as coisas acontecem.
Para ela, os papéis de pai, mãe e filho são construídos e reconstruídos diariamente. “A reinvenção fica a serviço de compreender que as adaptações serão necessárias para que possam aprender juntos que este tempo de transição não ocorre do dia para a noite, e a frustração acontece quando os casais ficam presos ao que era antes do nascimento dos filhos”, explica. A psicóloga ainda diz que isso causa problemas no relacionamento, e por isso é preciso aprender com a nova realidade, e adaptá-la com diálogo, amparo afeto e elaboração.
Sem dúvidas, é preciso fazer ajustes na relação durante a transição de casal para pais. Afinal, muita coisa muda após a maternidade e a paternidade. E justamente por isso, viver cada experiência e lapidar o que funciona, o que aproxima, e o que distancia o casal, pode ser uma maneira de dialogar sobre este processo. Além de ser uma boa alternativa para construírem juntos um novo momento.
Muitas vezes, o casal coloca todas as outras prioridades na frente e deixa para ter um momento a dois se sobrar tempo, mas não é grande novidade que depois do nascimento dos filhos, ninguém tem tempo sobrando. Por isso, é importante que o casal separe pelo menos um momento a dois. Seja um dia da semana, ou uma hora do dia, lembrem-se sempre do amor que os tornou antes de pais, casal.
Segundo a psicóloga, o afeto e a compreensão dão espaço na relação para a intimidade sexual, que aos poucos se reorganizará ou se reinventará com tantas mudanças ocasionadas por esta fase. “Encontrar novos modos de falar sobre o sexo, de praticar e de estimular é importante. Não esperar a espontaneidade da relação sexuale estimular a relação íntima pode ser uma boa dica”, pontua Tatiane.
Em alguns relacionamentos, principalmente os longos, o casal pode de alguma forma se acomodar. E para a psicóloga, o sexo conecta. Não somente pela atividade, como também para retomada de uma nova maneira de se relacionar intimamente e a exploração de outros modos e lugares para a intimidade.
A sexóloga e estudante de psicanálise Talita Gois, acredita que os casais podem sim, passar por um afastamento tanto emocional como físico. “Penso que com o tempo o casal perde algo muito valioso, a conexão, que é responsável por mantê-los em harmonia. Quando se perde, é normal aparecerem as dúvidas e o medo. Neste momento, o casal precisa criar um ritual diário de conexão e, principalmente, ter um diálogo saudável”.
“É sempre importante que o casal continue fazendo planos juntos, tenha atenção um com o outro, dialogue sempre, demonstre carinho, pratique o autocuidado e que entenda a necessidade um do outro”, explica a psicóloga Vanessa Gebrim.
É normal que os filhos ocupem grande parte da rotina dos pais, mas é possível criar momentos que valorizem seu relacionamento. Além disso, existem hábitos simples, que fazem toda a diferença.
O amor deve ser vivido todos os dias e por mais que o casal não perceba, ele está em cada detalhe. Seja nos pequenos gestos, no cuidado ou na dedicação à família. Mas ele aumenta, quando o casal está junto, por isso, valorize o tempo que há entre vocês dois!
Ter com quem contar no cuidado com as crianças, poder conversar e saber que não está só é fundamental para fazer uma rotina mais tranquila. Mas sabemos que essa não é a realidade de todos. E quando não, ainda assim, é preciso criar maneiras de fugir da rotina. Seja assistindo filmes ou criando hábitos que os aproximem.
Estudos também indicam que fatores como o apoio emocional dos cônjuges, o envolvimento paterno com os cuidados do bebê e a satisfação com a divisão dos trabalhos domésticos podem influenciar a forma como a relação conjugal se desenvolve durante a transição para a parentalidade. E nesse processo, as especialistas reforçam que o diálogo é essencial.
E lembre-se, a parentalidade traz muitas delícias, mas junto com elas, as dores, os medos e inseguranças também vem! É importante respeitar seu tempo e seu corpo, e amar a si tanto quanto ama seu parceiro. Ter um filho não é romântico, e o papel do parceiro ou parceira é fundamental nessa adaptação. Com isso, a chegada dos filhos tende a unir ainda mais o casal.
Para saber mais, leia também a reportagem do projeto Lábios Livres, que busca ajudar pessoas a descobrirem sua sexualidade e viverem vidas mais felizes e sensuais.
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